Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Manfredo Araújo de Oliveira (2012) – rompimento com a epistemologização

sábado 10 de junho de 2023

A concentração da reflexão na historicidade vai tornar impossível qualquer tentativa de estabelecer o começo absoluto para o pensamento, cuja pressuposição básica é o abismo entre sujeito e objeto, o que leva à pergunta fundamental: Como chegar afinal ao mundo? Para essa pressuposição o conhecimento é uma atividade da mente, um aparato cognitivo distinto do mundo, e que se preenche com material cognoscível através dos sentidos. Esta posição trabalha com um duplo dualismo: um dualismo interno entre sensibilidade e espiritualidade e um dualismo externo entre mente e mundo. Para Heidegger, esta questão básica não se põe porque sujeito e objeto já estão sempre abrangidos pela dimensão originária, o ser. Nessa perspectiva, Heidegger rompe com a epistemologização que caracterizou a filosofia moderna e repõe a ontologia no centro da Filosofia. [Oliveira, Manfredo Araújo de. “Teoria do ser primordial como tarefa suprema de uma filosofia sistemático-estrutural”. In: Síntese, Belo Horizonte, v. 39, n. 123, p. 53-79, p. 58, jan./abr. 2012.]


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