Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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SZ:181 – dejectado-projetante (geworfen-entwerfende em STCastilho)

quarta-feira 9 de março de 2022

O Dasein   existe factualmente. Pergunta-se pela unidade ontológica de existenciariedade [Existenzialität] e factualidade [Faktizität  ], isto é, da essencial pertinência da última à primeira. Sobre o fundamento do encontrar-se [Befindlichkeit  ] que pertence à sua essência, o Dasein tem um modo-de-ser [Seinsart  ] no qual, em sua dejecção, ele é posto diante de si e é aberto para si. Mas a dejecção é o modo-de-ser de um ente que ele mesmo é cada vez suas possibilidades [Möglichkeit  ], de sorte que ele se entende a partir delas (projetando-se nelas). O ser-no-mundo a que pertencem, com igual originariedade, o ser junto ao utilizável [Zuhandend] e o ser-com com outros [Mitsein   mit Anderen  ] é cada vez em vista de si mesmo. Mas de pronto e no mais das vezes, o si-mesmo [Selbst  ] é impróprio [uneigentlich  ], a-gente ela mesma [Man-selbst  ]. O ser-no-mundo já é sempre decair. Por conseguinte, a cotidianidade mediana do Dasein [durchschnittliche Alltäglichkeit   des Daseins] pode ser determinada como o ser-no-mundo que decaindo-abre [verfallend  -erschlossene], dejectado-projetante [geworfen  -entwerfende], para o qual, em seu ser junto ao “mundo" e ser-com com outros, está em jogo o seu poder-ser [Seinkönnen  ] mais-próprio. [SZ  :181; STCastilho:507,509]