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CAMINHOS DE FLORESTA

GA5: Sujeito-Objeto (86-88; 92-93)

O TEMPO DA IMAGEM NO MUNDO

sábado 8 de abril de 2017, por Cardoso de Castro

Borges-Duarte

O conhecer, enquanto investigação, pede contas ao ente acerca de como e em que medida ele pode ser tornado disponível para o representar. A investigação dispõe do ente quando pode calculá-lo previamente no seu curso futuro ou quando pode conferi-lo [1] como passado. No cálculo prévio, é a natureza que é interceptada, no conferir historiográfico, a história. A natureza e a história tornam-se no objecto do representar explicativo. Este conta com a natureza e faz contas com a história. Só é, só vale como sendo, aquilo que deste modo se torna um objecto. Só se chega à ciência como investigação se o ser do ente for procurado em tal objectividade.

Esta objectivação do ente cumpre-se num re-presentar [Vor-stellen  ] [2] que tem como objectivo trazer para diante [109] de si qualquer ente, de tal modo que o homem calculador possa estar seguro do ente, isto é, possa estar certo do ente. Só se chega à ciência como investigação se, e apenas se, a verdade se transformou em certeza do representar. E na metafísica de Descartes   que o ente é, pela primeira vez, determinado como objectividade do representar, e a verdade como certeza do representar. O título da sua obra principal é Meditationes de prima philosophia  ; considerações sobre a Filosofia Primeira. Πρώτη φιλοσοφία   é a designação cunhada por Aristóteles   para aquilo que, mais tarde, é chamado metafísica. Toda a metafísica moderna, incluindo Nietzsche  , mantém-se na interpretação do ente e da verdade traçada por Descartes.

Ora, se a ciência como investigação é um fenômeno essencial da modernidade, então aquilo que constitui o fundamento metafísico da investigação tem de determinar em geral, de antemão e muito antes, a essência da modernidade. Pode-se ver a essência da modernidade em o homem se libertar dos vínculos medievais, na medida em que se liberta para si mesmo. Mas esta caracterização correcta não deixa de ser superficial. Ela tem como consequência aqueles erros que impedem captar o fundamento essencial da modernidade e, só a partir daí, medir também o alcance da sua essência. É certo que a modernidade, no seguimento da libertação do homem, despertou subjectivismo e individualismo. Mas continua a ser igualmente certo que nenhuma era antes dela produziu um objectivismo comparável, e que em nenhuma era anterior o não-individual alcançou uma validade na figura do colectivo. O essencial aqui é a alternância necessária entre subjectivismo e objectivismo. Mas precisamente este condicionar-se reciprocamente aponta para processos mais profundos.

[110] O decisivo não é que o homem se liberta para si mesmo dos vínculos que tinha até agora, mas que a essência do homem em geral se transforma, na medida em que o homem se torna sujeito. Temos de compreender, na verdade, esta palavra subjectum como a tradução do grego υποκείμενον  . A palavra menciona o subjacente [Vorliegendes] que, enquanto fundamento, reúne tudo sobre si. Este significado metafísico do conceito de sujeito não tem, à partida, nenhuma referência especial ao homem, nem de modo nenhum ao eu.

Mas se o homem se torna no primeiro e autêntico subjectum, então isto quer dizer que o homem se torna naquele ente no qual todo o ente, no modo do seu ser e da sua verdade, se funda. O homem torna-se centro de referência do ente enquanto tal. Mas isso só é possível quando se transforma a concepção do ente na totalidade. Em que se mostra esta transformação? Qual é, de acordo com ela, a essência da modernidade? (p. 109-111)


Só porque e só na medida em que o homem, em geral e essencialmente, se tornou sujeito é que para ele, a seguir, se tem de chegar à questão explícita de saber se o homem - quer como o eu limitado à sua ocasionalidade e entregue ao seu arbítrio, quer como o nós da sociedade, seja como singular ou como comunidade, seja como [115] personalidade na comunidade ou como simples membro do grupo na corporação, seja como Estado e nação e como povo ou como a humanidade universal do homem moderno — quer ser e tem de ser o sujeito que ele, enquanto essência moderna, já é. Só onde o homem já é essencialmente sujeito é que existe a possibilidade de derrapar para a anti-essência [Unwesen] do subjectivismo, no sentido do individualismo. Mas também só onde o homem permanece sujeito é que o combate explícito contra o individualismo e pela comunidade tem um sentido como o campo de tiro de todo o desempenho e de todo o proveito. (p. 115-116)

Brokmeier

Dans la mesure où elle est recherche, la connaissance demande en quelque sorte compte à l’étant quant à l’étendue de sa disponibilité pour la représentation. La recherche dispose de l’étant lorsqu’elle arrive, soit à le calculer d’avance dans son processus   futur, soit à vérifier son compte lorsqu’il est passé. Dans le calcul anticipateur, la Nature est pour ainsi dire forcée ; dans la vérification historique, l’Histoire est pour ainsi dire arrêtée. Nature et Histoire deviennent les objets d’une représentation explicative. Celle-ci compte sur la Nature et fait ses comptes avec l’Histoire. Seul ce qui devient ainsi objet est, est reconnu comme étant. Aussi n’y a-t-il science comme recherche que depuis que l’être de l’étant est recherché dans une telle objectivité.

Cette objectivation de l’étant s’accomplit dans une représentation visant à faire venir devant soi tout étant, de telle sorte que l’homme calculant puisse en être sûr (sicher), c’est-à-dire certain (gewiss). Strictement parlant, il n’y a science comme recherche que depuis que la vérité est devenue certitude de la représentation. L’étant est déterminé pour la première fois comme objectivité de la représentation, et la vérité comme certitude de la représentation dans la métaphysique de Descartes. Le titre de son œuvre principale est : Meditationes de prima philosophia  , considérations sur la philosophie première. Πρώτη φιλοσοφία est la désignation aristotélicienne de ce qu’on appellera plus tard Métaphysique. La Métaphysique moderne entière, Nietzsche y compris, se maintiendra dorénavant à l’intérieur de l’interprétation de l’étant et de la vérité initiée par Descartes.

Si maintenant la science est, en tant que recherche, un phénomène essentiel des Temps Modernes, ce qui constitue le fond métaphysique de la recherche doit alors d’abord, et longtemps avant elle, déterminer toute l’essence des Temps Modernes. On peut bien voir l’essence des Temps Modernes dans le fait que l’homme se libère des attaches du Moyen Age pour trouver sa propre liberté. Mais cette caractérisation juste n’en reste pas moins superficielle. Elle a pour conséquences ces erreurs qui empêchent de saisir le fond essentiel des Temps Modernes et de mesurer, à partir de cette saisie, la portée de son déploiement. Sans doute les Temps Modernes ont-ils, par suite de l’émancipation de l’homme, amené le règne d’un subjectivisme et d’un individualisme. Mais il est tout aussi certain qu’aucune époque avant les Temps Modernes n’a produit un objectivisme comparable, et qu’en aucune époque précédente le non-individuel n’a eu tant d’importance, sous la forme du collectif. L’essentiel à retenir ici, c’est le jeu nécessaire et réciproque entre subjectivisme et objectivisme. Or, précisément, ce conditionnement réciproque renvoie à des processus plus profonds.

Le décisif, ce n’est pas que l’homme se soit émancipé des anciennes attaches pour arriver à lui-même, mais que l’essence même de l’homme change, dans la mesure où l’homme devient sujet. Ce mot de subjectum, nous devons à la vérité le comprendre comme la traduction du grec ὑποκείμενον. Ce mot désigne ce qui est étendu-devant (das Vor-Liegende), qui, en tant que fond (Grund  ), rassemble tout sur soi. Cette signification métaphysique de la notion de sujet n’a primitivement aucun rapport spécial à l’homme et encore moins au « je ».

Si à présent l’homme devient le premier et seul véritable subjectum, cela signifie alors que l’étant sur lequel désormais tout étant comme tel se fonde quant à sa manière d’être et quant à sa vérité, ce sera l’homme. L’homme devient le centre de référence de l’étant en tant que tel. Or ceci n’est possible que si l’acception de l’étant change de fond en comble. Où ce changement apparait-il ? Quelle sera, conformément à ce changement, l’essence des Temps Modernes ? (p. 113-115)


Ce n’est que parce que – et dans la mesure où – l’homme est devenu, de façon insigne et essentielle, sujet, que par la suite doit se poser pour lui la question expresse de savoir s’il veut et doit être un Je réduit à sa gratuité et lâché dans son arbitraire, ou bien un Nous de la Société ; s’il veut et doit être seul ou bien faire partie d’une communauté ; s’il veut et doit être une personne dans le cadre de la communauté, ou bien être un simple membre du groupe dans le cadre d’un « corps constitué » ; s’il veut et doit exister comme État, Nation et Peuple, ou bien comme Humanité générale de l’homme moderne ; s’il veut et doit être le Sujet qu’en tant qu’être moderne, il est déjà. Ce n’est que là où l’homme est déjà, par essence, sujet, qu’est donnée la possibilité de l’aberration dans l’inessentiel du subjectivisme au sens de l’individualisme. Mais ce n’est également que là où l’homme reste sujet que la lutte expresse contre l’individualisme et pour la communauté en tant que champ et but de tout effort et de toute espèce d’utilité a seulement un sens. (p. 121)

Cortés & Leyte

El conocimiento, en tanto que investigación, le pide cuentas a lo ente acerca de cómo y hasta qué punto está a disposición de la representación. La [71] investigación dispone de lo ente cuando consigue calcularlo por adelantado en su futuro transcurso o calcularlo a posteriori como pasado. En el cálculo anticipatorio casi se instaura la naturaleza, en el cálculo histórico a posteriori casi la historia. Naturaleza e historia se convierten en objeto de la representación explicativa. Dicha representación cuenta con la naturaleza y ajusta cuentas con la historia. Sólo aquello que se convierte de esta manera en objeto es, vale como algo que es. La ciencia sólo llega a ser investigación desde el momento en que se busca al ser de lo ente en dicha objetividad.

Esta objetivación de lo ente tiene lugar en una re-presentación cuya meta es colocar a todo lo ente ante sí de tal modo que el hombre que calcula pueda estar seguro de lo ente o, lo que es lo mismo, pueda tener certeza de él. La ciencia se convierte en investigación única y exclusivamente cuando la verdad se ha transformado en certeza de la representación. Lo ente se determina por vez primera como objetividad de la representación y la verdad como certeza de la misma en la metafísica de Descartes. El título de su obra principal reza: «Meditationes de prima philosophia», esto es, «Consideraciones sobre la filosofía primera». Πρώτη φιλοσοφία es el nombre aristotélico para aquello que más tarde se llamará metafísica. Toda la metafísica moderna, incluido Nietzsche, se mantendrá dentro de la interpretación de lo ente y la verdad iniciada por Descartes.

Pues bien, si la ciencia en tanto que investigación es una manifestación esencial de la Edad Moderna, aquello que constituye el fundamento metafísico de la investigación debe determinar en primer lugar y mucho antes toda la esencia de la Edad Moderna. Podemos ver la esencia de la Edad Moderna en el hecho de que el hombre se libera de las ataduras medievales liberándose a sí mismo. Pero por correcta que sea esta caracterización, resulta superficial. Tiene como consecuencia esos errores que impiden captar el fundamento esencial de la Edad Moderna y medir también a partir de allí el alcance de su esencia. No cabe duda de que la Edad Moderna ha traído como consecuencia de la liberación del hombre, subjetivismo e individualismo. Pero tampoco cabe duda de que ninguna otra época anterior ha creado un objetivismo comparable y que en ninguna otra época precedente adquirió tanta importancia lo no individual bajo la forma de lo colectivo. Lo esencial aquí es el juego alternante y necesario entre subjetivismo y objetivismo. Pero precisamente este condicionamiento recíproco nos remite a procesos de mayor profundidad.

Lo decisivo no es que el hombre se haya liberado de las anteriores ataduras para encontrarse a sí mismo: lo importante es que la esencia del hombre se transforma desde el momento en que el hombre se convierte en sujeto. Naturalmente, debemos entender esta palabra, subjectum, como una traducción del griego υποκείμενον. Dicha palabra designa a lo que yace ante nosotros y [72] que, como fundamento, reúne todo sobre sí. En un primer momento, este significado metafísico del concepto de sujeto no está especialmente relacionado con el hombre y aún menos con el Yo.

Pero si el hombre se convierte en el primer y auténtico subjectum, esto significa que se convierte en aquel ente sobre el que se fundamenta todo ente en lo tocante a su modo de ser y su verdad. El hombre se convierte en centro de referencia de lo ente como tal. Pero esto sólo es posible si se modifica la concepción de lo ente en su totalidad. ¿En qué se manifiesta esta transformación? ¿Cuál es, conforme a ella, la esencia de la Edad Moderna? (p. 70-72)


Es sólo porque el hombre se ha convertido en sujeto de modo general y esencial, y en la medida en que eso ha ocurrido, por lo que a partir de entonces hay que plantearle la pregunta expresa de si quiere ser un Yo limitado a su gusto y abandonado a su arbitrariedad o el Nosotros de la sociedad, si quiere ser como individuo o como comunidad, si quiere ser una persona   dentro de la comunidad o un mero miembro de un grupo dentro de un organismo, si quiere y debe ser como Estado, nación y pueblo o como la humanidad general del hombre moderno, si quiere y debe ser el sujeto que ya es en tanto que ser moderno. Sólo allí en donde el hombre ya es esencialmente sujeto, existe la posibilidad de caer en el abuso del subjetivismo en sentido del individualismo. Pero, del mismo modo, sólo allí en donde el hombre permanece sujeto, tiene sentido la lucha expresa contra el individualismo y a favor de la comunidad como meta de todo esfuerzo y provecho. (p. 85-86)

Young & Haines

Knowledge as research calls beings to account with regard to the way in which, and the extent to which, they can be placed at the disposal of representation. Research has beings at its disposal when it can, through calculation, either predict their future or retrodict their past. In the prediction of nature and retrodiction of history, nature and history are set in place in the same way. They become objects of explanatory representation. Such [65] representation counts on nature and takes account of history. Only what becomes, in this way, an object is - counts as in being. We first arrive at science as research when the being of beings is sought in such objectness.

This objectification of beings is accomplished in a setting-before, a representing [Vor-stellen  ], aimed at bringing each being before it in such a way that the man who calculates can be sure — and that means certain — of the being. Science as research first arrives when, and only when, truth has transformed itself into the certainty of representation. It is in the metaphysics of Descartes that, for the first time, the being is defined as the objectness of representation, and truth as the certainty of representation. The title of his main work reads Meditationes de prima philosophia, Meditations on Fhm Philosophy. Πρώτη φώοσοφία is the term coined by Aristotle for that which was later called “metaphysics.” The whole of modem metaphysics, Nietzsche included, maintains itself within the interpretation   of the being and of truth opened up by Descartes (Appendix 4).

If, now, science as research is an essential phenomenon of modernity, it must follow that what constitutes the metaphysical ground of research determines, first, and long in advance, the essence of modernity in general. The essence of modernity can be seen in humanity’s freeing itself from the bonds of the Middle Ages in that it frees itself to itself. But this characterization, though correct, is merely the foreground. And it leads to those mistakes which prevent one from grasping the essential ground of modernity and, proceeding from there, judging the breadth of that essence. Certainly the modern age has, as a consequence of the liberation of humanity, introduced subjectivism and individualism. But it remains just as certain that no age before this one has produced a comparable objectivism, and that in no age before this has the non-individual, in the shape of the collective, been accorded prestige. Of the essence here is the necessary interplay between subjectivism and objectivism. But precisely this reciprocal conditioning of the one by the other refers us back to deeper processes.

What is decisive is not   that humanity frees itself from previous bonds but, rather, that the essence of humanity altogether transforms itself in that man becomes the subject. To be sure, this word “subject” must be understood as the translation of the Greek υποκείμενον. The word names that-which-lies-before, that which, as ground, gathers everything onto itself. This metaphysical meaning of the concept of the subject has, in the first instance, no special relationship to man, and none at all to the I.

When, however, man becomes the primary and genuine subiectum, this means that he becomes that being upon which every being, in its way of [66] being and its truth, is founded. Man becomes the referential center ofbe-ings as such. But this is only possible when there is a transformation in the understanding of beings as a whole. In what does this transformation manifest itself? What, in accordance with it, is the essence of modernity?


Only because and insofar as man, altogether and essentially, has become* subject is it necessary for him to confront, as a consequence, this explicit [69] question: is it as an “I’’ that is reduced to its random desires and abandoned to an arbitrary free-will or as the “we” of society; is it as individual or as community; is it as a personal being within the community or as a mere member of the body corporate; is it as a state, nation, or people or as the indifferent humanity of modem man, that man wills and must be that subject which, as the essence of modernity, he already is? Only where, in essence, man has become subject does there exist the possibility of sliding into the unbeing of subjectivism in the sense of individualism. But it is also the case that only where man remains subject does it make any sense to struggle explicitly against individualism and for the community as the goal and arena of all achievement and utility.

Original

Das Erkennen   als Forschung   zieht das Seiende   zur Rechenschaft darüber, wie es und wieweit es dem Vorstellen verfügbar   zu machen   ist. Die Forschung verfügt über das Seiende, [87] wenn es dieses entweder in seinem künftigen Verlauf vorausberechnen oder als Vergangenes nachrechnen kann. In der Vorausberechnung wird die Natur  , in der historischen Nachrechnung wird die Geschichte   gleichsam gestellt. Natur und Geschichte werden   zum Gegenstand   des erklärenden Vorstellens. Dieses rechnet auf   die Natur und rechnet mit der Geschichte. Nur was dergestalt Gegenstand wird, ist, gilt als seiend. Zur Wissenschaft   als Forschung kommt es erst, wenn das Sein   des Seienden in solcher Gegenständlichkeit gesucht wird.

Diese Vergegenstän dl ichung des Seienden vollzieht sich in einem Vor-stellen, das darauf zielt, jegliches Seiende so vor sich zu bringen  , daß   der rechnende Mensch   des Seienden sicher und dL h. gewiß sein kann. Zur Wissenschaft als Forschung kommt es erst dann  , und nur dann, wenn die Wahrheit   zur Gewißheit   des Vorstellens sich gewandelt hat. Erstmals wird das Seiende als Gegenständlichkeit des Vorstellens und die Wahrheit als Gewißheit des Vorstellens in der Metaphysik   des Descartes bestimmt. Der Titel seines Hauptwerkes lautet: »Meditationes de prima philosophia«, Betrachtungen über die erste Philosophie. Πρώτη φιλοσοφία ist die von Aristoteles geprägte Bezeichnung für das, was später Metaphysik genannt wird. Die gesamte neuzeitliche   Metaphysik, Nietzsche miteingeschlossen, hält sich in der von Descartes angebahnten Auslegung des Seienden und der Wahrheit.

Wenn nun die Wissenschaft als Forschung eine wesentliche Erscheinung   der Neuzeit ist, dann muß das, was den metaphysischen Grund der Forschung ausmacht, zuvor und weit voraus das Wesen   der Neuzeit überhaupt bestimmen. Man kann das Wesen der Neuzeit darin sehen  , daß der Mensch sich von den mittelalterlichen Bindungen befreit, indem er sich zu sich selbst   befreit. Aber diese richtige Kennzeichnung bleibt doch im Vordergrund. Sie hat jene Irrtümer zur Folge  , die es verhindern, den Wesensgrund der Neuzeit zu fassen und von da aus erst auch die Tragweite seines Wesens zu [88] ermessen. Gewiß hat die Neuzeit im Gefolge der Befreiung des Menschen einen Subjektivismus und Individualismus heraufgeführt. Aber ebenso gewiß bleibt, daß kein Zeitalter vor ihr einen vergleichbaren Objektivismus geschaffen hat und daß in keinem Zeitalter vorher das Nichtindividuelle in der Gestalt des Kollektiven zur Geltung   kam. Das Wesentliche ist hier das notwendige   Wechselspiel zwischen   Subjektivismus und Objektivismus. Doch eben dieses wechselseitige Sichbedingen weist auf tiefere Vorgänge zurück.

Nicht   daß der Mensch sich von den bisherigen Bindungen zu sich selbst befreit, ist das Entscheidende, sondern daß das Wesen des Menschen überhaupt sich wandelt, indem der Mensch zum Subjekt wird. Dieses Wort   Subjectum müssen wir freilich als die Übersetzung   des griechischen υποκείμενον verstehen  . Das Wort nennt das Vor-Liegende, das als Grund alles auf sich sammelt. Diese metaphysische Bedeutung   des Subjektbegriffes hat zunächst   keinen betonten Bezug   zum Menschen und vollends nicht zum Ich  .

Wenn aber der Mensch zu dem ersten und eigentlichen Subjectum wird, dann heißt das: Der Mensch wird zu jenem Seienden, auf das sich alles Seiende in der Art seines Seins und seiner Wahrheit gründet. Der Mensch wird zur Bezugsmitte des Seienden als solchen. Das ist aber nur möglich, wenn die Auffassung   des Seienden im Ganzen sich wandelt. Worin zeigt sich diese Wandlung? Was ist ihr gemäß das Wesen der Neuzeit? (p. 86-88)


Nur weil und insofern der Mensch überhaupt und wesentlich zum Subjekt geworden ist, muß es in der Folge für ihn zu der ausdrücklichen Frage   kommen  , ob der Mensch als das auf seine Beliebigkeit beschränkte und in seine Willkür losgelassene Ich oder als das Wir der Gesellschaft  , ob der Mensch als Einzelner oder als Gemeinschaft, ob der Mensch als Persönlichkeit in der Gemeinschaft oder als bloßes Gruppenglied in der Körperschaft, ob er als Staat und Nation und als Volk   oder als die allgemeine Menschheit des neuzeitlichen Menschen das Subjekt sein will und muß, das er als neuzeitliches Wesen schon ist. Nur wo der Mensch wesenhaft schon Subjekt ist, besteht die Möglichkeit   des Ausgleitens in das Unwesen des Subjektivismus im Sinne des Individualismus. Aber auch nur da, wo der Mensch Subjekt bleibt, hat der ausdrückliche Kampf   [93] gegen den Individualismus und für die Gemeinschaft als das Zielfeld alles Leistens und Nutzens einen Sinn. (p. 92-93)


Ver online : CAMINHOS DE FLORESTA


[1N.T. A tradução de nachrechnen (à letra: calcular posteriormente) por conferir não permite a conservação, em português, do jogo estabelecido por Heidegger com vorausberechnen (calcular previamente).

[2N.T. O hífen em re-presentar significa que Heidegger separa com hífen os elementos que compõem o verbo Vorstellen, procurando assim acentuar que representar (Vor-stellen) significa um pôr ou colocar (Stellen) diante, à frente (Vor).