Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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GA65:23 – o pensar inicial

segunda-feira 17 de julho de 2023

Casanova

O pensar inicial como confrontação entre o primeiro início que precisa ser antes de tudo reconquistado e o outro início a ser desdobrado é por essa razão necessário; nessa necessidade, além disso, impõe-se a meditação mais ampla e mais aguda, impedindo toda fuga diante de decisões e saídas.

O pensar inicial tem a aparência da plena desarticulação e inutilidade. E, contudo, caso se queira já pensar em termos de utilidade, o que é mais útil do que a salvação em meio ao ser?

[…]

O pensar inicial é:

1. Deixar viger o seer a partir do dizer silenciador da palavra conceptiva no ente. (Construir nessa montanha).

2. A prontidão dessa construção por meio da preparação do outro início.

3. Alçar o outro início como confrontação com o primeiro em sua repetição mais originária.

4. Em si sigético, na mais expressa meditação precisamente silenciador.

Fédier

La pensée commençante, qui ouvre en les séparant le débat entre le premier commencement, qu’il s’agit d’abord de reconquérir en tant que tel, et l’autre commencement, cette pensée est pour cette raison nécessaire ; et dans cette nécessité elle contraint à la considération la plus ample, la plus tranchante et la plus constante, tout en contrecarrant toute fuite devant les décisions à prendre et toutes les échappatoires.

La pensée du commencement est en apparence complètement à côté de la réalité, sans la moindre utilité. Et pourtant, à supposer qu’il soit loisible de penser ici à un intérêt, de quoi aurions-nous plus besoin que de trouver salvation en l’être ?

[…]

La pensée commençante c’est :

1°) à partir de la Parole qui arrive à faire silence, cette Parole que dit le mot par lequel il est conçu, laisser l’estre faire saillie dans l’étant. (Travailler à bâtir ce massif d’abritement).

2°) ménager ce travail de bâtissement en préparant l’autre commencement.

3°) amorcer l’autre commencement en ouvrant le débat avec le premier commencement par sa répétition dans une plus grande originalité.

4°) tout cela en soi sigétique : arrivant à faire silence précisément là où la considération se fait la plus explicite.

Rojcewicz & Vallega-Neu

For this reason, inceptual thinking is necessary as a confrontation between the first beginning, which is still to be won back, and the other beginning, which is to be unfolded. In this necessity, such thinking compels us to the broadest, most acute, and most constant meditation and prevents all flight from decisions and all ways of avoiding them.

Inceptual thinking seems completely beside the point and useless. And yet, if indeed we are to think here in terms of usefulness, what is more useful than to be rescued into being?

[…]

Inceptual thinking is:

letting beyng protrude into beings out of the silence-bearing utterance of the grasping word. (Building on this mountain range.)

the preparation for this act of building through the preparation for the other beginning.

setting the other beginning in motion as confrontation with the first beginning in its more original repetition.

in itself sigetic, precisely bearing silence in the most explicit meditation.

Original

Das anfängliche Denken als Auseinandersetzung zwischen dem erst zurückzugewinnenden ersten Anfang und dem zu entfaltenden anderen Anfang ist aus diesem Grunde notwendig; und in dieser Notwendigkeit zwingt es zu der weitesten und schärfsten und ständigsten Besinnung und verwehrt alle Flucht vor Entscheidungen und Auswegen.

Das anfängliche Denken hat den Anschein der völligen Abseitigkeit und des Nutzlosen. Und dennoch, wenn schon an einen Nutzen gedacht sein will, was ist nützender als die Rettung in das Sein?

[…]

Das anfängliche Denken ist:

1. Das Seyn aus dem erschweigenden Sagen des begreifenden Wortes in das Seiende ragen lassen. (An diesem Gebirge bauen).

2. Die Bereitung dieses Bauens durch die Vorbereitung des anderen Anfangs.

3. Den anderen Anfang anheben als Auseinandersetzung mit dem ersten in seiner ursprünglicheren Wiederholung.

4. in sich sigetisch, in der ausdrücklichsten Besinnung gerade erschweigend.


Ver online : Beiträge zur Philosophie (Vom Ereignis) [GA65]