Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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Ciocan (2014:7) – Existenzial

terça-feira 8 de outubro de 2024

[…] O que é um Existenzial? Como podemos diferenciar entre as estruturas do Dasein que são de fato Existenzialien e aquelas que não são? Nossa pesquisa mostrará que essa noção fundamental da analítica do Dasein não é fácil de determinar, e até parece um tanto aporética. Se nos atermos à letra do texto, a “lista de existenciais” pode ficar sobrecarregada. Por um lado, há certas estruturas que esperávamos encontrar e cuja ausência é, portanto, surpreendente. Por outro lado, essa lista contém noções às quais hesitaríamos espontaneamente em conceder tal status. O próprio conceito de Existenzial parece esconder dificuldades internas, e suas características essenciais não podem ser claramente determinadas. A análise mostrará, portanto, que a lista de existenciais suscita uma discussão complexa, irredutível a uma simples discriminação, positiva ou negativa, porque implica problematizar a relação do conceito de Existenzial com outros conceitos metodológicos do analiticismo, como Seinart, Seinsweise, Modus, Modifikation e assim por diante. Mas graças a esse esclarecimento do conceito de Existenzial, poderemos então questionar a estrutura arquitetônica da analítica do Dasein, a fim de identificar o lugar apropriado do fenômeno da morte.

[CIOCAN  , Cristian. Heidegger et le problème de la mort: existentialité, authenticité, temporalité. Dordrecht: Springer, 2014]


Ver online : Cristian Ciocan