A próxima característica importante do utensílio é sua totalidade. O utensílio nunca é encontrado isoladamente, mas pertence a um sistema: “Tomado estritamente, não existe algo como um utensílio. Para o ser de qualquer utensílio, há sempre uma totalidade de utensílios, na qual ele pode ser esse utensílio que é.” [BTMR:97] Aqui, novamente, há o perigo de se apressar em concordar facilmente com Heidegger. O cerne da questão não está na observação de que o utensílio é sempre encontrado em (…)
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pragma / πρᾶγμα / pragmata / πράγματα / πραγματεία
Matérias
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Graham Harman (2002:§1) – utensílio e sua totalidade
25 de outubro, por Cardoso de Castro -
Graham Harman (2002:§1) – utensílio [Zeug]
22 de fevereiro, por Cardoso de Castrodestaque
Em todo o caso, o resultado fundamental da análise de Heidegger sobre o utensílio não é o fato de "o equipamento se tornar invisível quando serve objetivos humanos remotos", uma afirmação pouco inspirada e trivial. Já deveria ser evidente que a percepção crucial não tem nada a ver com o manuseamento humano de utensílios; em vez disso, a transformação ocorre do lado dos utensílios. O equipamento não é eficaz "porque as pessoas o usam"; pelo contrário, só pode ser usado porque é (…) -
Fédier (2010:163-166) – os três ek-stases
16 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Neste ponto da análise, precisamos de juntar tudo de novo. A temporalidade do Dasein é o triplo modo de ser, para ele, fora de si. Porquê triplo? Não é claro que esta pergunta seja legítima. De fato, o que significa aqui "porquê"? Podemos responder (sem responder): há três modos de ser fora de si, sabemo-lo porque há três "tempos" na experiência vulgar do tempo. O que é divulgado não é nada.
Os três ek-tases: amadurecer o futuro (esperar), reviver o passado e estar presente são (…) -
Fédier (2010:160-163) – temporalidade [Zeitlichkeit]
16 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Antes de mais, como é que se apresenta a temporalidade do Dasein? O primeiro passo nesta direção é simplesmente constatar que o Dasein, nas palavras de Santo Agostinho, espera o futuro, recorda o passado e está atento ao presente.
Heidegger diz que o Dasein "gewärtigt" (espera), "behaltet" (guarda), "gegenwärtigt" (tem diante de si). O segundo passo é mostrar o "conceito existencial" de cada uma destas relações ek-estáticas do Dasein.
Original
D’abord quelle allure a la (…) -
Xolocotzi (2011:23-27) – nossas relações com as coisas
13 de outubro, por Cardoso de CastroTomemos, então, como faz Heidegger, o ponto de partida mais regular e imediato que temos: nossas relações com as coisas. Obviamente, falar sobre coisas já apresenta um problema inicial: de que tipo de coisas estamos falando, o que é uma coisa, queremos dizer a mesa, o chão, a ideia ou a justiça? Se pretendemos realizar uma “definição” desde o início, a própria intenção já aponta em uma direção, talvez despercebida, que estabelece um certo quê como guia. E isso constituiria uma maneira (…)