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parousia

quarta-feira 24 de janeiro de 2024

παρουσία  : «parousía». [GA60  , pp. 98-105, 106-110; GA19  , pp. 334 (= ἰδέα  ), 463-487; GA22  , p. 200 (δύναμις   παρουρίας [dynamis parousia).] [LHDF]


παρουσία (ή)

GA2   34; SZ 25; GA3   240; GA5   131, 133, 351; GA6   291; GA9   279; GA14   55; GA15   379; GA17   8; GA18   33, 252, 267, 315, 381; GA19 334, 470, 481, 485, 486, 552, 579; GA22 139, 162, 200, 283, 306; GA26   184; GA31   56, 60-8, 71, 72, 76; GA33   52, 180,182; GA34   51,137; GA36/37 115; GA39   189; IM 65; GA43   286; GA49   45; GA60 45, 97-9, 102, 104-8, 110, 138, 142, 149, 153, 155, 156; GA64   100; GA65   74, 184, 301, 302; GA67   130; EC8 60; GA81   70; GA86   485; GA87   176; GA88   55, 270. (HC)


A palavra grega parousia, " um ente presente, presença, chegada" , é composta de ousia e para, " ao lado etc." . Pareinai similarmente significa " estar [einai  ] presente [para]" . (A forma ousia surge do particípio presente feminino de einai, ousa.) Heidegger sustentou que ousia significava " vigência, presença [Anwesenheit  ]" (GA21  , 71). Spengler   argumentou que os gregos, ao contrário dos egípcios e da modernidade, não tinham " memória, não tinham o órgão da história" , vivendo na " pura vigência do Presente" : " Para Heródoto e Sófocles  , assim como para Temístocles ou para um cônsul romano  , o passado é instantaneamente subtilizado em uma impressão extemporânea e imutável, polar e não periódica em sua estrutura — em última análise, daquela matéria da qual os mitos são feitos — enquanto que, para nosso senso do mundo e para nosso olho interno, o passado é um organismo de séculos ou milênios definidamente periódico e intencional" (DO, 9). Spengler vale-se da coluna dórica, o " maior símbolo" do puro Presente, da pobre cronologia e registro dos gregos e da sua preferência pela cremação. Heidegger recorre à etimologia: ousia significa " vigência/presente [Anwesenheit]" devido à sua associação com parousia (SZ, 25). Mais tarde, defronta-se com a dificuldade de que pareinai, -ousia é apenas um dos diversos compostos de einai, ousia. Um outro é apeinai, apousia, " estar ausente, ausência" . Por que é a vigência presença especial? Há, replica, ele, dois tipos de parousia ou Anwesenheit; um contrasta com apousia, Abwesenheit, o outro é pressuposto pelo primeiro: " A especificamente mencionada, explícita apousia que é contrastada com a parousia ocorre apenas em função da parousia original" (GA31, 61). Ele também recorre aos filósofos gregos. Da afirmação de Platão   de que as coisas belas são belas devido à vigência/presença da beleza nas mesmas (Eutidemo, 301a4; Fedon, 100d), Heidegger infere erroneamente que ele iguala o ser e a vigência/presença: do fato de que x é F devido à presença da Fdade não se segue que o ser de x (F) é a vigência/presença de x. [DH  ]