A palavra [Schicksal, destino] mostra uma multiplicidade característica de sentido, mesmo à parte do que ela significa em termos de seu próprio conteúdo: destino como (1) um poder determinante e governante, (2) um modo de ser, e (3) um sendo que é determinado em cada ocasião pelo modo de tal ser, que está sob tal poder. Todos os três significados estão contidos nas linhas que acabamos de citar. O que “destino” significa aqui é ser contado poeticamente ao pensar através do seer dos (…)
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leiden / Leidenschaft
Leidenschaft / passion / paixão / pathos / passión
Matérias
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GA39:172-176 – destino [Schicksal] e sofrimento [Leidenschaft]
1º de novembro, por Cardoso de Castro -
GA6T1:57-59 – afetos e paixões
4 de maio de 2020, por Cardoso de CastroNa maioria das vezes, Nietzsche emprega a palavra paixão como possuindo o mesmo significado de afeto. No entanto, se ira [Zorn] e ódio [Haß], ou alegria e amor [Freude und Liebe], por exemplo, não são apenas diferentes como um afeto é distinto de outro, mas são diferentes como um afeto e uma paixão, então também precisamos aqui de uma determinação mais exata.
Casanova
Tão frequente quanto a caracterização nietzschiana da vontade como afeto [Affekt] é sua caracterização da vontade como (…) -
GA39:174-176 — Ser e Destino
11 de novembro de 2018, por Cardoso de CastroRiofrio
[160] En cambio, Ser en el sentido de destino no confiere inmediatamente una correspondencia al ser de una roca, o de una rosa, o de un águila. Ciertamente experimentamos directamente una piedra, una planta o un animal, como siendo; pero ¿quién se atrevería a preguntar sucede con el Ser de esos entes? ¿“Tiene” la roca su Ser así como “tiene” extensión, peso, dureza y color, y dónde, entonces, se “asienta” este Ser? Lo mismo corresponde para la rosa y el águila. Podemos decir (…) -
Marques Cabral (2018:37-41) – o luto
7 de junho de 2023, por Cardoso de CastroO que me interessa, contudo, é afirmar com Agostinho que a morte de um amigo mata algo em nós, sem precisar sublimar essa morte por meio da relação com um Deus que não se move.
Admirava-me de que os restantes mortais vivessem, visto que aquele, que eu amava como se não houvera de morrer, tinha morrido e mais me admirava que eu continuasse a viver depois de ele morrer, visto que eu era o outro ele. Bem disse alguém, em relação a um amigo seu, que ele era metade da sua alma. Porque eu (…) -
Malabou (2013) – autoafecção
10 de outubro, por Cardoso de CastroVamos tomar emprestada a definição do termo afeto de Deleuze que, em uma de suas palestras de 1978 sobre a Ética de Spinoza (24 de janeiro de 1978), declara:
Começo com algumas precauções terminológicas. No livro principal de Spinoza, que se chama Ética e que está escrito em latim, encontramos duas palavras: affectio e affectus. Alguns tradutores, estranhamente, traduzem ambas da mesma maneira. Isso é um desastre. Eles traduzem os dois termos, affectio e affectus, por “afeição”. Chamo isso (…) -
GA6T1:53-57 – afetos são configurações da vontade de poder
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroComo devemos tomar então a essência do afeto, da paixão e do sentimento? Como devemos tomar essa essência de modo a torná-la frutífera para a interpretação da essência da vontade no sentido nietzschiano?
Casanova
Na passagem que acabamos de citar, Nietzsche diz: todos os afetos são “configurações” da vontade de poder. Se perguntarmos o que é a vontade de poder, Nietzsche então responderá: ela é o afeto originário. Os afetos são formas da vontade; a vontade é afeto. Denomina-se tal (…) -
GA43: Estrutura da Obra
9 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira de Marco Antonio Casanova
-* Nietzsche como pensador metafísico O livro A vontade de poder Planos e trabalhos preliminares para a obra capital A unidade entre vontade de poder, eterno retorno e transvaloração A estrutura da "obra central" O modo de pensar nietzschiano como inversão O ser do ente como vontade na tradição metafísica A vontade como vontade de poder Vontade como afeto, paixão e sentimento A interpretação idealista da doutrina nietzschiana da vontade Vontade (…) -
Agamben (2015:275-277) – paixão, como potência passiva e mögen
12 de outubro, por Cardoso de CastroPara compreender o problema que é aqui evocado, é necessário aproximá-lo do tema da liberdade tal como é exposto nas últimas páginas de Vom Wesen des Grundes [GA9]. Mais uma vez, a dimensão da facticidade (isto é, da facticidade original ou transcendental) é aqui essencial:
Existir significa sempre: no meio do ente, ser em relação com o ente — com aquele que não é no modo do Dasein, consigo mesmo e com seu semelhante — e isso de tal modo que na própria relação emotivamente situada, aquilo (…) -
Scheler (2012:3-6) – Ordo amoris (II)
17 de fevereiro, por Cardoso de Castro“Quem possui o ordo amoris de um homem possui o homem“. Possui, relativamente a ele enquanto sujeito moral, o que a fórmula cristalina é para o cristal. Perscruta o homem até onde é possível indagar um homem. Diante de si, por trás de toda a diversidade e complicação empíricas, sempre as simples linhas fundamentais do seu ânimo que, mais do que o conhecimento e a vontade, merece chamar-se o cerne do homem enquanto ser espiritual. Possui num esquema espiritual a fonte originária que alimenta (…)
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Scheler (GW10) – Ordo amoris
8 de janeiro, por Cardoso de CastroEncontro-me num mundo incomensurável de objectos sensíveis e espirituais que põem em movimento incessante o meu coração e as minhas paixões. Sei que tanto os objectos que chego a conhecer pela percepção e pelo pensamento como tudo o que quero, escolho, faço, empreendo e realizo, dependem do jogo deste movimento do meu coração. Daqui se segue, para mim, que toda a espécie de autenticidade, de falsidade e de ilusão da minha vida e dos meus impulsos depende de se existe uma ordem objectivamente (…)