Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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encobrimento

quarta-feira 13 de dezembro de 2023

état caché

A pro-dução conduz do ENCOBRIMENTO para o desENCOBRIMENTO. Só se dá no sentido próprio de uma pro-dução, enquanto e na medida em que alguma coisa encoberta chega ao des-encobrir-se. [GA7  , pag. 16]

A techne   é uma forma de aletheia  . Ela des-encobre o que não se produz a si mesmo e ainda não se dá e propõe, podendo assim apresentar-se e sair, ora num, ora em outro perfil. [GA7, pag. 17]

A lavra do lavrador não desafiava o lavradio. Na semeadura, apenas confiava a semente às forças do crescimento, encobrindo-a para seu desenvolvimento. [GA7, pag. 19]

Mas o avião comercial, disposto na pista de decolagem, é fora de qualquer dúvida um objeto. Com certeza. É possível representar assim essa máquina voadora. Mas, com isso, encobre-se, justamente, o que ela é e a maneira em que ela é o que é. [GA7, pag. 21]

A essência da técnica moderna se encobre e esconde, durante muito tempo ainda, mesmo depois de já se terem inventado usinas de força, mesmo depois de já se ter aplicado a técnica elétrica aos transportes ou descoberto a técnica atômica. [GA7, pag. 25]

Tudo que é essencial, não apenas a essência da técnica moderna, se mantém, por toda parte, o maior tempo possível, encoberto. [GA7, pag. 25]

Para onde nos sentiremos remetidos, quando tentarmos agora dar mais um passo adiante, pensando o que será, em si mesma, esta com-posição? Não é nada de técnico nem nada de maquinal. É o modo em que o real se desencobre como dis-ponibilidade. De novo, se impõe a pergunta: será que este des-encobrir-se se dá, em algum lugar, fora de toda ação e qualquer atividade humana? De forma alguma! [GA7, pag. 26]

Todo desENCOBRIMENTO pertence a um abrigar e esconder. Ora, o que liberta é o mistério, um encoberto que sempre se encobre, mesmo quando se desencobre. Todo desENCOBRIMENTO provém do que é livre, dirige-se ao que é livre e conduz ao que é livre. A liberdade do livre não está na licença do arbitrário nem na submissão a simples leis. A liberdade é o que aclarando encobre e cobre, em cuja clareira tremula o véu que vela o vigor de toda verdade e faz aparecer o véu como o véu que vela. [GA7, pag. 28]

A com-posição encobre, sobretudo, o desENCOBRIMENTO, que, no sentido da poiesis  , deixa o real emergir para aparecer em seu ser. [GA7, pag. 30]

Assim, pois, a com-posição provocadora da ex-ploração não encobre apenas um modo anterior de desENCOBRIMENTO, a pro-dução, mas também o próprio desENCOBRIMENTO, como tal, e, com ele, o es paço, onde acontece, em sua propriedade o desENCOBRIMENTO, isto é, a verdade. [GA7, pag. 30]

O descobrimento é o destino que, cada vez, de chofre e inexplicável para o pensamento, se parte, ora num des-encobrir-se pro-dutor ora num des-encobrir-se explorador e, assim, se reparte ao homem. [GA7, pag. 32]

Pois é o que salva que leva o homem a perceber e a entrar na mais alta dignidade de sua essência. Uma dignidade, que está em proteger e guardar, nesta terra, o desENCOBRIMENTO e, com ele, já cada vez, antes, o ENCOBRIMENTO. [GA7, pag. 34]

Pensando, por fim, que o vigente de toda essência se dá no que se concede e que este carece da participação do homem no des-encobrir-se do desENCOBRIMENTO, então se mostra que: A essência da técnica é de grande ambigüidade. Uma ambigüidade que remete para o mistério de todo desENCOBRIMENTO, isto é, da verdade. [GA7, pag. 35]

A questão da técnica é a questão da constelação em que acontece, em sua propriedade, em desENCOBRIMENTO e ENCOBRIMENTO, a vigência da verdade. [GA7, pag. 35]

Será, então, que um desENCOBRIMENTO concedido de modo mais originário seria capaz de fazer aparecer, pela primeira vez, a força salvadora no meio do perigo que, na idade da técnica, mais encobre do que mostra? [GA7, pag. 36]

A arte chamava-se apenas techne. Era um des-encobrir-se único numa multiplicidade de desdobramentos. A arte era piedade, promos, isto é, integrada na regência e preservação da verdade. [GA7, pag. 36]