Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

Página inicial > Léxico Alemão > eu

eu

quarta-feira 13 de dezembro de 2023

Ich  

"De plus, par le moyen de l’âme [Seele  ] ou forme [Form], il y a une véritable unité qui répond à ce qu’on appelle MOY en nous; ce qui ne sauroit avoir liEU ni dans les machines de l’art, ni dans la simple masse de la matière, quelque organisée qu’elle puisse estre; qu’on ne pEUt considérer que comme une armée ou un troupeau, ou come un étang plein de poissons, ou comme une montre composée de ressorts et de roues" (Système Nouveau, § 11).

"Ademais, por meio da ‘alma’ ou da ‘forma’ há uma unidade verdadeira [wahrhaften Einheit  ] que correspondente ao que em nós se denomina ‘EU’ [Ich]; mas tal não se encontra nem nas máquinas artificiais nem na simples massa da matéria, esteja ela organizada como quiser. Pois mesmo então deve ser considerada apenas como um exército ou um rebanho, ou como um aquário cheio de peixes ou como um relógio composto de molas e engrenagens."

Substantiam ipsam potentia activa et passiva porimitivis praeditam, velut tò Ego   vel simile, pra indivisibili sEU perfecta monade habeo, non vires illas derivatas quae continue aliae atque aliae reperiuntur (carta a de Volder, cartesiano, filósofo na Universidade de Leyden, de 20 de junho de 1703. Gerh. II, 251; Buchenau II, 325). "Penso a substância [Substanz  ] mesmo, se dotada do originário caráter ‘pulsivo’ [Drangcharakter, v. Drang  ], como uma mônada indivisível e perfeita, comparável a nosso EU…"

Operae autem pretium est considerara, in hoc principio   Actionis plurimum inesse intelligibilitatis, guia in eo est analogum aliquod ei quod inest nobis, nempe perceptio et appetitio… (30 de junho de 1704, Gerh. II, 270, Livro II, 347).

"Além disso vale a pena considerar que este princípio de atividade [Prinzip der Tätigkeit] (pulsão [Drang]) nos é altamente compreensível, porque, de certa maneira, forma uma analogia   com relação àquilo que reside em nós, a saber, a representação e o tender para [Vorstellung   und Streben  ]."

Aqui mostra-se com precípua clareza que, primeiro, a analogia com o ‘Eu’ é essencial e que, segundo, justamente esta origem tem como consequência o mais alto grau de compreensibilidade [Grad der Verständlichkeit  ].

Ego vero nihil   aliud ubique et per omnia pono quam quod in nostra anima   in multis casibus admittimus omnes, nempe mutationes internas spontaneas, atque ita uno mentis ictu totam rerum summam exhaurio (1705, Gerh. II, 276, Livro II, 350).

"Eu, porém, pressuponho apenas, em toda parte e sob todos os aspectos, aquilo que nós todos devemos admitir em muitos casos em nossa alma, a saber, as espontâneas mudanças internas [Veränderungen], e esgoto, com a única pressuposição mental [gedanklichen Voraussetzung  ], a soma toda das coisas [die ganze   Summe   der Dinge]."

É da auto-experiência [Selbsterfahrung], nascida da mudança espontânea perceptível [vernehmbaren selbsttätigen Veränderung] no EU, é da pulsão que é tomada esta ideia de ser, único pressuposto, isto é, o conteúdo propriamente dito do projeto metafísico.

"Se pensarmos, por isso, as formas substanciais (vis primitiva) como algo análogo às almas, então é permitido duvidar se as recusamos com razão." (Leibniz   a Bernoulli, 29 de junho de 1698, Gerh. Escritos Matemáticos III, 521, Livro II, 366.) As formas substanciais [substanziellen Formen] não são, por conseguinte, simplesmente almas, respectivamente, por si mesmas novas coisas ou pequenos corpos [nEUe Dinge und Körperchen], mas algo correspondente à alma. Ela é apenas a ocasião para o projeto da estrutura fundamental da mônada [Entwurf   der Grundstruktur der Monade].

… et c’est ainsi quem pensant à nous, nous pensons à l’Estre, à la substance, au simple ou au composé, à l’immateriel et à DiEU même, en concevant que ce qui est borné en nous, est en lui sans bornes (Monadologia, § 30).

"… ao pensarmos desta maneira em nós, captamos com isto, ao mesmo tempo, o pensamento do ser [Gedanken des Seins], da substância, do simples ou do composto [des Einfachen oder des Zusammengesetzten], do imaterial [Immateriellen], sim, até de DEUs mesmo [ja Gottes selbst  ], ao representarmos que aquilo que em nós está presente nele é contido sem limites" (via eminentiae).

De onde retira, portanto, Leibniz o fio condutor para a determinação do ser do ente [Leitfaden für die Bestimmung   des Seins des Seienden  ]? Ser é interpretado em analogia com alma, vida [Leben  ] e espírito [Geist  ]. O fio condutor é o ego [Der Leitfaden ist das ego].

O fato de também os conceitos e a verdade [Begriffe und die Wahrheit  ] não terem sua origem nos sentidos, mas brotarem do EU e do entendimento [Verstand], é mostrado na carta à Rainha Sofia Carlota da Prússia, Lettre touchant ce qui est indépendant des sens et de la Matière, "Referente àquilo que reside além dos sentidos e da matéria" (1702, Gerh. VI, 499 ss., Livro II, 410 ss.).

Esta carta é de grande importância para todo o problema da função de fio condutor própria da auto-reflexão e da autoconsciência [der Selbstbetrachtung und des Selbstbewusstseins] como tais.

Nela diz Leibniz: Cette pensée de moy qui m’apperçois des objets sensibles, et de ma propre action qui en resulte, adjoute quelque chose aux objets des sens. Pensar à quelque coulEUr et considerer qu’on y pense, ce sont dEUx pensées très differentes, autant que la coulEUr même differe de moy qui y pense. Et comme je conçois que d’autres Estres pEUvent aussi avoir le droit de dire moy, ou qu’on pourroit le dire pour EUx, c’est par là que je conçois ce qu’on appelle la substance en general, et c’est aussi la considération de moy même, qui me fournit d’autres notions de métaphysique comme de cause, effect, action, similitude etc., et même celles de la Logique et de la Morale (Gerh. VI, 502, Livro II, 414).

"Este pensamento de mim mesmo [Dieser Gedanke meiner selbst], do qual tomo consciência [bewusst], percebendo os objetos sensíveis e de minha própria atividade que disso resulta acrescenta algo aos objetos dos sentidos. É bem diferente pensar numa cor e ao mesmo tempo refletir sobre este pensamento; tão diferente como o é a cor mesma do EU que a pensa. E já que compreendo que outros seres também tenham direito de dizer EU, ou de que se possa dizê-lo por eles, assim compreendo, em consequência disto, o que se designa de maneira geral como substância. Além disto, é a consideração de mim mesmo que me fornece igualmente outros conceitos metafísicos como os de causa, efeito, atividade, similitude [Ursache  , Wirkung  , Tätigkeit, Ähnlichkeit] etc., e até os conceitos fundamentais de Lógica e de Moral   [Grundbegriffe der Logik   und der Moral]."

L’Estre même et la Vérité ne s’apprend pas tout à fait par les sens (ib.). "O ser mesmo e a verdade não podem ser compreendidos apenas através dos sentidos [Das Sein   selbst und die Wahrheit läßt sich aus den Sinnen allein nicht   verstehen]."

Cette conception de l’Estre et de la Vérité se trouve donc dans ce Moy, et dans l’Entendement plustost que dans ler sens externes et dans la perception des objets exteriEUrs (à 503, Livro II, 415). "Este conceito do ser e da verdade encontra-se antes no ‘EU’ e no entendimento do que nos sentidos exteriores e na percepção dos objetos exteriores [Dieser Begriff   des Seins und der Wahrheit findet sich also eher im »Ich« und im Verstände als in den äußeren Sinnen und in der Perzeption der äußeren Gegenstände]." [MHeidegger:208-209; GA9  :85-89]