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[…] Em Heidegger, como foi o caso em Hegel, o enfoque deliberadamente metafísico da leitura [das tragédias gregas] leva à seleção de certos heróis e à elevação destes à categoria de efígies ontológicas: em Heidegger, o Prometeu de Ésquilo, testemunha da luta contra o superpoder do ser e o Édipo de Sófocles, encarnação da paixão da aletheia; em Hegel, Antígona e Creonte, testemunhas da contradição entre o objetivo especulativo da Sittlichkeit grega (identidade da consciência e do (…)
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Sophokles / Sófocles / Sophocles
Matérias
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Taminiaux (1995b:192-195) – Édipo-Rei (I)
23 de janeiro, por Cardoso de Castro -
GA40:158-160 – o homem é o que há de mais estranho
1º de setembro de 2019, por Cardoso de CastroCarneiro Leão
“Muitas são as coisas estranhas, nada porém há de mais estranho do que o homem”.
Nesses dois primeiros versos já, de antemão, se esboça tudo aquilo que, durante todo o canto, procurar-se-á alcançar nos vários versos e esculpir na estrutura das palavras. Dito com uma palavra: o homem é to deinotaton o que há de mais estranho. Esse dizer concebe o homem pelos limites supremos e pelos abismos mais surpreendentes de seu ser. Essa surpresa e finitude nunca se tornarão visíveis (…) -
Taminiaux (1995b:168-171) – techne
6 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Heidegger conclui que a techne é um modo de aletheuein, de desvelamento. Neste sentido, ela lida com a [169] verdade, e é o ser humano, aquilo a que Heidegger chama Dasein, que é o seu detentor. Aos olhos de Heidegger, em busca de uma ontologia do Dasein, esta caracterização da techne, da aptidão desveladora do ser humano, bastaria, por si só, para provar que Aristóteles encara a condição mortal como intrinsecamente aberta à verdade, no sentido de aletheia, de desvelamento. Por (…) -
GA40:165-167 – o vigor do homem
20 de março, por Cardoso de CastroCarneiro Leão
Antes pelo contrário, o que será evocado agora, a linguagem, a compreensão, a disposição afetiva (Stimmung), a paixão e a edificação, não pertencem menos à força do vigor imperante do que o mar, a terra, o animal. A diferença reside apenas no modo do vigor. Os últimos exercem o seu vigor, circundando e carregando, constringindo e estimulando o homem, enquanto o vigor dos primeiros o impregna e perpassa, como aquilo que o homem, como o ente que é, tem de assumir em seu ser. (…) -
Taminiaux (1995b:195-199) – Édipo-Rei (II)
23 de janeiro, por Cardoso de Castrodestaque
"Qual é então, qual é o homem, que compreende um Dasein mais domesticado e ajustado do que o necessário para se manter na aparência (Schein) para depois — como aparente (scheinender) — declinar (nomeadamente fora do se-tenir-franchement-debout-en soi-même)?" (GA40, 82; 120)
Que Heidegger comenta da seguinte forma: a aparência (das Scheinen) como um "desvio do ser (Abart des Seins) é a mesma coisa que a queda (das Verfallen). É um desvio do ser no sentido em que ser é estar de pé (…) -
Taminiaux (1995b:202-205) – deinon
6 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
[…] Heidegger traduz deinon por Unheimliche, palavra que em Sein und Zeit designava o fenômeno primordial revelado pela angústia, a saber, que ontológica e existencialmente o Dasein está no mundo, não no modo como se habita uma morada familiar, mas no modo do "não estar em casa" (SZ §40). Ao afirmar desde o início que, na multiplicidade do deinon, nada é mais deinon do que o homem, o poema [Antigona] anuncia, de acordo com Heidegger, que a sua característica dominante é a (…) -
GA53: Estrutura da obra
1º de agosto de 2017, por Cardoso de CastroMcNeill & Davis
PART ONE POETIZING THE ESSENCE OF THE RIVERS THE ISTER HYMN
§1. The theme of the lecture course: remarks on Hölderlin’s hymnal poetry
a) The Ister hymn
b) Discussion of the opening line: “Now come, fire!”
§2. Hymnal poetry as poetizing the essence of the rivers II
§3. The metaphysical interpretation of art
§4. Höderlin’s poetry as not concerned with images in a symbolic or metaphysical sense. The concealed essence of the river
§5. The river as the locality (…)