Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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onto-teo-lógica

quarta-feira 13 de dezembro de 2023

Este esclarecimento toca provavelmente em algo certo, mas permanece absolutamente insuficiente para a discussão da essência da metafisica. Pois ela não é apenas teo-lógica, mas também onto-lógica. A metafisica não é apenas também uma e outra coisa. Muito antes, é ela teo-lógica, porque é onto-lógica. Ela é isto, porque é aquilo. A constituição ONTO-TEO-LÓGICA da essência da metafisica não pode ser esclarecida nem a partir da teológica, nem partindo da ontológica, caso aqui algum dia uma explicação baste para aquilo que fica para ser considerado.

Ainda permanece impensado de que unidade emerge o comum-pertencer de ontológica e teológica; impensada também a origem desta unidade, impensada a diferença do diferente, que as unifica. Pois, manifestamente, não se trata primeiro de uma reunião de duas disciplinas da metafísica autônomas, mas da unidade daquilo que na ontológica e na teológica é questionado e pensado: o ente enquanto tal em sua generalidade e princípio, na unidade com o ente enquanto tal em sua eminência e último. A unidade deste um é de tal natureza que o último, a seu modo, fundamenta o primeiro e o primeiro, a seu modo, o último. A diversidade dos dois modos de fundamentar assenta, ela mesma, na mencionada diferença que ainda está impensada.

Na unidade do ente enquanto tal em geral e supremo repousa a constituição da essência da metafísica.

Trata-se aqui de discutir, primeiro, apenas como questão, aquela da essência onto-lógica da metafisica. Unicamente o próprio objeto pode apontar para o lugar o qual analisa a questão da constituição ONTO-TEO-LÓGICA da metafisica de tal maneira que procuremos pensar mais objetivamente o objeto do pensamento. Este foi legado ao pensamento ocidental sob o nome de "sei". Se pensarmos este objeto um pouco mais objetivamente, se prestarmos atenção ao que é controvertido no objeto, então se mostra: ser significa sempre e em toda parte: ser do ente, locução em que deve ser pensado o genitivo como genitivus obiectivus. Ente significa sempre e em toda parte: ente do ser, locução em que deve ser pensado o genitivo como genitivus subiectivus. Falamos, sem dúvida, com reserva de um genitivo, referindo-nos a objeto e sujeito; pois estas expressões sujeito e objeto já por sua vez origem em uma caracterização do ser. Claro está apenas
que no ser do ente e no ente do ser se trata, cada vez, de uma diferença. [v. diferença de ente e ser] [MHeidegger A CONSTITUIÇÃO ONTO-TEO-LÓGICA DA METAFÍSICA]