Página inicial > Gesamtausgabe > GA29-30:397-398 – ente enquanto ente (Seiendem als Seiendem)

Die Grundbegriffe der Metaphysik. Welt – Endlichkeit – Einsamkeit [GA29-30]

GA29-30:397-398 – ente enquanto ente (Seiendem als Seiendem)

terça-feira 23 de agosto de 2022, por Cardoso de Castro

Falando de maneira formal: “algo enquanto algo” está associado com o mundo – o que, pelo modo de ser do animal, está vedado para ele. Somente onde o ente se revela em geral enquanto ente subsiste a possibilidade de experimentar este e aquele ente determinado enquanto este e aquele – experimentar no sentido amplo do que se estende para além da mera tomada de conhecimento: experimentar no sentido de fazer experiências com ele.

Casanova

Se passarmos da discussão da tese “o animal é pobre de mundo” para a discussão da tese “o homem é formador de mundo” e nos perguntarmos pelo que, do que vimos até agora, trazemos conosco para a caracterização da essência do mundo, então vem à tona formalmente o seguinte: ao mundo pertence a abertura do ente enquanto tal, do ente enquanto ente. Nisto reside: juntamente com o mundo vem à tona este enigmático “enquanto”, o ente enquanto ente. Falando de maneira formal: “algo enquanto algo” está associado com o mundo – o que, pelo modo de ser do animal, está vedado para ele. Somente onde o ente se revela em geral enquanto ente subsiste a possibilidade de experimentar este e aquele ente determinado enquanto este e aquele – experimentar no sentido amplo do que se estende para além da mera tomada de conhecimento: experimentar no sentido de fazer experiências com ele. Finalmente, onde se tem a abertura do ente enquanto ente, a ligação com este tem necessariamente o caráter do inserir-se-aí no sentido de deixar e não-deixar-ser o que vem ao encontro. Apenas onde se tem um tal deixar-ser tem-se, ao mesmo tempo, a possibilidade do não-deixar-ser. Em contraposição ao comportamento que tem lugar em meio à perturbação, nós denominamos assumir uma atitude, uma tal ligação totalmente dominada por este deixar-ser do ente enquanto ente. Mas toda e qualquer assunção de uma atitude só é possível na retenção e na contenção. E não há postura [1] [352] senão onde um ente possui o caráter de si próprio, ou, como também dizemos, de uma pessoa. Estes são já caracteres importantes do fenômeno do mundo: 1. a abertura do ente enquanto ente; 2. o “enquanto”; 3. a ligação com o ente enquanto o deixar e não-deixar-ser, o assumir uma atitude em relação a…, a postura e o caráter de si-próprio (ipseidade). Nada disto se encontra na animalidade e na vida em geral. Mas estes caracteres importantes do fenômeno do mundo só nos dizem inicialmente o seguinte: onde quer que nos deparemos com estes caracteres, aí está o fenômeno do mundo. A questão é que o que mundo é e como ele é, se e em que sentido temos o direito de falar efetivamente do ser do mundo, tudo isto é obscuro. Para lançarmos luz, e, com isto, avançarmos em direção à profundidade do problema do mundo, tentaremos mostrar o que significa a expressão formação de mundo.

Panis

Nous passons de la discussion de la thèse « l’animal est pauvre en monde » à la discussion de la thèse « l’homme est configurateur de monde ». Si nous nous demandons quel est l’apport de ce qui précède pour la définition de l’essence du monde, voici ce qui apparaît comme indication formelle : au monde est associée la manifesteté de l’étant en tant que tel, de l’étant en tant qu’étant. Cela implique qu’avec le monde va de pair cet énigmatique « en tant que », celui de l’étant en tant que tel (formellement parlant : « quelque chose en tant que quelque chose ») – cet « en tant que » qui est radicalement fermé à l’animal. C’est là seulement où, d’une façon générale, de l’étant est manifeste en tant qu’étant qu’il est possible d’éprouver tel ou tel étant déterminé en tant qu’il est ceci ou cela – éprouver au sens large, qui dépasse le simple fait de connaître : c’est éprouver au sens de faire l’expérience de l’étant. Finalement, là où il y a manifesteté de l’étant en tant qu’étant, la relation à celui-ci a nécessairement le caractère d’un entrer soi-même en relation, au sens de : laisser être [398] et ne pas laisser être ce qui se rencontre. C’est seulement là où il y a le « laisser être » qu’il est en même temps possible de ne pas laisser être. Cette relation à quelque chose, relation complètement dominée par ce fait de laisser être quelque chose en tant qu’étant, nous l’appelons – par opposition au comportement dans l’accaparement – tenir un rapport. Mais toute tenue d’un rapport n’est possible que dans la retenue, dans la contenance. Et il n’y a de tenue que là où un étant a le caractère d’un « soi », le caractère – comme on dit aussi – d’une personne. Voilà déjà des caractères importants du phénomène du monde : 1. la manifesteté de l’étant en tant qu’étant, 2. l’« en tant que », 3. la relation à l’étant considérée comme laisser être et ne pas laisser être, tenir un rapport à…, la tenue et l’identité à soi. Rien de tout cela ne se trouve dans l’animalité ni dans la vie en général. Mais de prime abord, ces caractères importants du phénomène du monde ne signifient pour nous que ceci : là où nous rencontrons ces caractères, il y a le phénomène du monde. Mais qu’est-ce que, le monde, et de quelle manière est-il? D’une façon générale, pouvons-nous parler – et en quel sens – de l’être du monde ? Tout cela reste obscur. Pour apporter quelque clarté et pénétrer ainsi dans les profondeurs du problème du monde, essayons de montrer ce que veut dire configuration de monde.

McNeill

If we proceed from the examination of the thesis that the animal is poor in world to examine the thesis that ‘man is world-forming and ask ourselves what we can glean from our previous discussion in order to characterize the essence of world, then we can arrive at the following kind of formula: The manifestness of beings as such, of beings as beings, belongs to world. This implies that bound up with world is this enigmatic ‘as’, beings as such, or formulated in a formal way: ‘something as something’, a possibility which is quite fundamentally closed to the animal. Only where beings are manifest as beings at all, do we find the possibility of experiencing this or that particular being as determined in this or that particular way – experiencing in the broader sense which goes beyond mere acquaintance with something, in the sense of having experiences with something. Finally, only where there is the manifestness of beings as beings, do we find that the relation to these beings necessarily possesses the character of attending to. .. whatever is encountered in the sense of letting it be or not letting it be. Only where there is such letting be do we find at the same time the possibility of not letting be. Such a relation to something, which is thoroughly governed by this letting be of something as a being, we are calling comportment [Verhalten], in distinction from the behaviour of captivation. But all comportment is only possible in a certain restraint [Verhaltenheit] and comporting [Verhaltung], and a stance [Haltung] is only given where a being has the character of a self or, as we also say, of a person. These are already important characteristics of the phenomenon of world: [1.] the manifestness of beings as beings; [2.] the ‘as’; [3.] the relation to beings as letting be and not letting be, comportment toward …, stance, and selfhood. Nothing of this kind is to be found in animality or in life in general. But initially these important characteristics of the phenomenon of world only tell us that whenever we come upon such characteristics, there we find the phenomenon of world. Yet what the world is and how it is, whether and in what sense we may speak of the being of world in general – all this remains obscure. In order to shed some light here and thus penetrate into the depths of the problem of world, we shall attempt to show what is meant by world-formation.

Original

Wenn wir von der Erörterung der These: das Tier ist weltarm, zur Erörterung der These »der Mensch ist weltbildend« übergehen und uns fragen, was wir aus dem Bisherigen mitbringen für die Kennzeichnung des Wesens der Welt, dann ergibt sich formelhaft Folgendes: Zu Welt gehört Offenbarkeit von Seiendem als solchem, von Seiendem als Seiendem. Darin liegt: Mit Welt geht zusammen dieses rätselhafte »als«, Seiendes als solches, formal formuliert: »etwas als etwas«, was dem Tier von Grund aus verschlossen ist. Nur wo überhaupt Seiendes als Seiendes offenbar ist, da besteht die Möglichkeit, dieses und jenes bestimmte Seiende als dieses und jenes bestimmt zu erfahren – erfahren im weiteren Sinne, der über die bloße Kenntnis hinausgeht: Erfahrungen mit ihm machen. Schließlich, wo Offenbarkeit von Seiendem als Seiendem, da hat die Beziehung zu diesem notwendig den Charakter des Sich-dar-auf-Einlassens im Sinne des Sein- und Nicht-seinlassens dessen, was begegnet. Nur wo solches Seinlassen, da ist zugleich die Möglichkeit des Nichtseinlassens. Eine solche Beziehung auf etwas, die durchherrscht ist von diesem Seinlassen von etwas als Seiendem, nennen wir im Unterschied zum Benehmen in der Benommenheit das Verhalten. Alles Verhalten aber ist nur möglich in der Verhaltenheit, Verhaltung, und Haltung [398] gibt es nur, wo ein Seiendes den Charakter des Selbst, wie wir auch sagen, der Person hat. Das sind schon wichtige Charaktere des Weltphänomens: 1. die Offenbarkeit von Seiendem als Seiendem, 2. das »als«, 3. die Beziehung zu Seiendem als das Sein- und Nichtseinlassen, das Verhalten zu…, Haltung und Selbstheit. Nichts davon findet sich in der Tierheit und im Leben überhaupt. Aber diese wichtigen Charaktere des Weltphänomens sagen uns zunächst nur: Wo wir auf diese Charaktere stoßen, da ist das Phänomen der Welt. Allein, was die Welt sei und wie sie sei, ob und in welchem Sinne wir überhaupt vom Sein der Welt sprechen dürfen, all das ist dunkel. Um Licht zu schaffen und damit in die Tiefe des Weltproblems vorzudringen, versuchen wir, zu zeigen, was Weltbildung meint.


Ver online : Die Grundbegriffe der Metaphysik. Welt – Endlichkeit – Einsamkeit [GA29-30]


[1Heidegger joga aqui com três termos que se estabelecem a partir do mesmo radical do verbo verhalten (assumir uma atitude): Verhaltenheit (retenção), Verhaltung (contenção) e Haltung (postura). (N.T.)