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denken

segunda-feira 3 de julho de 2023

denken  , pensar, penser, think

No topo da hierarquia do pensar está o genuíno pensamento filosófico (Inwood  ).


Prenant la parole à Brême en 1958, Paul Celan commencera son allocution ainsi : "Denken (penser) et Danken sont dans notre langue des mots d’une seule et même origine. En suivant leur sens on parvient dans l’aire sémantique de gedenken (rappeler le souvenir), eingedenk sein   (garder le souvenir), Andenken (pensée qui garde mémoire), Andacht (recueillement). Permettez-moi de partir de là pour vous remercier" [Le Méridien et autres proses, p. 55]. [LDMH  ]
“Pensar” na determinação habitual há muito tempo usual é o re-presentar de algo em sua ’ιδέα como ο κοινόν  , re-presentar de algo no universal.

Esse pensar, porém, está por um lado referido ao que se encontra presente à vista, ao que já se acha presente (uma determinada interpretação do ente). Deste modo, porém, ele é sempre ulterior, na medida em que não fornece senão o seu maximamente universal para o já interpretado. Esse pensar impera segundo diversos modos na ciência. [GA65  :§27; GA65MAC:65-66]


DENKEN E DERIVADOS

pensar, pensamento
penser, pensée
think, thinking

[denken]
Andenken (s): lembrança (cf. Erinnerung  )
bedenken / Bedenken (s): ponderar / ponderação, escrúpulos
bedenklich: escrupuloso, problemático
Bedenklichkeit (e): hesitação
Gedächtnis (s): memória [GA5BD  ]

Denken é " pensar". Heidegger explora a sua afinidade com as palavras Dank, danken, "obrigado", "agradecer", que antes significaram "pensar, lembrar" (GA8  , 149). Denken forma diversos compostos: Andenken, "lembrança", mas como An-denken, "pensar sobre [an]" (GA6T1  , 402); erdenken, "cogitar, inventar, planejar" (GA65, 428). "Atenciosa(mente)" é denkerisch, uma palavra que Heidegger contrasta com "pensativamente [denkend, denkmässig]" (GA65, 95, 235), e frequentemente relaciona com dichterisch, "poetic(amente), inventiv(amente)" (GA6T1, 329). Usa muitas vezes sich besinnen  , Besinnung, "refletir (sobre), reflexão", para o pensar filosófico, especialmente porque, ao contrário das ciências, ele essencialmente reflete sobre o seu próprio ponto de vista (GA29, 415; GA65, 44). Besinnung distingue-se, muitas vezes, de Reflexion  , que Heidegger (como Hegel  ) associa à reflexão ou "desvio" da luz e, portanto, com o fato de Dasein   desviar-se das coisas para si mesmo (GA29, 226). Reflexion era um conceito estimado por Husserl  . Heidegger assimila-o ao cogito   de Descartes  , essencialmente auto-reflexivo, cogito me cogitare, "Eu penso que penso" (GA17  , 284. Cf. 261, 175 sobre são Tomás). [DH]


NT: Think, thinking (Denken), 62, 303fn, et passim; "I think," 24, 319-321, 427, thinking as dianoein, 96; pure, 88; as a derivative from understanding, 147; about death, 254, 257-258, 261, 309; to the end, 305, 424 [BTJS  ]
o ser é uma determinação reflexiva já no âmbito do pensamento, um objeto do pensamento articulador, um ens rationis e não exatamente aquilo que antes de tudo possibilita o próprio pensamento. O ser, porém, não é constituído pelo pensamento, nem dele é originado ou mesmo realizado. Ao invés disso, o ser revela-se no pensar, tanto que o determina dando-lhe o que pensar, realizando desse modo a sua relação com a essência do homem pela oferta de si na compreensão por meio da linguagem (1983, p. 151). O pensar caracteriza-se como propriedade e dádiva do ser. Conforme Ruprecht Pflaumer (Pflaumer, 1966, p. 177), que em parte seguimos na presente exposição, é possível afirmar, na linguagem metafísica, que o ser é o fundamento do pensar, mas ao mesmo tempo também de todo o pensado e pensável, portanto a ainda indistinta unidade de pensar e pensado. Esse estado já acena para a possibilidade de expor o co-pertencimento de ser e homem pela sua mútua apropriação, um espaço de união essencial, o qual Heidegger chama de Er-eignis (1983, p. 185), a-propriação. [Schneider:15]