Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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GA64:113-114 – das »Man« (o impessoal)

segunda-feira 29 de maio de 2017

Borges-Duarte

5. Na medida em que o ser-aí é esse ente que sou eu, mas que, simultaneamente, é, quase sempre e normalmente, determinado como ser-uns-com-os-outros, o meu ser-aí não sou eu mesmo mas os outros; eu sou com os outros e, da mesma maneira, os outros com os outros. Na quotidianeidade, ninguém é ele mesmo. O que ele é e como é, ninguém o é: ninguém e, contudo, toda a gente em comum. Toda a gente não é ela mesma. Este ninguém, que nos vive a nós mesmos na quotidianeidade, é o “se” impessoal. Diz-se, ouve-se, está-se a favor de, está-se ocupado. No teimoso domínio deste “se” impessoal residem as possibilidades do meu ser-aí e é a partir deste nivelamento que o “eu sou” é possível. O ente, que é a possibilidade do “eu sou”, é enquanto tal, quase sempre, um ente que é o “se” impessoal.

McNeill

5. In so far as Dasein is an entity that I am, and is simultaneously determined as being-with-one-another, it is not I myself who for the most part and on average am my Dasein, but the Others; I am with the Others, and the Others are likewise with the Others. No one is himself in everydayness. What someone is, and how he is, is nobody: no one and yet everyone with one another. Everyone is not himself. This Nobody by whom we ourselves are lived in everydayness is the ‘One’. One says, one listens, one is in favour of something, one is concerned with something. In the obstinacy of the domination of this One there lie the possibilities of my Dasein, and out of this levelling-down the T am’ is possible. An entity that is the possibility of the ‘I am’ is as such, for the most part, an entity that one is.

Original

5. Sofern das Dasein ein Seiendes ist, das ich bin, und zugleich bestimmt ist als Mit-einander- sein, bin ich mein Dasein zumeist und durchschnittlich nicht selbst, sondern die Anderen; ich bin mit den Anderen und die Anderen mit den Anderen ebenso. Keiner ist in der Alltäglichkeit er selbst. Was er ist und wie er ist, das ist niemand: keiner und doch alle miteinander. Alle sind nicht sie selbst. Dieser Niemand, von dem wir selbst in der Alltäglichkeit gelebt werden, ist das »Man«. Man sagt, man hört, man ist dafür, man besorgt. In der Hartnäckigkeit der Herrschaft dieses Man liegen die Möglichkeiten meines Daseins, und aus dieser Einebnung heraus ist das »Ich bin« möglich. Ein Seiendes, das die Möglichkeit des »Ich bin« ist, ist als solches zumeist ein Seiendes, das man ist.


Ver online : Der Begriff der Zeit [GA64]