Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

Página inicial > Gesamtausgabe > GA9:372-374 – Dasein

GA9:372-374 – Dasein

sábado 10 de junho de 2017

Giachini & Stein

[…] Para reunir, ao mesmo tempo, em uma palavra, tanto a relação do ser com a essência do homem, como também a [385] referência fundamental do homem à abertura (“aí”) do ser enquanto tal, foi escolhido para o âmbito essencial, em que se situa o homem enquanto homem, o nome “ser-aí”. Isto foi feito, apesar de a metafísica usar esse nome para aquilo que em geral é designado existentia  , realidade efetiva, realidade e objetividade, apesar até mesmo de se costumar falar, na linguagem comum, em “ser-aí humano”, repetindo o significado metafísico da palavra. Por isto, obstrui-se toda possibilidade de se pensar o que nós entendemos, quando as pessoas se contentam apenas em averiguar o fato de, em Ser e tempo  , usar-se a palavra “ser-aí” ao invés de “consciência”. Como se aqui estivesse apenas em jogo o uso de palavras diferentes, como se não se tratasse desta coisa única: da relação do ser com a essência do homem e, com isto, pensado a partir de nós [1], como se não se tratasse de levar o pensamento primeiramente para diante da experiência essencial do homem, uma experiência suficiente para a interrogação decisiva. Nem a palavra “ser-aí” tomou o lugar da palavra “consciência”, nem a “coisa” chamada “ser-aí” passou a ocupar o lugar daquilo que é representado sob o nome “consciência”. Com o “ser-aí” é designado muito mais aquilo que, pela primeira vez aqui, foi experimentado como âmbito [2], a saber, como o lugar da verdade do ser e que assim deve ser adequadamente pensado.

Aquilo em que se pensa com a palavra “ser-aí” através de todo o tratado Ser e tempo recebe já uma luz desta sentença diretriz (p. 42), que diz: “A ‘essência’ do ser-aí consiste em sua existência”.

Se considerarmos que na linguagem da metafísica a palavra “existência” designa o mesmo que “ser-aí”, a saber, a realidade efetiva de tudo o que é efetivamente real desde Deus até o grão de areia, é claro que apenas se desloca – quando se entende a frase linearmente – a dificuldade do que deve ser pensado da palavra “ser-aí” para a palavra “existência”. O [386] nome “existência é usado em Ser e tempo exclusivamente como caracterização do ser do homem. A partir da “existência” corretamente pensada revela-se a “essência” do ser-aí, em cuja abertura o ser mesmo se anuncia e se oculta, se concede e subtrai, sem que essa verdade do ser no ser-aí se esgote ou se deixe identificar com o ser-aí ao modo do princípio metafísico: toda objetividade é enquanto tal subjetividade. (p. 384-386)

Cortés & Leyte

[…] A fin de apresar en una sola palabra y a un mismo tiempo tanto la referencia del ser a la esencia del hombre como la relación esencial del hombre con la apertura (el «aquí») del ser como tal, se eligió para ese ámbito esencial en el que se halla el hombre en cuanto hombre la palabra «Dasein  » [3]. Y fue elegida a pesar de que la metafísica utiliza ese nombre para eso que de lo [304] contrario se nombra como existentia, existencia, realidad y objetividad, y a pesar de que incluso el modo de hablar más común utiliza la expresión «Dasein» o «existir humano» en el sentido metafísico de la palabra. Por eso, también queda cerrada la posibilidad de volver a pensar si nos contentamos con dar por sentado que en Ser y tiempo se utiliza la palabra «Dasein» en lugar de «conciencia», como si lo que se estuviera discutiendo aquí fuera el mero uso de palabras diferentes y no se tratase de lo único importante, esto es, de llevar al pensar la relación del ser con la esencia del hombre y, con ello, y pensado desde nuestra perspectiva [4], muy especialmente una experiencia esencial del hombre que resulta suficiente para nuestra pregunta conductora. Ni la palabra «Dasein» aparece simplemente en el lugar de la palabra «conciencia» ni la «cosa» llamada «Dasein» aparece en el lugar de lo que uno se representa bajo el término «conciencia». Más bien ocurre que con «Dasein» se nombra eso que aún tiene que ser experimentado y, por ende  , tiene que ser pensado como lugar [5], concretamente como el lugar de la verdad del ser.

En qué se piensa con el término «Dasein» a lo largo de todo el tratado de Ser y tiempo es algo sobre lo que ya informa la frase (p. 42) que dice así: «La “esencia” del Dasein reside en su existencia».

Claro está que si nos damos cuenta de que en el lenguaje de la metafísica la palabra «existencia» nombra exactamente lo mismo que significa «Dasein», es decir, la realidad de cuaquier cosa real, desde Dios hasta un grano de arena, entonces, con esa frase y siempre que se la entienda directamente así, lo único que se hace es trasladar la dificultad de lo que queda por pensar desde la palabra «Dasein» a la palabra «existencia». En Ser y tiempo el nombre «existencia» se utiliza exclusivamente para aludir al ser del hombre. Desde la «existencia» correctamente pensada se puede pensar la «esencia» del Dasein, en cuya apertura el propio ser se anuncia y se oculta, se ofrece y se sustrae, sin que esta verdad del ser se agote en el Dasein o acaso se vuelva una con él, a la manera de lo que dice la frase metafísica: toda objetividad es, en cuanto tal, subjetividad. (p. 303-304)

Walter Kaufmann

[…] To characterize with a single term both the relation of Being to the essence of man and the essential relation of man to the openness (“there” [“Da”]) of Being [Sein  ] as such, the name of “Dasein” [there-being] was chosen for the essential realm in which man stands as man. This term was employed even though in metaphysics it is used interchangeably with existentia, actuality, reality, and objectivity, and although this metaphysical usage is further supported by the common [German] expression “menschliches Dasein” [human existence]. Any attempt at thoughtfulness is therefore thwarted as long as one is satisfied with the observation that in Being and Time the term “Dasein” is used in place of “consciousness.” As if this were simply a matter of using different words! As if it were not   the one and only thing at stake here: namely, to bring us to think the relation of Being to the essence of man and thus, from our point of view, to present initially an experience of the human essence that may prove sufficient to direct our inquiry. The term “Dasein” neither takes the place of the term “consciousness," nor does the “matter” designated as “Dasein” take the place of what we represent to ourselves when we speak of “consciousness.” Rather, “Dasein” names that which is first of all to be experienced, and subsequently thought accordingly, as a placeb — namely, as the locality of the truth of Being.

What the term “Dasein” means throughout the treatise Being and Time is indicated already by the guiding thesis  : “The ‘essence’ of Dasein lies in its existence” (Being and Time, p. 42).

To be sure, in the language of metaphysics the word “existence” is a synonym of “Dasein”: both refer to the actuality of anything at all that is actual, from God to a grain of sand. As long, therefore, as the quoted sentence is understood only superficially, 203 the difficulty of what is to be thought is merely transferred from the word “Dasein” to the word “existence.” In Being and Time, the term “existence” is used exclusively for the Being of the human being. Once “existence” is understood correctly, the “essence” of Dasein can be thought, in whose openness Being itself announces and conceals itself, grants itself and withdraws; at the same time, this truth of Being does not exhaust itself in Dasein, nor can it by any means simply be identified with it after the fashion of the metaphysical proposition that all objectivity is as such also subjectivity. (1998, p. 282-283)

Original

[…] Um sowohl den Bezug   des Seins zum Wesen   des Menschen als auch das Wesensverhältnis des Menschen zur Offenheit   (»Da«) des Seins als solchen zugleich und in einem Wort   zu treffen, wurde für den Wesensbereich, in dem der Mensch   als Mensch steht, der Name »Dasein« gewählt. Dies geschah, trotzdem die Metaphysik   diesen Namen für das gebraucht, was sonst mit existentia, Wirklichkeit  , Realität und Objektivität   benannt wird, trotzdem sogar die gewöhnliche Redeweise vom »menschlichen Dasein« in der metaphysischen Bedeutung   des Wortes zu sprechen   pflegt. Darum wird nun auch jedes Nach-denken   verbaut, wenn man sich begnügt festzustellen, in »Sein und Zeit  « werde statt »Bewußtsein  « das Wort »Dasein« gebraucht. Als ob hier der bloße Gebrauch   verschiedener Wörter zur Verhandlung stünde, als ob es sieb nicht   um das Eine und Einzige handelte, den Bezug des Seins zum Wesen des Menschen und damit, von uns aus gedacht [6], zunächst   eine für das leitende Fragen   hinreichende Wesenserfahrung vom Menschen vor das Denken zu bringen  . Weder tritt nur das Wort »Dasein« an die Stelle   des Wortes »Bewußtsein«, noch tritt die »Dasein« genannte »Sache  « an die Stelle dessen, was man beim Namen »Bewußtsein« vorstellt. Vielmehr ist mit »Dasein« solches genannt, was erst einmal als Stelle [7], nämlich als die Ortschaft der Wahrheit   des Seins erfahren   und dann   entsprechend gedacht werden   soll.

Woran im Wort »Dasein« überall durch die Abhandlung von »Sein und Zeit« hindurch gedacht ist, darüber gibt schon der Leitsatz (S.42) eine Auskunft, der lautet: »Das »Wesen« des Daseins liegt in seiner Existenz  . «

Bedenkt man freilich, daß   in der Sprache der Metaphysik das Wort »Existenz« dasselbe nennt, was »Dasein« meint, nämlich die Wirklichkeit jedes beliebigen Wirklichen von Gott   bis zum Sandkorn, dann wird durch den Satz  , wenn man ihn nur geradehin versteht, die Schwierigkeit des zu Denkenden nur vom Wort »Dasein« auf   das Wort »Existenz« ab geschoben, Der Name »Existenz« ist in S. u. Z. ausschließlich als Bezeichnung des Seins des Menschen gebraucht. Von der recht gedachten »Existenz« her läßt sich das »Wesen« des Daseins denken, in dessen Offenheit das Sein selbst   sich bekundet und verbirgt, gewährt und entzieht, ohne daß sich diese Wahrheit des Seins im Dasein erschöpft oder gar mit ihm sich in eins setzen läßt nach der Art des metaphysischen Satzes: alle Objektivität ist als solche Subjektivität. (GA9  :372-374)


Ver online : WEGMARKEN [GA9]


[15a edição de 1949: mas não mais a partir de “nós” como sujeitos.

[25a edição de 1949: dito de maneira insuficiente: a localidade habitada de maneira mortal, a região mortal da localidade.

[3N. de los T: la traducción literal sería ‘ser- aquí’, aunque como es sabido la definición tradicional es la de existencia. Vid. nota 9, p. 42.

[45.a ed. (1949): pero ya no de «nosotros» como sujetos.

[55.a ed. (1949): dicho insuficientemente: el lugar habitado por los mortales, la región dentro de dicho lugar habitada por los mortales.

[65. Auflage 1949: aber nicht mehr von »uns« als Subjekten.

[75. Auflage 1949: Unzureichend gesagt: die sterblich bewohnte Ortschaft, die sterbliche Gegend der Ortschaft.