Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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GA65:177 – Weg-sein - ser alhures

sábado 10 de novembro de 2018

Casanova

Estar-ausente, portanto, ter ido embora; junto a esse significado, é preciso simplesmente equiparar a ἀποὐσία em face da παροὐσία, ser-aí = ser presente à vista (cf. levar embora = levar consigo).

Por outro lado, logo que o ser-aí é concebido de maneira essencialmente diversa, também o estar ausente lhe é correspondente.

O ser-aí: suportar a abertura do encobrir-se. O estar ausente: empreender o fechamento do mistério e do ser, esquecimento do ser. E isso acontece no estar ausente de acordo com o significado: estar louco por e apaixonado por algo, perdido junto a ele.

O estar ausente neste sentido em primeiro lugar, onde se dá o ser-aí. Ausente: o afastamento, o alijamento do seer, aparentemente apenas do “ente” para si. Nisso ganha voz por outro lado a ligação essencial do ser-aí com o seer. Nós somos na maioria das vezes e em geral ainda no estar ausente, precisamente na “proximidade com a vida”.

Essa “explicitação” poderia ser facilmente apresentada como um caso exemplar de como se “filosofa” aqui a partir de meras “palavras”. Mas trata-se do oposto: o estar ausente transforma-se na denominação de um modo essencial de o homem se comportar em relação a e de se manter em relação com o ser-aí, e, em verdade, necessariamente; e esse ser-aí mesmo experimenta com isso uma determinação necessária. [GA65PT  :294]

Fédier

Être ailleurs donc : être parti, au loin ; en cette acception, peut être simplement assimilé à l’ἀποὐσία [absence] vis-à-vis de παροὐσία [présence], être-là = là-devant (cf. Wegnehmen = Fortnehmen).

D’un autre côté, sitôt être le là autrement conçu, alors cet « être-ailleurs » peut à son tour changer d’acception.

Être le là : endurer l’ouverteté de ce qui se met à couvert. Être ailleurs : se livrer au verrouillage du secret et de l’être, ne pas garder mémoire de l’être. Et cela a lieu en étant ailleurs, comme lorsqu’on dit que l’on s’engoue de quelque chose au point de ne plus voir que cela et de s’y perdre.

Être ailleurs en ce sens n’est possible que là où il y a être le là. Ailleurs : mettre à l’écart l’estre, le repousser – alors qu’en apparence on ne repousse et met à l’écart que l’«étant». Par contrecoup vient ici au jour l’essentielle relation d’être le là à l’estre. Nous sommes encore la plupart du temps et avant tout dans l’être-ailleurs, tout particulièrement là où il s’agit d’être à « proximité de la vie ».

Cette élucidation pourrait facilement être mise en avant pour montrer comment, ici, on ne « philosophe » que de façon purement « verbale ». Mais c’est tout le contraire : dire « être-ailleurs », c’est indiquer une manière essentielle dont l’homme se rapporte (et à la vérité nécessairement) à l’égard d’être le là – lequel en tire une détermination nécessaire.

Voilà qui est indiqué de manière insuffisamment claire avec le terme d’Uneigentlichkeit   [l’impropriété], dans la mesure où bien sûr la propriété ne saurait être entendue d’un point de vue moral   et existentiel, mais au contraire, dans la perspective de l’ontologie   fondamentale, comme index pour être le là, où le là est soutenu et enduré en chacune des guises d’abritement de la vérité (penser, poétiser, bâtir, diriger, sacrifier, subir, exulter). [GA65FR:345]

Emad & Maly

Being-away thus [means] being-away-from [Fort-sein  ]; in this meaning it is simply commensurate with άπουσία over against παρουσία  , Dasein   = being-extant (cf. taking-away = taking away from [Wegnehmen = Fortnehmen]).

On the other hand  , as soon as Da-sein is grasped in an essentially different manner, then being-away is also grasped accordingly.

Oa-sein: sustaining the openness of self-sheltering-concealing. Being-away: pursuing the closedness of mystery and of being, forgottenness of being. And this occurs in being-away, in the sense of being infatuated by and smitten with something, lost in it.

Being-away in this sense is only where Da-sein is. Away: dispensing with or pushing be-ing aside, seemingly only a "being" for itself. Herein the essentially counter-turning relation of Da-sein to be-ing is expressed. Mostly and generally we persist in being-away, especially when we are "true to life."

This "elucidation" could easily be presented as a prime example of how here one "philosophizes" merely with "words." But it is the opposite. Being-away names an essential manner in which humans relate, and must relate, to Da-sein — necessarily so — and Da-sein itself then undergoes a necessary determination. [GA56EM:212-213]

Original

Das Weg  -sein also Fort-sein; in dieser Bedeutung   einfach gleichzusetzen der απουσία gegenüber παρουσία, Dasein = Vorhandensein (vgl. Wegnehmen = Fortnehmen).

Andererseits, sobald Da-sein wesentlich anders begriffen, dann   auch das Weg  -sein ihm entsprechend.

Das Da  -sein: die Offenheit   des Sichverbergens ausstehen. Das Weg-sein: die Verschlossenheit des Geheimnisses und des Seins betreiben, Seinsvergessenheit  . Und dies geschieht im Weg-sein gemäß der Bedeutung: vernarrt und verschossen in etwas, verloren an dieses.

Das Weg-sein in diesem Sinne erst, wo Da-sein. Weg: die Beseitigung, Abdrängung des Seyns, scheinbar nur des »Seienden  « für sich. Darin kommt gegenwendig der wesentliche Bezug   des Da-seins zum Seyn zum Ausdruck  . Wir sind zumeist und überhaupt noch im Weg-sein, gerade in der »Lebensnähe«.

Diese »Erläuterung  « könnte leicht   als Musterfall vorgeführt werden  , wie hier nur aus bloßen »Wörtern« »philosophiert« wird. Aber es ist umgekehrt: Das Weg-sein wird zur Nennung einer wesentlichen Weise  , wie der Mensch   sich und zwar notwendig zum Da-sein verhält und halten   muß, und dieses selbst   erfährt damit eine notwendige   Bestimmung  . [GA65:301-302]


Ver online : CONTRIBUTIONS TO PHILOSOPHY