Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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GA89 (2021:835) – consciência e intencionalidade

domingo 18 de fevereiro de 2024

Assim, o titulo consciência se tornou uma representação fundamental da filosofia moderna. Mesmo a fenomenologia de Husserl   pertence a isso. Ela é a descrição da consciência. Husserl acrescentou apenas como elemento novo a intencionalidade. Em certo aspecto, a intencionalidade já tinha sido vista pelo professor de Husserl, por Brentano  .

Intencionalidade significa: toda consciência é consciência de algo, está dirigida para algo. Não se tem nenhuma representação, mas se representa. Representar tornar presente; o “re” = de volta a mim. Repraesentatio   — o para mim de volta, presentificar para mim, por mais que eu mesmo certamente não me represente expressamente.

Nisso reside a possibilidade de que esse “re-” (= presentificar de volta para mim) se torne expressamente tema, a ligação comigo: o eu é determinado, então, como representador. Ser autoconsciente, por mais que o si mesmo não precise se tornar expressamente temático. Essa é a estrutura fundamental mais universal ou — no sentido husserliano a consciência de algo.

[HEIDEGGER, Martin. Seminários de Zollikon. Organizado por Peter Trawny  . Traduzido por Marco Casanova  . Rio de Janeiro: Via Verita, 2021]


Ver online : Zollikoner Seminare [GA89]