Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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GA7:129 – A memória é a concentração do pensamento.

quarta-feira 21 de junho de 2023

Fogel

O homem pode pensar à medida que tem a possibilidade para tal. Tal ser-possível, porém, ainda não nos garante que o possamos. Pois ser na possibilidade de algo quer dizer: permitir que algo, segundo seu próprio modo de ser, venha para junto de nós; resguardar insistentemente tal permissão. Sempre podemos somente isso para o qual temos gosto — isso a que se é afeiçoado, à medida que o acolhemos. Verdadeiramente só gostamos do que, previamente e a partir de si mesmo, dá gosto. E nos dá gosto em nosso próprio ser à medida que tende para isso. Através desta tendência, reivindica-se nosso próprio modo de ser. A tendência é conselheira. A fala do aconselhamento dirige-se ao nosso modo próprio de ser, para ele nos conclama e, assim, nos tem. Na verdade, ater significa: cuidar, guardar. O que nos atém ao modo próprio de ser aí nos atém somente à medida que nós, a partir de nós mesmos, guardamos isso que nos atém. Nós o guardamos, se nós não o deixamos fugir da memória. A memória é a concentração do pensamento. Em relação a quê? Em relação a isso que pos atém ao modo próprio de ser, à medida que, ao mesmo tempo, o pensamos cuidadosamente junto de nós. Em que medida isso que nos atém precisa ser cuidadosamente pensado? À medida que, por si mesmo, é o que cabe pensar [112] cuidadosamente. Se isso é assim pensado, então é presenteado com o pensar da lembrança. Nós lhe presenteamos o pensamento que recorda porque dele gostamos como sendo a palavra conselheira de nosso modo próprio de ser.

Préau

L’homme peut penser dans la mesure où il en a la possibilité. Seulement ce possible ne nous garantit pas encore que nous en soyons capables. Car « être capable » de quelque chose veut dire : admettre quelque chose auprès de nous selon son être et veiller instamment sur cette admission. Mais ce dont nous sommes capables (vermögen  ), c’est toujours ce que nous désirons (mögen), ce à [152] quoi nous sommes adonnés en ceci que nous le laissons venir. Nous ne désirons, nous n’aimons véritablement que ce qui d’ores et déjà nous aime de lui-même, nous aime dans notre être, en tant qu’il s’incline vers celui-ci. Par cette inclination, notre être est réclamé. L’inclination est « parole adressée ». La parole s’adresse à nous, visant notre être, elle nous appelle, nous fait entrer dans l’être (Wesen  ) et nous y tient. Tenir (halten  ) signifie proprement « garder, veiller sur » (hüten). Ce qui nous tient dans l’être, cependant, nous y tient seulement aussi longtemps que, de nous-mêmes, nous retenons ce qui nous tient. Nous le retenons, quand nous ne le laissons pas échapper de notre mémoire. La mémoire est le rassemblement de la pensée [1]. Que vise-t-il? Ce qui nous tient dans l’être, pour autant qu’il trouve en même temps près de nous considération. Dans quelle mesure ce qui nous tient doit-il être pris en considération? Pour autant qu’il est, dès l’origine, « la Chose à considérer » (das zu-Bedenkende). Le considérer, c’est lui offrir notre souvenance [2]. Nous lui présentons notre pensée (An-den-ken), parce que nous l’aimons comme la parole que notre être nous adresse.

Will Brit

Humans can think to the extent that they have the possibility for it. Only, this possibility does not   yet guarantee us that we are capable of thinking. For to be capable of something means [heißt]: to admit something near us [etwas … bei   uns einlassen] [3]] according to its essence, to shepherd [or guard: hüten] this admittance steadfastly. Yet we are only ever capable of/only ever enable [vermögen] what we love [or favor: mögen], what we are taken with, in that we allow it [zulassen]. We truly love only that which beforehand and of itself loves us, namely, loves us in our essence, in that it is inclined toward this essence. By this inclination, our essence is claimed. [4] The inclination [Zuneigung] is address [Zuspruch]. The address claims us in our essence, calls [ruft] us forth into the essence, and thus keeps us within this essence. Keeping properly means [heißt] shepherding. What keeps us within our essence, however, keeps us only so long as we, of ourselves, retain [behalten] what keeps us [Haltende]. We retain it if we do not let [lassen  ] it out of memory [Gedächtnis  ]. [5] Memory is the gathering of thinking. Toward what? Toward that which keeps us in our essence insofar as it is considered by us at the same time. To what extent must what keeps us be considered? Insofar it is natively what is to be considered. If it is considered, then it is gifted with recollection. We offer it recollective thinking [An-denken  ] because we love it as the address of our essence. Only when we love that which in itself is what is to be considered are we capable of/do we enable thinking. [What Does Thinking Mean?]

Original

Der Mensch   kann denken, insofern er die Möglichkeit   dazu   hat. Allein, dieses Mögliche verbürgt uns noch nicht  , daß   wir es vermögen. Denn etwas vermögen heißt: etwas nach seinem Wesen bei uns einlassen”, inständig diesen Einlaß hüten. Doch wir vermögen immer nur solches, was wir mögen, solches, dem wir zugetan sind, indem wir es zulassen. Wahrhaft mögen wir nur jenes, was je zuvor von sich aus uns mag und zwar uns in unserem Wesen, indem es sich diesem zuneigt. Durch diese Zuneigung ist unser Wesen in den Anspruch   genommen. [6] Die Zuneigung ist Zuspruch. Der Zuspruch spricht uns auf   unser Wesen an, ruft uns ins Wesen hervor und hält uns so in diesem. Halten heißt eigentlich   Hüten. Was uns im Wesen hält, hält uns jedoch nur solange, als wir, von uns her, das uns Haltende selber behalten. Wir behalten es, wenn wir es nicht aus dem Gedächtnis lassen Das Gedächtnis ist die Versammlung des Denkens. Worauf  ? Auf das, was uns im Wesen hält, insofern es zugleich bei uns bedacht ist. Inwiefern muß das uns Haltende bedacht sein  ? Insofern es von Hause aus das zu-Bedenkende ist. Wird es bedacht, dann   wird es mit Andenken beschenkt. Wir bringen   ihm das An-denken entgegen, weil wir es als den Zuspruch unseres Wesens mögen.


Ver online : VORTRÄGE UND AUFSÄTZE [GA7]


[1Explication du mot Gedächtnis ( Ge-dächt-nis). Cf. N. du Tr., 2, et cf. p. 101.

[2Andenken, avec une allusion marquée au sens premier : pensée adressée à… A la fois souvenir et pensée.

[3Third edition, 1967: to engage ourselves in something [uns auf etwas einlassen

[4Usage in the event

[5The phrase im Gedächtnis behalten, not used here but implied, means ‘to keep in mind.’

[6Brauch im Ereignis