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GA67:I.123 – sentido do ser
segunda-feira 19 de fevereiro de 2024
Casanova
Certamente o que está em questão é: como é a entidade possível? A colocação da questão dá-se porém da seguinte maneira: qual é o “sentido” (o âmbito essencializante do esboço, o desvelado, a verdade) do ser? Mas por que se pergunta assim? Apenas para galgar o próximo estágio mais elevado da pergunta pela possibilidade? Não, mas a partir da experiência fundamental do ser mesmo (o nada, a história, a verdade mesma, o ser-situado). A partir do ser-jogado [Da-sein ] na verdade do ser surge o esboço e a pergunta pelo esboço. E o ser-jogado jogou o que pergunta no ser-situado: [140] saber o ser-situado enquanto um tal e nomear o pré-nome para o ser essencializante mesmo: o tempo.
O tempo não é apenas e em primeiro lugar um bastidor que é uma vez mais empurrado para trás do ser, a fim de que ele mesmo tenha uma vez mais um pano de fundo questionável. Tempo é o nome para o ser que essencializa a si mesmo enquanto desvelamento. Mas como é que ele poderia chegar a ser questionado em meio a todo o acossamento perdurante através da metafísica senão com os modos metafísicos de proceder? Com isto alcança-se a “transcendência do ser-situado” que se encontra caracteristicamente ambíguo entre a “subjetividade” completamente superada em seu conteúdo objetivo e o ser-situado a ser fundado. Pois em parte alguma pensa-se no sentido do sujeito; a história é pensada enquanto historicidade do ser-situado, este enquanto essencialmente determinado através da compreensão de ser. Com-preender, contudo, enquanto o esboço que é jogado de maneira instante em seu aberto e nunca deveria como que imputar para si o esboçado enquanto um artefato seu.
Original
Gewiß ist gefragt: Wie ist die Seiendheit möglich – nämlich gefragt in der Weise : welches ist der »Sinn « (d.h. der wesende Entwurfsbereich, d.h. das Unverborgene, d.h. die Wahrheit ) des Seins? Aber warum ist so gefragt? Nur um eine nächst höhere Stufe der Möglichkeitsfrage zu erklimmen? Nein – sondern aus der Grunderfahrung des Seins selbst (das Nichts , die Geschichte , die Wahrheit selbst, das Da -sein ). Aus der Geworfenheit in die Wahrheit des Seins kommt der Entwurf und die Entwurfsfrage. Und die Geworfenheit hat den Fragenden in das Da-sein geworfen, [130] dieses als ein solches zu wissen und den Vor-namen für das wesende Sein selbst zu nennen: die Zeit .
Sie ist nicht nur und nicht zuerst eine Kulisse, die noch einmal hinter das Sein geschoben wird, damit es einen, selbst wieder fraglichen Hintergrund habe; Zeit ist der Name für das als Unverborgenheit selbst wesende Sein. Aber wie soll überhaupt in all der festwährenden Bedrängung durch die Metaphysik erstmals gefragt werden , es sei denn mit ihren Weisen des Vorgehens? Daher kommt es zur »Transzendenz des Daseins«, die eigentümlich zweideutig steht zwischen der in der Sache durchaus überwundenen »Subjektivität « und dem zugründenden Da-sein; denn nirgends ist im Sinne des Subjekts gedacht; die Geschichte ist als Geschichtlichkeit des Daseins, dieses als wesentlich bestimmt gedacht durch das Seinsverständnis . Ver-stehen aber als Entwurf, der inständlich in sein Offenes geworfen und nie gleichsam daü Entworfene als sein Gemächte sich zurechnen sollte.
Ver online : Metaphysik und Nihilismus [GA67]