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NIETZSCHE I [GA6T1]

GA6T1:49-52 – vontade [Wille] e querer [Wollen]

A vontade como vontade de poder

sábado 20 de maio de 2023, por Cardoso de Castro

A pergunta decisiva é justamente: como e em razão do que aquilo que é querido [Gewollte] e aquele que quer pertencem no querer ao querer? Resposta: em razão do querer e por meio do querer. O querer quer o que quer como tal, e o querer estabelece o que é querido como tal. Querer é decisão [Entschlossenheit] para si, mas para si como para o que o estabelecido no querer como querido quer. A vontade traz a cada vez a partir de si mesma uma determinação corrente para o interior do seu querer.

Casanova

Se tentarmos tomar o querer [Wollen] em meio à peculiaridade que inicialmente como que se impõe, podemos dizer: querer é uma inclinação para…, um dirigir-se para algo… [Wollen ist ein Hin zu …, Auf etwas los …]; querer é um comportamento [Verhalten] dirigido para algo. Mas se visualizarmos imediatamente uma coisa simplesmente dada ou acompanharmos de modo observador o decurso de uma ocorrência, encontrar-nos-emos em um comportamento em relação ao qual vigora o mesmo: estamos dirigidos de forma representativa para a coisa e aí não entra em jogo nenhum querer. Na mera consideração das coisas, não queremos nada “com” as coisas e “das” coisas, deixamos as coisas serem justamente as coisas que elas são. Estar dirigido para algo ainda não é um querer e, no entanto, reside no querer um tal estar-direcionado-para…

Todavia, também podemos “querer” alguma coisa, por exemplo, um livro ou uma motocicleta. Um jovem “quer” ter uma coisa, isto é, gostaria de tê-la. Esse “gostaria-de-ter” [Habenmögen] não é nenhuma mera representação [Vorstellen], mas um tipo de aspiração [Streben] em direção a algo que possui o caráter particular do desejar [Charakter des Wünschens]. Ainda assim, porém, o desejar continua sendo diferente do querer. [Wünschen aber ist immer noch nicht Wollen.] Quem quer que da maneira mais pura possível apenas deseje, esse justamente não quer. Ao contrário, ele espera que o desejado aconteça sem que tenha de fazer nada para tanto. Será, então, que o querer é um desejar com o acréscimo da própria iniciativa? Não – querer não é absolutamente desejar, mas querer é: colocar-se sob o próprio comando. Querer é a decisão do comandar-se que em si mesma já é uma execução desse comando. Ora, mas com essa caracterização do querer introduzimos repentinamente uma série de determinações que inicialmente não tinham sido dadas com o que tínhamos visado, a saber, com aquele direcionar-se para algo.

Parece, então, que a essência da vontade seria tomada da maneira mais pura possível se esse direcionar-se para… fosse destacado de modo pertinente como puro querer em contraposição ao direcionar-se para algo no sentido do mero cobiçar, do desejar, do aspirar ou do simples representar. A vontade é estabelecida aí como a pura relação do simples em direção a…, do dirigir-se para algo. Mas essa apreensão é um erro. Segundo a convicção nietzschiana, o equívoco fundamental de Schopenhauer   é achar que há algo assim como um puro querer que é tanto mais puramente um querer quanto mais completamente aquilo que é querido é deixado indeterminado e quanto mais decididamente ele é excluído. Reside muito mais na essência da vontade o fato de que aqui aquilo que é querido e aquele que quer são co-inseridos no querer, ainda que não no sentido extrínseco, de acordo com o qual também podemos dizer do aspirar que pertence ao aspirar algo que aspira e algo a que se aspira.

A pergunta decisiva é justamente: como e em razão do que aquilo que é querido [Gewollte] e aquele que quer pertencem no querer ao querer? Resposta: em razão do querer e por meio do querer. O querer quer o que quer como tal, e o querer estabelece o que é querido como tal. Querer é decisão [Entschlossenheit] para si, mas para si como para o que o estabelecido no querer como querido quer. A vontade traz a cada vez a partir de si mesma uma determinação corrente para o interior do seu querer. Alguém que não sabe o que quer não quer absolutamente, e não pode querer de maneira alguma; não há um querer em geral: “pois a vontade é, como afeto do comando, o sinal decisivo do auto-assenhoramento e da força” (Gaia ciência, 5. Livro, 1886; V, 282). Em contrapartida, o aspirar pode ser indeterminado, tanto em consideração ao que é propriamente aspirado quanto em relação àquele que aspira. Em meio ao aspirar e ao impelir somos co-inseridos em um movimento em “direção a…”, sem que nós mesmos saibamos o que está em jogo. Em meio ao mero aspirar a algo não somos propriamente trazidos para diante de nós mesmos, e, por isso, tampouco há aqui uma possibilidade de aspirarmos a para além de nós mesmos. Aspiramos aqui meramente e imergimos em uma tal aspiração. Por outro lado, a vontade é decisão para si – é sempre: querer para além de si. Se Nietzsche   acentua em muitos aspectos o caráter de comando da vontade, então ele não designa uma prescrição e uma indicação para a realização de uma ação; ele também não visa ao ato de vontade no sentido de uma resolução [Entschluss], mas antes o pensa no sentido de uma decisão – aquilo por meio do que o querer pode se ligar ao que quer e ao que é querido, assim como essa ligação como decisividade [Entschiedenheit] fundada e permanente. Só é capaz de comandar verdadeiramente – o que não pode ser de modo algum equiparado com o mero dar ordens quem não apenas está em condições de, mas quem está mesmo constantemente pronto a colocar a si mesmo sob o comando. Por meio dessa prontidão, ele coloca a si mesmo no âmbito do comando como o primeiro que normativamente obedece. Nesse caráter de decisão pelo qual o querer é lançado para além de si reside o ser-senhor sobre… [Herrsein über …], o exercer poder sobre o que é aberto no querer e é fixado nele, na decisão como algo apreendido.

O querer mesmo é um assenhoramento sobre… [Herrsein über …] que se estende para além de si; querer é em si mesmo poder. E poder é o querer que é constante em si. Vontade é poder e poder é vontade. Nesse caso, a expressão "vontade de poder" não tem nenhum sentido? Ela não tem, de fato, nenhum sentido logo que se pensa vontade em sintonia com o conceito nietzschiano de vontade. Apesar disso, contudo, Nietzsche   se utiliza dessa expressão, rejeitando expressamente o conceito corrente de vontade e buscando especialmente enfatizar sua resistência ante o conceito schopenhaueriano de vontade. [GA6TPT:30-32]

Klossowski

Si nous essayions de comprendre le vouloir dans sa particularité, qui pour ainsi dire s’impose de façon immédiate, nous dirions : Vouloir est un mouvement vers… un se diriger sur quelque chose…; vouloir est un comportement à l’égard de… ou dirigé sur quelque chose. Mais, lorsque nous considérons immédiatement une chose existante, ou poursuivons en l’observant le déroulement d’un processus, nous nous trouvons dans un comportement dont on peut dire au même titre : nous sommes fixés ou dirigés sur l’objet que nous nous représentons, – aucun vouloir n’y est en jeu. Dans la simple contemplation des objets, nous ne voulons rien (faire) « avec » les objets, ni ne voulons rien d’eux, nous les laissons être justement ce qu’ils sont. Être disposé envers quelque chose, fixé sur quelque chose, n’est pas encore un vouloir; et cependant, il y a dans le vouloir un tel mouvement vers, un tel se diriger sur…

Mais nous pouvons aussi « vouloir » un objet – soit un livre ou une motocyclette. Un enfant « veut » avoir ceci ou cela, il aimerait l’avoir. Cet aimer avoir n’est pas un pur se représenter, mais une sorte d’effort vers telle ou telle chose, avec le caractère particulier au désir. Mais désirer n’est toujours pas vouloir. Qui ne fait que désirer de la façon la plus pure, il ne veut justement pas, il espère que la chose désirée se produise sans y être lui-même pour rien.

Est-ce qu’alors le vouloir serait une façon de désirer [44] impliquant l’apport de la mise en jeu de soi-même? Loin de là. Vouloir n’est en aucune façon désirer, mais se soumettre à son commandement propre, c’est la résolution de se commander à soi-même, qui par elle-même en est déjà l’exécution.

Mais en caractérisant ainsi le vouloir, nous avons du même coup introduit une série de déterminations lesquelles tout d’abord n’étaient pas données dans ce que nous cherchions à saisir, soit ce mouvement vers… soit le fait de se diriger sur quelque chose.

Il semble toutefois que l’essence de la volonté serait saisie de la façon la plus nette si l’on distinguait convenablement ce mouvement vers… le fait de se diriger sur… par opposition à se diriger sur quelque chose, au sens de la pure convoitise, du fait de désirer, au sens de l’effort ou de la simple représentation. Dans ce dernier cas, la volonté est appréhendée comme pure référence à ce mouvement vers… au fait de se diriger sur quelque chose. Mais cette appréhension est une erreur. Et selon la conviction de Nietzsche  , c’est là l’erreur de Schopenhauer   que de prétendre que quelque chose comme le pur vouloir existe; que ce pur vouloir serait d’autant plus purement un vouloir que la chose voulue serait entièrement indéterminée et que le voulant serait absolument exclu. Bien plutôt est-il dans l’essence du vouloir qu’ici la chose voulue et le voulant se voient inclus dans le vouloir, encore que ce ne soit pas au sens où nous dirions qu’à l’effort appartient à la fois quelque chose qui s’efforce et quelque chose à quoi l’on s’efforce.

La question décisive est précisément celle-ci : Comment et en vertu de quoi la chose voulue et le voulant appartiennent-ils implicitement au vouloir du vouloir? Réponse : en vertu du vouloir et par le vouloir. Le vouloir veut le voulant en tant que tel et le vouloir pose la chose voulue en tant que telle. Vouloir, c’est être résolu à soi, mais à soi en tant que ce qui veut ce qui dans le vouloir est posé en tant que voulu. La volonté apporte chaque fois à partir d’elle-même une détermination continue dans son vouloir. Quelqu’un qui ne sait ce qu’il veut ne veut seulement pas et ne saurait absolument pas vouloir; il n’y a pas de vouloir en général : « car la volonté en tant qu’affect du commandement est la marque décisive de la souveraineté et de la force. » (Le Gai Savoir, V, 282, 1886.) En revanche, l’effort peut rester indéterminé tant en ce qui concerne la chose à laquelle on s’efforce, que relativement à qui s’efforce. Dans l’effort et dans l’impulsion nous sommes entraînés par un mouvement vers (un aller vers…) et nous ne savons nous-même ce qui est en jeu. Dans le pur effort à quelque [45] chose ou qui nous porte vers quelque chose, nous ne sommes pas à proprement parler placés devant nous-même, et c’est pourquoi il ne nous est pas non plus possible de nous efforcer au-delà de nous-même, nous ne faisons autre chose que nous y efforcer et que suivre le mouvement de pareil effort. Être résolu à soi c’est toujours vouloir aller au-delà de soi-même. Si Nietzsche   souligne de diverses manières le caractère impératif de la volonté, il n’entend point par là une prescription propre à l’exécution d’un acte; ni il n’entend un acte volontaire au sens d’une détermination, mais bien une résolution – ce par quoi le vouloir institue sa mainmise sur le voulant et la chose voulue et l’exerce au titre d’une décision institutionnelle, permanente, définitive. Commander au sens véritable – qui n’a rien de commun avec le fait de lancer des ordres, à l’envi – seul le peut celui qui non seulement est en état de, mais constamment prêt à se soumettre lui-même à son impératif. En vertu de cette disponibilité il s’est placé lui-même dans la sphère du commandement en tant que le premier qui donne la mesure de l’obéissance. Dans cette décision, par laquelle le vouloir se porte au-delà de soi-même, réside le fait de dominer sur… d’avoir puissance sur ce qui est résolu, c’est-à-dire ouvert dans le vouloir pour y être maintenu, en tant que saisi dans la résolution.

Le fait même de vouloir c’est étendre au-delà de soi sa domination sur…; la volonté est en soi-même puissance. Et la puissance est le vouloir en soi constant. Qui dit volonté, dit puissance, qui dit puissance, dit volonté. Mais alors l’expression de Volonté de puissance n’aurait aucun sens? Elle n’en a aucun, en effet, dès que l’on conçoit la volonté selon la notion nietzschéenne de volonté. Toutefois si Nietzsche   choisit ce terme, c’est pour l’opposer à la notion courante de volonté et, ce qui plus est, par une répugnance déclarée pour la notion schopenhauérienne. [GA6T1FR  :43-45]

Original

Wenn wir versuchen, das Wollen bei der Eigentümlichkeit zu fassen, die sich gleichsam zunächst aufdrängt, möchten wir sagen: Wollen ist ein Hin zu . . ., Auf etwas los . . .; Wollen ist ein Verhalten, das auf etwas zu-gerichtet ist. Aber wenn wir unmittelbar ein vorhandenes Ding anschauen oder den Ablauf eines Vorganges beobachtend verfolgen, sind wir in einem Verhalten, von dem dasselbe gilt: wir sind vorstellend auf das Ding gerichtet, darin spielt kein Wollen. In der bloßen Betrachtung der Dinge wollen wir nichts »mit« den Dingen und »von« den Dingen, wir lassen die Dinge gerade die Dinge sein, die sie sind. Auf etwas zu-gerichtet sein, ist noch nicht ein Wollen, und doch liegt im Wollen ein solches Hinzu . . .

Wir können aber das Ding, zum Beispiel ein Buch oder ein Motorrad, auch »wollen«. Ein Junge »will« das Ding haben, d. h. er möchte es haben. Dieses Habenmögen ist kein bloßes Vorstellen, sondern eine Art Streben darnach mit dem besonderen Charakter des Wünschens. Wünschen aber ist immer noch nicht Wollen. Wer am reinsten nur wünscht, der will gerade nicht, sondern hofft, daß das Erwünschte ohne sein Zutun geschehe. Ist dann das Wollen ein Wünschen mit dem Zusatz des eigenen Einsatzes? Nein — Wollen ist überhaupt nicht Wünschen, sondern Wollen ist: sich unter den eigenen Befehl Stellen, die Entschlossenheit des Sichbefehlens, die in sich schon Ausführung ist. Aber mit dieser Kennzeichnung des Wollens haben wir plötzlich eine Reihe von Bestimmungen hereingenommen, die zunächst nicht mit dem gegeben waren, worauf wir es absehen, mit jenem Sichrichten auf etwas. Doch es scheint, als ob das Wesen des Willens am reinsten gefaßtwürde, wenn dieses Sichrichten auf … als reines Wollen gehörig abgehoben wird gegen ein Sichrichten auf etwas im Sinne des bloßen Begehrens, des Wünschens, des Strebens oder des bloßen Vorstellens. Der Wille ist hierbei als der reine Bezug des einfachen Hin zu . . ., des Auf etwas los angesetzt. Doch dieser Ansatz ist ein Irrtum. Es ist nach Nietzsches Überzeugung der Grundirrtum Schopenhauers, zu meinen, es gebe so etwas wie reines Wollen, das um so reiner ein Wollen sei, je völliger das Gewollte unbestimmt gelassen und je entschiedener der Wollende ausgeschaltet sei. Vielmehr liegt im Wesen des Wollens, daß hier das Gewollte und der Wollende mit in das Wollen hereingenommen werden, wenn auch nicht in dem äußerlichen Sinne, gemäß dem wir auch vom Streben sagen können, zum Streben gehöre etwas Strebendes und ein Angestrebtes.

Die entscheidende Frage ist gerade: Wie und auf Grund wovon gehören im Wollen zum Wollen das Gewollte und der Wollende? Antwort: Auf Grund des Wollens und durch das Wollen. Das Wollen will den Wollenden als einen solchen, und das Wollen setzt das Gewollte als ein solches. Wollen ist Entschlossenheit zu sich, aber zu sich als zu dem, was das im Wollen als Gewolltes gesetzte will. Der Wille bringt jeweils von sich her eine durchgängige Bestimmtheit in sein Wollen. Jemand, der nicht weiß, was er will, will gar nicht und kann überhaupt nicht wollen; ein Wollen im allgemeinen gibt es nicht; »denn der Wille ist, als Affekt des Befehls, das entscheidende Abzeichen der Selbstherrlichkeit und Kraft.« (»Die fröhliche Wissenschaft«, 5. Buch, 1886; V, 282) Dagegen kann das Streben unbestimmt sein, sowohl hinsichtlich dessen, was eigentlich angestrebt ist, als auch mit Bezug auf das Strebende selbst. Im Streben und Drängen sind wir in ein Hinzu . . . mit hineingenommen und wissen selbst nicht, was im Spiel ist. Im bloßen Streben nach etwas sind wir nicht eigentlich vor uns selbst gebracht, und deshalb ist hier auch keine Möglichkeit, über uns hinaus zu streben, sondern wir streben bloß und gehen in solchem Streben mit Entschlossenheit zu sich — ist immer: über sich hinaus wollen. Wenn Nietzsche   mehrfach den Befehlscharakter des Willens betont, so meint er nicht eine Vorschrift und Weisung zur Durchführung einer Handlung; er meint auch nicht den Willensakt im Sinne eines Entschlusses, sondern die Entschlossenheit, —jenes, wodurch das Wollen den setzenden Ausgriff hat auf den Wollenden und das Gewollte, und diesen Ausgriff als gestiftete, bleibende Entschiedenheit. Wahrhaft befehlen — was nicht gleichzusetzen ist mit dem bloßen Herumkommandieren — kann nur der, der nicht nur imstande, sondern ständig bereit ist, sich selbst unter den Befehl zu stellen. Durch diese Bereitschaft hat er sich selbst in den Befehlskreis gestellt als der erste, der maßgebend gehorcht. In dieser über sich hinausgreifenden Entschiedenheit des Wollens liegt das Herrsein über . . das Mächtigsein über das, was im Wollen aufgeschlossen und in ihm, in der Entschlossenheit als Ergriffenes festgehalten wird.

Wollen selbst ist das über sich hinausgreifende Herrsein über . . .; Wille ist in sich selbst Macht. Und Macht ist das in-sich-ständige Wollen. Wille ist Macht, und Macht ist Wille. Dann hat der Ausdruck »Wille zur Macht« keinen Sinn? Er hat in der Tat keinen, sobald man Wille im Sinne des Nietzscheschen Willensbegriffes denkt. Aber Nietzsche   gebraucht diesen Ausdruck dennoch, in der ausdrücklichen Abkehr vom landläufigen Willensbegriff und aus der betonten Abwehr zumal des Schopenhauerschen. [GA6T1  :49-52]


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