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Sá Cavalcante / Marcia Sá Cavalcante / Marcia Schuback / Schuback / STMS
Marcia Sá Cavalcante Schuback é filósofa, escritora de várias obras e tradutora dos escritos de Martin Heidegger, sendo a primeira tradutora de Ser e Tempo em português (tr. revisada em 2006. Petrópolis: Vozes).
A Doutrina dos Sons de Goethe / A Caminho da Música Nova de Webern. Seleção, tradução e comentários Marcia Sá Cavalcante Schuback. Com um ensaio de Rodolfo Caesar. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1999
O Começo de Deus. Petrópolis: Vozes, 1998
Matérias
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Schuback (1998:35-38) – "Eras do mundo" [Weltalter]
22 de janeiro, por Cardoso de Castro
A filosofia tardia de Schelling, a sua filosofia “positiva” ou da liberdade está, de certa forma, ancorada no escrito inacabado que ele denominou de Eras do mundo. Tendo sido planejadas três grandes seções — passado, presente e futuro — Schelling só redigiu, de fato, a primeira, “O passado”, em duas versões (1811 e 1813). A inconclusão desta obra “prometida” não se deve, todavia, à falta de sistematicidade que, segundo muitos, caracteriza a filosofia de Schelling e nem, tampouco, aos (…)
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Schuback (2006:20-23) – Dasein e Temporalidade
12 de março de 2017, por Cardoso de Castro
Como acontecimento temporal e verbal, Dasein não corresponde a um acontecimento no tempo, mas à temporalidade do acontecer. Este é o sentido da temporalidade para Heidegger. Temporalidade não é um termo mais elaborado para insistir na sucessão das ekstases do tempo - passado, presente e futuro. Temporalidade, diz Heidegger, temporaliza-se como "porvir atualizante do vigor do ter-sido" . Distintamente dos acontecimentos no tempo, a temporalidade do acontecer fala em um tempo que é (…)
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Schuback (1998:25-28) – apreensão de ser como devir de si mesmo
4 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
“O começo reside na atração”. [Schelling, Weltalter, p. 235]
Toda tentativa de compreensão de uma filosofia consiste, essencialmente, na entrega à sua experiência de fundo. A sua primeira formulação é, portanto, o que deverá propiciar a visão prévia e cuidadosa, ou seja, a suposição orientadora da investigação. Formularemos, como experiência fundamental de que parte o pensamento de Schelling, a apreensão de ser como devir de si mesmo no sentido originário das palavras de Pindaro — “vem a (…)
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Schuback (1998:52-55) – “eu”
24 de março, por Cardoso de Castro
A filosofia moderna descobre com Descartes o seu princípio no momento em que, ao se perguntar pelo “começo”, pelo “primeiro” de todas as coisas, pergunta na referencialidade do para mim. A pergunta pelo primeiro e pela origem enuncia-se, então, da seguinte maneira: o que é o primeiro, a origem, para mim? O novo princípio consiste não apenas nesta referência ao eu, ao sujeito, mas à ligadura que até hoje se nos apresenta como indestrutível desta referencialidade. Por este novo princípio, toda (…)
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Schuback (1998:13-16) – começo (Anfangen)
19 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
O absurdo de ser, de sua definição reside no fato de apenas se poder buscar o sentido de ser à medida que já se é.
Como sentido de ser, o devir de si mesmo é movimento de busca e conquista. Ser não é um dado. Ser não é um ente e nem uma substância. É, ao contrário, o que foge e escapa em cada dado, ente e substância. Sobre este caráter “absurdamente” fugidio de ser, Pascal escreveu, numa passagem dos Pensées et Opuscules que:
“Não se pode tentar definir ser sem cair no seguinte absurdo (…)