As questões básicas às quais Heidegger se refere com o termo técnico das Geviert (“o quádruplo, o quadrinômio, o quadriparti”) surgiram, muito provavelmente, da preocupação de Heidegger com a poesia de Friedrich Hölderlin. Em seus poemas, Hölderlin fala com frequência sobre os deuses e os mortais, sobre o céu e a terra.
O próprio termo aparece pela primeira vez nas obras publicadas na palestra “A coisa” de 1950 . Nessa palestra, Heidegger descreve o Ser como uma polivalência quádrupla, (…)
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Pöggeler / Otto Pöggeler
Otto Pöggeler (1928-2014)
Obra na Internet: Internet Archive; Library Genesis
Matérias
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Kockelmans (1984:94-96) – O quadrinômio [Geviert]
14 de outubro, por Cardoso de Castro -
Kockelmans (1984:99-101) – espaço-tempo
14 de outubro, por Cardoso de CastroAo enviar [Geschick] como tal, a essência do tempo se mantém. Por tempo não entendemos aqui aquele tempo com a ajuda do qual medimos o movimento e que é derivado dos entes, mas sim a temporalidade que pertence ao horizonte transcendental do sentido do Ser. Ela é meramente [100] o modo pelo qual o desvelamento vem a acontecer. Em toda a tradição metafísica, o tempo nunca foi adequadamente desdobrado ou mesmo discutido. Essa foi a razão pela qual o Ser dos entes sempre foi considerado a partir (…)
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Kockelmans (1984:96-98) – Ser aparece na forma de mundo segundo Geviert
14 de outubro, por Cardoso de CastroEm cada época da história, o Ser sempre aparece concretamente na forma de mundo; o mundo é o domínio daquilo que, em cada caso, é próprio. Na visão de Heidegger, o mundo deve ser pensado como o quadrinômio [Geviert] de céu e terra, deuses e mortais. A terra é o que carrega e constrói, nutre e dá frutos, guarda águas e rochas, plantas e animais. Por outro lado, o céu é o caminho do sol, o curso da lua, o esplendor das estrelas, as estações do ano, a luz e o crepúsculo do dia, bem como a (…)