Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

Página inicial > Gesamtausgabe > SZ:289 – Gewissen - Consciência

SZ:289 – Gewissen - Consciência

sábado 12 de janeiro de 2019

Castilho

A consciência é o apelo da preocupação a partir do estranhamento do ser-no-mundo que desperta o Dasein   para o seu poder-ser-culpado mais próprio. O entender correspondente a esse despertar é o querer-ter-consciência. As duas determinações não se deixam facilmente pôr em consonância com a interpretação vulgar da consciência. Parece até que a contrariam diretamente. Chamamos de vulgar essa interpretação da consciência porque, na caracterização do fenômeno [791] e na designação de sua “função”, ela se atém ao que a-gente conhece como consciência e ao modo como é seguida ou não. (p. 791-793)

Schuback

A consciência é o apelo da cura que, a partir da estranheza do ser-no-mundo, faz apelo para a presença assumir o seu poder ser e estar em dívida mais próprio. O querer-ter-consciência é o compreender que corresponde ao apelar. Ambas as determinações não podem ser meramente harmonizadas com a interpretação vulgar da consciência. Elas parecem, inclusive, contradizê-la diretamente. Chamamos de vulgar a interpretação da consciência porque, na caracterização [369] do fenômeno e de sua “função”, ela se atém à consciência impessoal determinando, impessoalmente, como ela a obedece ou não. (p. 369-370)

Rivera

La conciencia es la llamada del cuidado desde la desazón del estar-en-el-mundo, que intima al Dasein a su más propio poder-ser-culpable. El comprender correspondiente a la llamada es el querer-tener-conciencia. Estas determinaciones no se dejan armonizar fácilmente con la interpretación vulgar de la conciencia. Parecen incluso estar en abierta pugna con ella. Llamamos vulgar a esa interpretación de la conciencia porque, en la caracterización del fenómeno y en la especificación de su “función”, ella se atiene a lo que uno conoce como conciencia y al modo cómo la obedece o desobedece. (p. 307)

Vezin

La conscience morale est l’appel du souci à partir de l’étrangeté de l’être-au-monde; il appelle le Dasein au pouvoir être en faute le plus propre. L’entendre correspondant à l’interpellation s’est trouvé être le parti-d’y-voir-clair-en-conscience. Deux déterminations qui n’entrent pas en concordance immédiate avec l’explicitation courante de la conscience morale. Elles paraissent même la contester directement. Nous appelons courante l’explicitation de la conscience morale parce que, pour caractériser le phénomène et spécifier sa « fonction », elle prend appui sur ce qu’on connaît comme conscience morale et sur la façon dont on lui obéit ou ne lui obéit pas. (p. 347)

Macquarrie

Conscience is the call of care from the uncanniness of Being-in-the-world — the call which summons Dasein to its ownmost potentiality-for-Being-guilty. And corresponding to this call, wanting-to-have-a-conscience has emerged as the way in which the appeal is understood. These two definitions cannot be brought into harmony at once with the ordinary interpretation   of conscience. Indeed they seem to be in direct conflict with it. We call this interpretation of conscience the “ordinary” one [Vulgär  ] because in characterizing this phenomenon and describing its ‘function’, it sticks to what “they” know as the conscience, and how “they” follow it or fail to follow it. (p. 335)

Original

Das Gewissen   ist der Ruf   der Sorge   aus der Unheimlichkeit   des In-der-Welt  -seins, der das Dasein zum eigensten Schuldigseinkönnen aufruft. Als entsprechendes Verstehen   des Anrufs ergab sich das Gewissen-haben  -wollen  . Beide Bestimmungen lassen   sich nicht   ohne weiteres mit der vulgären Gewissensauslegung in Einklang   bringen  . Sie scheinen   ihr sogar direkt zu widerstreiten. Vulgär nennen wir die Gewissensauslegung, weil sie sich bei   der Charakteristik des Phänomens und der Kennzeichnung seiner »Funktion  « an das hält, was man als Gewissen kennt, wie man ihm folgt bzw. nicht folgt. (p. 289)


Ver online : ÊTRE ET TEMPS (Martineau) - § 59