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Zwiegespräch
quarta-feira 24 de janeiro de 2024
A repetição envolve, sugere SZ , uma conversa com um "herói" passado. Mais tarde, Heidegger fala de um "diálogo [Zwiegespräch] com filósofos, especialmente com Kant ". A questão é não simplesmente nos familiarizarmos com opiniões passadas, mas aqueles problemas filosóficos "só possuem sua vitalidade autêntica neste confrontamento histórico [Auseinandersetzung ], uma história cujo evento encontra-se fora da sequência de acontecimentos" (GA31 , 136s). Ainda mais tarde, um "diálogo" ou "conversa [Gespräch ]" com os pensadores do "primeiro começo", os gregos, é uma preparação essencial para o "outro começo" (GA65 , 6, 169, 187, 432). Também precisamos repetir o primeiro começo. Mas isto não pode ser uma repetição exata: "o começo nunca pode ser concebido como o mesmo, já que ele concebe previamente [vorgreifend], e sempre estende (übergreift), de formas diferentes, essa concepção para além do que com ele começa e, assim, determina a sua própria Wieder-holung" (GA65, 55. Cf. 57, 73, 185,475, 504).
O diálogo não é inteiramente amigável: "Perguntar de novo [wiederfragen] a questão perguntada por Platão e Aristóteles […] significa: perguntar mais originalmente do que eles. E — na história de tudo que é essencial — o privilégio e também a responsabilidade de todos os descendentes tornarem-se assassinos dos seus antepassados e estarem eles mesmos sujeitos ao destino de um assassinato necessário! Apenas então alcançamos o modo de colocar a questão na qual eles existiram numa proximidade dada sem esforço, mas a qual foram, por esta mesma razão, incapazes de elaborar em sua máxima transparência" (GA31, 37). [DH ]