Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Aristóteles: a alma se move?

sexta-feira 1º de maio de 2020

[…] dizemos que a alma se magoa, se alegra, ousa  , teme, e ainda que se irrita, percebe e raciocina, e há a opinião de que todas estas coisas são movimentos, donde alguém poderia pensar que a alma se move. Isso, contudo, não é necessário. Pois, mesmo que o magoar-se, o alegrar-se ou o raciocinar sejam especialmente movimentos, e que cada um deles o seja pela alma — por exemplo, que o irritar-se ou temer seja um tipo de movimento do coração, e que o raciocinar seja um tipo de movimento desse órgão ou talvez de outro diverso; e que, dentre estes, uns ocorram segundo a locomoção de certas partes movidas, outros segundo a alteração das mesmas (quais e como, é outra questão) — dizer que a alma se irrita é como dizer que a alma tece ou edifica. Talvez seja melhor dizer não que a alma se apieda ou apreende ou raciocina, mas que o homem o faz com a alma. E isso não porque o movimento existe nela, mas porque o movimento ora chega até ela, ora parte dela: na percepção sensível, por exemplo, ele parte de fora, e na reminiscência, parte dela até chegar aos movimentos e às estabilizações nos órgãos da percepção (ARISTÓTELES. De Anima  , tr. Maria Cecília Gomes dos Reis. São Paulo: Editora 34, 2006, p. 61-61).

VIDE: Greisch: Gerede - Falatório


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