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[…] A verdade não é uma propriedade da proposição: está nas próprias coisas. E aqui se acentua o aspecto objetivista da teoria de Heidegger. Não é na proposição sobre o ser que reside a verdade, mas é o próprio ser que é revelado ou verdadeiro. E é apenas porque o ser é verdadeiro que podemos formular proposições sobre ele que são verdadeiras. Consequentemente, a verdade da proposição é derivada da verdade do ser. A verdade, no seu sentido antigo, a descoberta, pertence ao próprio (…)
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Jean Wahl
Wahl, Jean (1888-1974)
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
WAHL, Jean. Introduction à la pensée de Heidegger. Paris: Livre de Poche, 1998
As Filosofias da Existência. Tr. I. Lobato e A. Torres. Lisboa: Europa-América, 1962
WAHL, Jean A. Vers la fin de l’ontologie: étude sur l’Introduction dans la métaphysique par Heidegger. Paris: Société d’Édition d’Enseignement Supérieur, 1956
Matérias
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Jean Wahl (1998:34-40) – aletheia
10 de fevereiro, por Cardoso de Castro -
Jean Wahl (1998:22-25) – ciência, conjunto de proposições?
18 de outubro, por Cardoso de CastroEssa concepção dupla, da verdade como uma relação entre um predicado e um sujeito, e da ciência como um conjunto de proposições, está correta? Isso é o que teremos de examinar, e já podemos apontar, com relação à ciência, que considerá-la como um conjunto de proposições é considerá-la como um conjunto de resultados, e que considerá-la como um conjunto de resultados não é considerá-la em sua própria existência. O resultado é como uma espécie de cadáver, ou, como diz Hegel, como algo que (…)
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Jean Wahl (1956:9-10) – porque ser e não nada?
18 de outubro, por Cardoso de CastroGostaria agora de passar ao estudo da obra [GA40] e, para isso, traduzirei inicialmente o primeiro parágrafo, e teremos a oportunidade de nos deter em algumas de suas linhas.
“Por que existe, de modo geral, o ser e não o nada? Essa é a pergunta. E provavelmente não se trata de uma pergunta qualquer. Por que existe o ser e não o nada? É claramente a primeira de todas as perguntas, não a primeira na sequência temporal de perguntas; homens individuais, assim como povos no curso de sua marcha (…) -
Jean Wahl (1998:19-21) – a verdade é uma propriedade da proposição ou do julgamento
18 de outubro, por Cardoso de CastroA ciência é um certo tipo de conhecimento; é um certo modo, uma certa maneira de lutar pela verdade. E somos levados a esta pergunta: “O que é a verdade?”
Heidegger diz que há muitas respostas a esta pergunta. Mas todas estas respostas têm um elemento em comum: todas concordam que a verdade é uma propriedade da proposição ou do julgamento. Portanto, definimos verdade como a verdade de uma proposição. Por exemplo, esta lâmpada queima ou este giz é branco. A palavra “lâmpada” ou a palavra (…) -
Jean Wahl (1962) – a que se opõem as filosofias da existência
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroVejamos agora a que se opõem as filosofias da existência.
Podemos dizer que estas filosofias se opõem às concepções clássicas da filosofia, tais como as encontramos quer em Platão, quer em Espinosa, quer em Hegel; opõem-se de facto a toda a tradição da filosofia clássica desde Platão.
A filosofia platônica, tal como a concebemos vulgarmente, é a investigação da ideia, na medida em que a ideia é imutável. Espinosa quer ter acesso a uma vida eterna que é beatitude. O filósofo em geral quer (…) -
Jean Wahl (1998:14-17) – crise da ciência
18 de outubro, por Cardoso de CastroHoje falamos sobre uma crise na ciência, mas geralmente tentamos mais ou menos descartar a ideia dessa crise. Faremos o oposto; usaremos essa sensação de crise como ponto de partida para descobrir o que é ciência. É a explicação da crise atual que lançará luz sobre a natureza da ciência.
Começaremos examinando os dois primeiros aspectos da crise. O primeiro diz respeito ao relacionamento entre o indivíduo e a ciência. Como a ciência se tornou especializada, o indivíduo tem diante de si uma (…) -
Jean Wahl (1998:239-241) – filosofar é transcender
17 de outubro, por Cardoso de CastroHoje eu gostaria de concluir o que temos a dizer sobre essa palestra de Heidegger [GA27], e gostaria de lembrá-los do que dissemos no final da última aula que, para colocar o problema do ser, é necessário opor o ser a algo, como ele afirma. Portanto, o problema do ser implica a afirmação do nada. É somente se houver o nada, diz ele, que o ser pode ser revelado, e ele também afirma — e podemos questionar essas duas afirmações — que, para que haja o nada, deve haver algo que ele chama de mundo (…)