destaque
O próprio Heidegger estabelece assim o primeiro ponto de comparação para nós [de seu pensamento e aquele de Mestre Eckhart]. Ele, tal como Meister Eckhart, encontra no homem algo mais profundo do que o seu comércio quotidiano com as coisas que o rodeiam. Este ser primordial do homem é designado por Heidegger e Eckhart como o "Wesen" do homem. Tal como para Eckhart, também para Heidegger, Wesen tem um sentido verbal. Eckhart traduzia habitualmente o latim "esse" pelo alto alemão (…)
Página inicial > Palavras-chave > Autores - Obras > Caputo / John Caputo
Caputo / John Caputo
JOHN CAPUTO (1940)
Obra na Internet: Internet Archive; Library Genesis
CAPUTO, John. The Mystical Element in Heidegger’s Thought. New York: Fordham University Press, 1986.
Matérias
-
Caputo (MEHT:156-159) – homem em Heidegger e Eckhart
28 de fevereiro, por Cardoso de Castro -
Caputo (MEHT:163-165) – homem em Heidegger e Eckhart (IV)
29 de fevereiro, por Cardoso de Castrodestaque
Heidegger explora aqui e noutro lugar (GA8) a raiz "halten" na palavra Verhältnis [relacionamento]: Dasein é "mantido" em relação com Ser pelo próprio Ser. Na "Introdução" de "O que é a metafísica?", Heidegger refere-se a "um pensamento que se tornou realidade pelo próprio Ser" (GA9), ou seja, que é mantido como pensamento pelo próprio Ser. E no "Epílogo" da mesma obra ele diz:
Ser não é produto do pensamento. Pelo contrário, de fato, o pensamento essencial é um acontecimento de (…) -
Caputo (MEHT:11-15) – Do Desapego
22 de setembro de 2022, por Cardoso de Castrodestaque
Do Desapego é uma tentativa de Eckhart de retratar o “desprendimento” (Abgeschiedenheit) como a mais alta de todas as virtudes. O desapego é o pináculo e a coroa das virtudes; se a alma possui desapego, possuirá também todas as virtudes menores. O “desapego” não é uma das virtudes morais usuais de que os filósofos tradicionalmente falam em seus tratados sobre ética. De fato, para usar uma distinção kierkegaardiana, o desapego não é primariamente uma categoria “ética”, mas uma (…) -
Caputo (MEHT:47-49) – Princípio da Razão Suficiente
13 de março de 2017, por Cardoso de CastroExcertos do capítulo II de THE MYSTICAL ELEMENT IN HEIDEGGER’S THOUGHT, p. 47-49.
The point of departure for our study of the mystical element in Heidegger’s thought is the course of lectures which Heidegger gave at Freiburg in 1955-56 and which he published under the title The Principle of Ground (Der Satz vom Grund). The text consists of a series of thirteen course lectures and a concluding address on the subject of this famous principle of Leibniz. "nothing is without reason" (nihil (…) -
Caputo (MEHT:60-62) – Princípio do Fundamento [Satz vom Grund]
26 de agosto, por Cardoso de CastroO método de Heidegger de seguir “detours” permitiu-lhe elaborar três formulações sucessivamente mais determinadas do “Princípio do Fundamento”. Podemos resumi-los da seguinte forma: PrincípioFormulação (1) Princípio do Fundamento (Satz vom Grund; principium rationis) “Nada é sem razão.” (2) Princípio de apresentação de um fundamento (principium reddendae rationis) “Nada existe a menos que um fundamento possa ser apresentado para tal.” (3) Princípio de apresentação de um fundamento (…)
-
Caputo: esse-ens e ser-ente
15 de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroCAPUTO, John. Heidegger and Aquinas : An Essay On Overcoming Metaphysics. New York: Fordham University Press, 1998, p. 2-4
nossa tradução
Do ponto de vista de São Tomás, o trabalho de Gilson é especialmente pertinente, pois ele defende a tese tomista sobre o ser historicamente. Com uma rara combinação de erudição histórica e insight filosófico (FS2 194), Gilson interpreta a história da metafísica como uma série de concepções mais ou menos distorcidas do que o ser significa, de várias (…) -
Caputo (MEHT:159-161) – homem em Heidegger e Eckhart (II)
29 de fevereiro, por Cardoso de Castrodestaque
Assim, existe em Eckhart e em Heidegger uma distinção comparável entre o ente que entrou verdadeiramente na sua própria natureza essencial e o ente que se deixa ocupar por uma coisa ou por outra. Aquilo a que Eckhart chama o "homem exterior" é o homem que gasta todas as suas energias em coisas exteriores. É um homem "ocupado", ocupado com coisas criadas, cobrando impostos, negociando no mercado, ou mesmo "ocupado" jejuando, dando esmolas e visitando igrejas. Esse homem não está (…) -
Caputo (MEHT:103-109) – Ser é Deus
15 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroNo “Prólogo” do Opus Tripartitum, Eckhart expõe a “primeira proposição” da qual, se formos cuidadosos, quase tudo o que se pode conhecer de Deus pode ser deduzido (LW, I, 168/85). A proposição é: ser é Deus (esse est deus). Ele não diz, como fez Tomás de Aquino, que Deus é ser (deus est suum esse), mas adota a expressão mais extrema de que ser é Deus. Tomás de Aquino, realista e aristotélico, enfatizou que as criaturas possuíam sua própria e proporcional participação no ser, enquanto Deus (…)