Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Stambaugh (1986:IV) – pro-jeto [Ent-wurf]

quarta-feira 25 de setembro de 2024

Como a temporalidade torna possível o ser-no-mundo? Consistente com a ênfase no futuro como o modo primário da temporalidade, Heidegger descreve o pro-jeto (Ent-wurf) de Da-sein, sua projeção para o futuro, seu constante estar adiante de si mesmo. No estar adiante de si mesmo do Da-sein, o futuro vem em sua direção e ele é trazido de volta ao seu já ter sido, seu "passado" (Gewesenheit), facticidade e ser-lançado. Isso significa que sempre me encontro (befinde mich, humor) como já tendo sido. Não tenho um início absoluto que possa determinar. Não fiz uma escolha consciente para nascer, para existir; simplesmente me encontro como sempre já tendo sido lançado no mundo (Geworfenheit).

A partir da "coalescência" do futuro e do passado, o presente é engendrado, um modo de presença que incorpora o futuro e o passado. Assim, a "ocorrência" da "consciência" resulta das estruturas de temporalidade que tornam possível o ser-no-mundo; existência, facticidade e enredamento em sua unidade, em última análise, a abertura para o ser ocorrendo como a Abertura (Lichtung) do próprio ser.


Ver online : Joan Stambaugh