Página inicial > Glossário > Grund

Grund

quinta-feira 6 de julho de 2023

Grund  , base, fond, Fundament, fondement, fundamento, Fundamente, fondations, Boden, sol, terrain,, assise, appui, Basis

Comme le rappelle Marlène Zarader   en conclusion (page 261) de MZ2 : « le geste heideggerien de la première époque fut reconnu comme rétrocession vers le texte du commencement, en vue d’en dégager ce qui y demeura impensé, et que nous avons nommé origine ». C’est dire l’importance, dans Sein und Zeit  , de la catégorie du fondement, que Heidegger y convoque sous quatre termes différents, à savoir : Basis, Boden, Fundament et Grund. Là comme ailleurs, dans le cadre de mon glossaire « clos », en respectant au mieux une traduction suivie des termes distincts qu’emploie l’auteur, j’entends placer le lecteur dans la situation   du traducteur. C’est ainsi que seul le mot Fundament sera traduit par fondement. Grund, dès lors que le mot est isolé, sera traduit, selon les cas, par base, par fond, voire par raison. Dans les mots composés, en revanche, il pourra être traduit par fondamental (Grundverfassung   par exemple : constitution fondamentale). Boden sera généralement traduit par sol, par terrain, voire par assise ou appui. Enfin Basis sera traduit par base. [Auxenfants  ; ETJA:§1N10]


Les contextes révèlent la force de ce mot Grund, et ne favorisent pas la confusion avec Grund (ord.). Il nous a paru inutile, dans ce livre, de l’étayer par quelque ajout ou graphie spéciale. [Martineau  ]
VIDE: Grund

fundamento
princípio
ratio
fondement, fondation, constitution [ETEM]

Nota do Tradutor: O que a língua alemã exprime com o mesmo termo grund deve ser expresso no vernáculo umas vezes como fundamento, outras por razão. [Ernildo Stein  , MHeidegger - Sobre a essência do fundamento, p. 114]


NT: ne pas confondre Fundament [Martineau]
NT: Ground (Grund, noun  ), 8, 32, 34-36, 152-153, 206-207, 228, 234, 236, 257, 278, 332, et passim; laying or exhibiting the, 8, 10; of Da-sein   in ecstatic temporality, 300 337, 351 356 ("basis"), 374, 386, 396 (basis), 397, 436 (basis); being the ground of a not   or nullity, 282-285, 305, 325, 348; as horizon  , 339, 366, 436 (Note that the common idiom, auf   Grund des on the basis of, is often translated here as "because of, on account of, due to, as a result of."). See also Foundation; Guilt; Horizon; Responsibility [BTJS]
Grund provém de um antigo verbo que significa “moer”. Originalmente significava “areia, solo arenoso, terra”. Adquiriu uma variedade de sentidos e corresponde, aproximada se não exatamente, a “solo, terra; lote (de construção); campo; fundo, leito (de mar); fundação, profundezas, base; razão, causa”. Dizer que algo é grundlos, “ sem fundo”, pode significar que não provê suporte algum, que não possui causa alguma, ou que não tem direito, habilitação ou autorização (GA49  , 76). Grund deu origem a (sich) grunden, “fundamentar, fundar, basear, estabelecer, ser baseado, fundado em”, também a begrunden, “fundamentar, estabelecer, justificar, fornecer razões para”, e ergrunden, “aprofundar, penetrar, chegar ao fundo de algo”. Recebe prefixos, especialmente como Abgrund, estritamente “terra indo para baixo”, isto é, “profundezas insondáveis, abismo, fundo abissal etc.”; Ungrund, “não-solo”, i.e., “solo sem fundamentação/fundação”; e Urgrund, “solo primordial” (cf. GA65  , 379s). Esta palavra também pode ser ela mesma um prefixo, como em Grundsatz, “princípio”, Grundstimmung  , “disposição básica”; Grundlegung, grundlegen, “estabelecimento, estabelecer as fundações”; Grundbegriffe, “conceitos básicos”, “representações que, em sua inter-relação constitutiva de todo conhecimento dos entes, fornece o fundo, o solo” (GA27  , 196). Heidegger associa Grund ao grego arche  , que significa tanto “começo, primeiro princípio”, quanto “regra, domínio” (GA10  , 4s; GA42  , 220ss; GA49, 77).

Grund desempenha dois principais papéis na filosofia pré-heideggeriana  . Gurnd, Ab-, Un-, e Urgrund têm uma participação significativa nas especulações de místicos tais como Mestre Eckhart   e Böhme sobre a natureza de Deus e da alma. Schelling   seguiu este caminho, dizendo por exemplo que oposições tais como entre o real e o ideal   pressupõem um Urgrund ou Ungrund, que não é nenhum dos dois opostos, mas a absoluta Indifferenz  . Ele contrasta Grund com Existenz  ’, todo ente envolve um fundo, solo que se esforça por atualizar-se na existência (cf. GA6T2  , 476s/GA9  , 70n. Cf. 446ss/GA9, 42ss sobre a visão similar de Leibniz  ). Em segundo lugar, Leibniz formulou o “princípio de razão suficiente”, conhecido em alemão como der Satz   vom zureichenden Grund, que afirma que “nada nunca acontece sem que possua uma causa ou ao menos uma razão ou fundamento determinante” (Teodiceia GA5  , §.44). Heidegger prefere, em geral, a versão latina de Wolff: Nihil   est sine ratione (cur potius sit quam non sit), “ Nada é sem razão (pela qual é em lugar de não ser)” (GA26  , 141; GA10, 14; GA10, 31). Um Grund ou Ratio não precisa ser uma causa: “toda causa [Ursache  ] é um tipo de fundamento ou solo. Mas nem todo fundamento produz algo no sentido de causá-lo. Desta forma, por exemplo, a proposição universal e verdadeira “Todo homem é mortal” contém o fundo, o solo do nosso reconhecimento de que Sócrates   é mortal. Esta asserção universal não produz, contudo, a mortalidade; ela apenas é correta; ver Schopenhauer  , A raiz quádrupla do princípio de razão suficiente (1813). Mas o argumento confunde a verdade de uma proposição com a afirmação da mesma, e a mortalidade de Sócrates com o reconhecimento que dela fazemos. “A relação que causa e Grund mantêm um com o outro é questionável” (GA31  , 137). DH  ]


1. ‘Der Sinn von Sein   kann nie in Gegensatz gebracht werden   zum Seienden   oder zum Sein als tragenden “Grund” des Seienden, weil “Grund” nur als Sinn   zugänglich wird, und sei er selbst   der Abgrund der Sinnlosigkeit.’ Notice the etymological kinship between ‘Grund’ (‘ground’) and ‘Abgrund’ (‘abyss’). [BTMR]