Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

Página inicial > Léxico Alemão > animal racional

animal racional

quarta-feira 13 de dezembro de 2023

O primeiro humanismo, o romano  , e todo humanismo, que, desde então, tem surgido, pressupõem evidente a "essência" universal do homem. O homem é considerado como animal rationale  . Tal determinação não é apenas a tradução latina do zoon   logon echon grego mas também uma interpretação metafísica. Essa determinação da Essência do homem não é falsa. Todavia, é condicionada pela metafisica. A proveniência de sua Essência e não somente suas limitações tornaram-se dignas-de-serem-questionadas (frag-würdig) em Ser e Tempo  . (…)

Como quer que se determine, com respeito à determinação da Essência do homem, a ratio do animal e a razão do ser vivo, seja como "faculdade dos princípios", ou como "faculdade das categorias" ou de outro modo qualquer, sempre a Essência da razão se funda em que o Ser em si mesmo já se iluminou e aconteceu em sua Verdade em toda percepção (Vernehmen  ) do ente em seu ser. Igualmente, no animal, Zoon, já se põe uma interpretação da "vida", que, necessariamente, se baseia numa interpretação do ente como zoe e physis  , na qual o ser vivo aparece. Além disso - e antes de tudo - resta perguntar, por fim, se originariamente e antecedendo, decisivamente, a tudo, a Essência do homem repousa na dimensão da animalitas  . Estaremos num bom caminho para a Essência do homem, quando e enquanto dis-tinguirmos o homem, como um ser vivo entre outros, da planta, do animal e de Deus? Sem dúvida, assim também se poderá proceder; dessa maneira será possível situar o homem dentro do ente, como um ente entre outros. E, ao fazê-lo, sempre se há de conseguir afirmar algo correto do homem. Todavia, também dever-se-ia ter sempre em mente, que, assim, o homem permanecerá definitivamente relegado ao âmbito de vigor da animalitas, mesmo no caso de não vir a ser identificado com o animal mas de se lhe atribuir uma diferença específica Em princípio, se pensa sempre o homo animalis ainda quando se põe anima  , como animas sive meus e essa, como sujeito, como pessoa, como espírito. Esse pôr é o modo próprio da metafísica. Desse modo, a Essência do homem é apoucada e nunca pensada em sua pro-veniência. A proveniência da Essência do homem permanecerá sempre para a humanidade Histórica seu por-vir Essencial. A metafísica pensa o homem a partir da animalitas. Ela não o pensa na direção de sua humanitas. [CartaH]