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GA29-30:52 – o homem normal [Normalmensch]
sexta-feira 30 de junho de 2023
Casanova
Mas este ajuizamento do filosofar, que não é de modo algum novo, provém uma vez mais da atmosfera, em si bem transparente, dos homens normais e das convicções que lhes são dirigentes: a convicção de que o normal é o essencial, de que o mediano, e, com isso, universalmente válido, é o verdadeiro (o eterno mediano). Este homem normal toma suas aprazibilidades como critério para o que deve viger como sendo a alegria. Este homem normal toma os seus pequeninos acessos de medo como critério para o que deve ser o pavor e a angústia. Este homem normal toma as suas fartas comodidades como critério para o que pode viger como certeza ou incerteza. É, no mínimo, provável que agora tenha se tornado questionável se o filosofar como uma expressão e um diálogo maximamente derradeiros e extremos pode ser arrastado para a frente de tais juízes; se queremos deixar que estes juízes nos ditem a nossa tomada de posição com relação à filosofia ou se nos decidimos por um outro juiz, ou seja, se queremos chegar até ela junto a nós mesmos, junto ao ser humano que somos. Nós nos movemos hoje em uma interpretação do ser-aí humano, de acordo com a qual a filosofia, por exemplo, é um assim chamado bem cultural entre outros e talvez mesmo uma ciência, uma ciência que necessita de cuidados. Será que esta interpretação e o fato de ela ser a mais elevada já estão de todo assegurados? Quem nos garante que nesta sua autoapreensão de hoje em dia o homem não tenha elevado ao nível de Deus sua própria mediocridade?
Panis
Mais cette appréciation du philosopher, qui n’est absolument pas neuve, provient de l’atmosphère, de son côté bien transparente, de l’homme normal et des convictions qui le guident – convictions selon lesquelles le normal serait l’essentiel, la moyenne et donc l’universellement valable serait le vrai (la sempiternelle moyenne). Cet homme normal prend ses petits plaisirs pour mesure de ce qui doit passer pour joie. Cet homme normal prend ses maigres craintes pour mesure de ce qui a le droit de passer pour effroi et angoisse. Cet homme normal prend son aisance blasée pour mesure de ce qui peut passer pour une certitude ou pour une incertitude. Il devrait pour le moins être permis à présent de demander ceci : est-ce que le philosopher, en tant que débat et dialogue en dernière et extrême instance, peut légitimement être traîné devant ce juge? Et est-ce que nous voulons nous laisser dicter par ce juge notre prise de position à l’égard de la philosophie ? Ou bien sommes-nous résolus à autre chose, c’est-à-dire voulons-nous qu’il en retourne de nous-mêmes, de notre être-homme ? Est-il donc si sûr que l’interprétation du Dasein humain, interprétation dans laquelle nous nous mouvons aujourd’hui – et selon laquelle, par exemple, la philosophie est ce qu’on appelle un bien culturel parmi d’autres, et peut-être une science, qui a besoin qu’on la suive – est-il donc si sûr, disais-je, que cette interprétation du Dasein soit la plus haute? Qui nous garantit que l’homme, dans cette conception qu’il a aujourd’hui de lui-même, n’a pas érigé en dieu sa propre médiocrité ?
Original
Aber diese Beurteilung des Philosophierens, die keineswegs neu ist, entstammt dem in sich wiederum recht durchsichtigen Dunstkreis des Normalmenschen und der für diesen leitenden Überzeugungen, das Normale sei das Wesentliche, das Durchschnittliche und daher Allgemeingültige sei das Wahre (der ewige Durchschnitt). Dieser Normalmensch nimmt, seine kleinen Vergnüglichkeiten zum Maßstab dessen, was als Freude gelten soll. Dieser Normalmensch nimmt seine dünnen Furchtsamkeiten zum Maßstab dessen, was als Schrecken und Angst gelten darf. Dieser Normalmensch nimmt seine satten Behäbigkeiten zum Maßstab dessen, was als Sicherheit bzw. als Unsicherheit gelten kann. Es dürfte zum mindesten jetzt fraglich geworden sein, ob das Philosophieren als die Aus- und Zwiesprache im Letzten und Äußersten vor diesen Richter gezerrt werden darf, und ob wir unsere Stellungnahme zur Philosophie von diesem Richter uns diktieren lassen wollen; oder ob wir zu Anderem entschlossen sind, d. h. ob wir es mit uns selbst, mit unserem Menschsein, darauf ankommen lassen wollen. Ist es denn so sicher, daß die Interpretation des menschlichen Daseins, in der wir uns heute bewegen – gemäß der z. B. die Philosophie ein sogenanntes Kulturgut neben anderen ist und vielleicht eine Wissenschaft, solches, was der Pflege bedarf – , daß diese Interpretation des Daseins die höchste ist? Wer verbürgt uns, daß der Mensch in dieser seiner heutigen Selbstauffassung nicht eine Mittelmäßigkeit seiner selbst zum Gott erhoben hat?
Ver online : Die Grundbegriffe der Metaphysik. Welt – Endlichkeit – Einsamkeit [GA29-30]