Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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mundo como imagem

quarta-feira 13 de dezembro de 2023

Welt   als Bild  

O processo fundamental da modernidade é a conquista do MUNDO COMO IMAGEM. A palavra imagem significa agora o delineamento [das Gebild] do elaborar que representa. Neste, o homem combate pela posição na qual pode ser aquele ente que dá a medida e estende a bitola a todo o ente. É porque esta posição se assegura, articula e enuncia como mundividência que a relação moderna ao [117] ente, no seu desdobramento decisivo, se torna uma confrontação de mundividências, e isso não de quaisquer mundividências, mas só daquelas que já ocuparam as posições fundamentais mais extremas do homem com o estar-decidido último. Para este combate das mundividências, e de acordo com o sentido deste combate, o homem põe em jogo a violência ilimitada do cálculo, da planificação e do cultivo selectivo [Zuchtung] de todas as coisas. A ciência enquanto investigação é uma forma indispensável deste instalar-se no mundo, uma das vias nas quais a modernidade corre para o preenchimento da sua essência com uma velocidade desconhecida dos participantes. É só com este combate das mundividências que a modernidade entra na parte decisiva, e provavelmente mais duradoura, da sua história. [GA5BD  :117-118]
[…]
Qualquer subjectivismo é impossível na sofistica grega porque aqui o homem nunca pode ser subjectum; não pode sê-lo porque o ser é aqui vir-à-presença, e a verdade é não-estar-encoberto.

No não-estar-encoberto, acontece apropriando-se a phantasia  , isto é, o vir a aparecer do que-está-presente enquanto tal para o homem, homem que está presente face àquilo que se manifesta. O homem, enquanto sujeito que representa, fantasia, isto é, movimenta-se na imaginatio, na medida em que o seu representar insere imageticamente o ente, enquanto objectivo, no MUNDO COMO IMAGEM. [GA5BD:131]


A partir daqui fica claro uma vez mais que aqueles que levam a termo o desdobramento da re-presentação (do MUNDO COMO IMAGEM), graças à sua “autoconsciência” não sabem nada dessa essência do quantitativo e, por isso, também não sabem nada da história, que prepara e consuma seu domínio. [GA65MAC:§70]