Página inicial > Gesamtausgabe > GA65:61. Maquinação

CONTRIBUIÇÕES À FILOSOFIA

GA65:61. Maquinação

II. ECO

sábado 27 de maio de 2017, por Cardoso de Castro

Pgs. GA65  : 126-128; Inglês: 88-90

Casanova

61. Maquinação [1]

No significado usual, o nome para um tipo “mau” de procedimento humano e de urdidura de tal procedimento.

No nexo da questão do ser, não deve ser designado, com isso, um comportamento humano, mas um [124] tipo de essenciação do ser. Mesmo o tom ressonante do desprezível precisa ser afastado, ainda que a maquinação favoreça a inessência do ser. Mas mesmo essa inessência nunca pode ser colocada em uma relação de depreciação, uma vez que ela é essencial para a essência. Ao contrário, o nome deve apontar imediatamente para o fazer [2] (poesis, techne  ), o que nós conhecemos, em verdade, como comportamento humano. A questão é que justamente isso só é possível com base em uma interpretação do ente, na qual a factibilidade do ente vem à tona, de tal modo, em verdade, que a entidade se determina precisamente na constância e na presentidade. O fato de algo se fazer por si mesmo e, consequentemente, também ser factível para um procedimento correspondente, o fazer-se-por-si-mesmo é a interpretação realizada a partir da techne e de seu círculo de visão da physis  , de tal modo que, então, já se faz valer a preponderância no factível e no que se faz (cf. a relação entre idea   e techne), o que em suma seria chamado de maquinação. A questão é que, no tempo do primeiro início, uma vez que se chega à despotencialização da physis, a maquinação ainda não vem à tona em sua plena essência. Ela permanece encoberta na presentidade constante, cuja determinação alcança na entelechia o aguçamento máximo no interior do pensar grego inicial. O conceito medieval de actus encobre já a essência inicialmente grega da interpretação da entidade. Está em conexão com isso o fato de que, então, o elemento maquinal se impõe mais claramente e, por meio da inserção em jogo da ideia judaico-cristã da criação e da representação correspondente de Deus, o ens se transforma em ens creatum  . Ainda que uma interpretação tosca da ideia de criação fracasse, permanece de qualquer modo essencialmente o ser causado do ente. O nexo de causa e efeito se transforma no nexo que a tudo domina (Deus como causa sui). Isso é um distanciamento essencial da physis e, ao mesmo tempo, a passagem para o vir à tona da maquinação como a essência da entidade no pensamento moderno. O modo de pensar mecanicista e o [125] modo de pensar biológico são sempre apenas consequências da interpretação maquinal velada do ente.

A maquinação como essenciação da entidade dá um primeiro aceno para o cerne da verdade do próprio seer. Nós sabemos muito pouco sobre ela. Apesar disso, ela impera inteiramente sobre a história do ser da filosofia ocidental até aqui, de Platão   até Nietzsche  .

Parece ser uma lei da maquinação, cujo fundamento ainda não foi investigado, o fato de que ela, quanto mais normativamente ela se desdobra — assim na Idade Média e na Modernidade —, tanto mais tenaz e maquinacionalmente ela se encobre enquanto tal; na Idade Média por detrás do ordo e da analogia   entis, na Modernidade por detrás do caráter do que se encontra contraposto e da objetividade como as formas fundamentais da realidade efetiva e, com isso, da entidade.

E com essa primeira lei da maquinação está articulada uma segunda: quanto mais decididamente desse modo a maquinação se encobre, tanto mais ela impele ao predomínio daquilo que, segundo sua essência, parece ser completamente contraposto a ela, mas que, contudo, possui a mesma essência que ela, a vivência (cf. em “A ressonância” tudo se transforma em vivência).

Assim, insere-se uma terceira lei: quanto mais incondicionadamente a vivência se mostra como medida da correção e da verdade (e, com isso, da “realidade efetiva” e da constância), tanto mais sem perspectivas se torna o fato de que, a partir daí, se realize um conhecimento da maquinação enquanto tal.

Quanto mais desprovido de perspectivas se torna esse desentranhamento, tanto mais inquestionado se torna o ente, tanto mais decidida a má vontade em relação à questionabilidade do seer.

A maquinação mesma e, uma vez que ela é a essenciação do seer, o seer mesmo se subtraem.

O que aconteceria, porém, se a partir de todo esse elemento aparentemente apenas prejudicial que fracassa, emergisse um olhar completamente diverso da essência do seer e o seer mesmo se desentranhasse como a recusa ou fosse de qualquer modo colocado em ressonância? [126]

Se maquinação e vivência são denominadas juntas, isso aponta para o pertencimento essencial das duas uma à outra, mas encobre ao mesmo tempo uma não coetaneidade igualmente essencial no interior do “tempo” da história do seer. A maquinação é a inessência primeva, mas ainda por longo tempo velada, da entidade do ente. Mas mesmo se ela vier à tona em determinadas figuras, tal como na Modernidade, e ganhar a esfera pública da interpretação do ente, ela não é conhecida enquanto tal ou mesmo concebida. Ao contrário, a expansão e a fixação de sua inessência se realiza no fato de que a maquinação se retrai expressamente por detrás daquilo que parece ser a sua contraparte extrema e que permanece de qualquer modo completamente e apenas o produto do seu fazer. E isso é a vivência.

A copertinência das duas só é concebida a partir do retorno à sua mais ampla dissincronia e a partir da dissolução da aparência de sua mais extrema oposicionalidade. Se a meditação pensante (como questão acerca da verdade do seer e apenas como essa questão) alcança o saber acerca dessa copertinência, então o traço fundamental da história do primeiro início (a história da metafísica ocidental) já é concebido a partir do saber do outro início. Maquinação e vivência apontam formalmente para a concepção mais originária da fórmula para a questão diretriz do pensamento metafísico: entidade (ser) e pensamento (como con-ceber re-presentativo). (p. 124-127)

Muñoz

61. Maquinación [3]

En la significación habitual: es el nombre para una “mala” forma de proceder humano y la urdimbre de uno semejante.

En el contexto con la pregunta por el ser: no se nombra con ello una conducta humana, sino un modo de despliegue del ser. También hay que mantener alejada la palabra de su tono despectivo, si bien la maquinación favorece la desfiguración del ser [Unwesen des Seins]. Pero incluso esto in-esencial [Unwesen] no ha de ser jamás despreciado, pues es esencial para la esencia. Más bien, el nombre debiera remitir, de manera inmediata, al hacer (poiesis  , techne) que reconocemos, por cierto, como comportamiento humano. Sólo que éste es únicamente posible sobre la base de una interpretación del ente, en la que se ponga de manifiesto la factibilidad [Machbarkeit] del ente y, en verdad, de tal forma que la entidad sea determinada precisamente por la constancia y la presencia [Beständigkeit   u. Anwesenheit  ]. Que algo se haga desde sí mismo y, en consecuencia, que sea también factible de un proceder correlativo, el hacerse desde sí mismo, es la interpretación de la physis desplegada por la téchne y su campo visual, de manera que lo que se viene a resaltar ahora es lo factible y el [mismo] hacer-se [Sichmachende] (cfr. la relación entre idea y [96] techne), dicho, en una sola palabra: la maquinación. Sólo que en el tiempo del primer inicio, puesto que en él sobreviene el depotenciamiento de la physis, no ha salido a relucir aún la esencia completa de la maquinación. Permanece oculta en la presencia constante, cuya determinación en la entelécheia. alcanza su zenit máximo en el interior del pensamiento griego inicial. El concepto medieval de actus encubre ya la esencia griega inicial de la interpretación de la entidad. A esto se agrega que, lo maquinador im-presione [vor-drängt] ahora más claramente, y que a través de la puesta en juego del pensamiento judeo-cristiano de la creación y de su representación respectiva de dios, el ens se convierta en ens creatum. Aún cuando nos neguemos a una interpretación grosera de la idea de la creación, el ser-causado del ente sigue siendo, no obstante, algo esencial. La conexión causa-efecto se convierte en algo que lo domina todo (Dios como causa sui). Este es un distanciamiento esencial de la physis y, a la vez, el tránsito hacia la manifestación de la maquinación como esencia de la entidad en el pensamiento moderno. La forma de pensar mecanicista y la biologicista son siempre tan sólo consecuencias de la oculta interpretación maquinadora del ente.

La maquinación como despliegue de la entidad da una primera señal de la verdad del Ser mismo. Sabemos bastante poco de ella, no obstante haber dominado cabalmente a ésta a través de toda la historia del ser de la filosofía pasada occidental desde Platón hasta Nietzsche.

Parece ser una ley de la maquinación que, cuyo fundamento no se halla aún fundado el que, mientras más se despliegue ella dando la medida — como lo hiciese en la Edad Media y en la Modernidad —, tanto más tenaz y maquinadoramente habrá de ocultarse en cuanto tal; en la Edad Media detrás del ordo y de la analogia entis, y en la Modernidad detrás de la objetualidad [Gegenständlichkeit  ] y objetividad [Objektivität], entendidas ambas como formas fundamentales de la realidad efectiva y, con ello, de la entidad.

Y junto con esta primera ley de la maquinación se asocia una segunda ley [que dice]: que cuanto más decisivamente se oculte la maquinación de esa manera, tanto más empuja [drängt] ella hacia el predominio de aquello que, por su esencia, pareciera ser totalmente contraria a ésta, y que sin embargo constituye su esencia: esto es la vivencia (cfr. en “La resonancia”, todo respecto de la vivencia)

De esta forma se podría incluirse una tercera ley: cuanto más indeterminado sea el vivenciar como medida [normativa] de la rectitud y de la verdad (y con ello “realidad efectiva” y constancia), tanto más inútil será la posibilidad de que se lleve a cabo a partir de allí un conocimiento de la maquinación en cuanto tal.

Cuanto más inútil sea este develar, tanto más incuestionado [se mantiene] el ente, tanto más decisiva la aversión ante toda forma de cuestionamiento del Ser.

La maquinación misma, y puesto que ella es el despliegue del Ser, el Ser mismo [es el que] se sustrae.

Pero ¿qué pasaría, si de todo aquello que pareciera ser tan sólo perjudicial y fallido surgiese una mirada totalmente distinta en la esencia del Ser y el Ser mismo se llegase a develar como el rehusamiento, o sea incluso traído hacia la resonancia?

Si la maquinación y la vivencia han de ser nombradas juntas, esto indica una pertinencia esencial de ambas, del uno con el otro, oculta empero a su vez una no [97] simultaneidad igualmente esencial dentro del “tiempo” de la historia del Ser. La maquinación es la temprana desfiguración de la entidad del ente, si bien por largo tiempo aún oculta. Pero incluso cuando ella ha salido a lo público de la interpretación del ente, en determinadas figuras, como en la modernidad, no es reconocida como tal, e incluso ni siquiera concebida. Por el contrario, la difusión y consolidación de su desfiguración se realiza cuando propiamente se retira ella detrás de aquello que pareciera ser su contrapartida más extrema y, no obstante, sigue siendo total y tan sólo hechura suya. Y esto es la vivencia.

La copertenencia de ambas se concibe únicamente a partir del retroceso al interior de la no simultaneidad más amplia suya y desde la disolución de la apariencia de oposición más extrema suya. Cuando la meditación pensante (en tanto pregunta por la verdad del Ser y sólo como esto) alcanza el saber de esta copertenencia, entonces se ha concebido, ya, al mismo tiempo, el rasgo fundamental de la historia del primer inicio (la historia de la metafísica occidental) a partir del saber del otro inicio. Maquinación y vivencia es, dicho en una sola frase, la concepción originaria de la fórmula para la pregunta rectora del pensar occidental. Entidad (ser) y pensar (como con-cebir re-presentador [vor-stellendes Be-greifen]). (p. 95-97)

Emad & Maly

61. Machination [4]

In its ordinary meaning the word machination is the name for a "bad" type of human activity and plotting for such an activity.

In the context of the being-question, this word does not   name a human comportment but a manner of the essential swaying of being. Even the disparaging tone should be kept at a distance, even though machination fosters what is not ownmost to being. And even what is not τ ownmost to being should never be depreciated, because it is essential to what is ownmost to being. Rather, the name should immediately point id making (ποίησις Τέχνη), which we of course recognize as a human comportment. However, this comportment itself is only possible on the basis of an interpretation   of beings which brings their makeability to the fore, so much so that beingness is determined precisely as constancy and presence. That something makes itself by itself and is thus also makeable for a corresponding procedure says that the self-making by itself is the interpretation of φύσις that is accomplished by τέχνη and its horizon   of orientation, so that what counts now is the preponderance of the makeable and the self-making (cf. the relation of Ιδέα to τέχνη), in a word: machination. However since at the time of the first beginning φύσις is disempowered, machination does not yet become fully manifest in its ownmost. It remains hidden in constant presence, whose determination culminates in έντελέχεια within inceptual Greek thinking. The medieval concept of actus already covers over what is ownmost to the inceptual Greek interpretation of beingness. It is in this connection that what belongs to machination now presses forward more clearly and that ens becomes ens aeatum in the Judaeo-Christian notion of creation, when the corresponding idea of god enters into the picture. Even if one refuses crudely to interpret the idea of creator, what is still essential is beings’ being-caused. The cause-effect connection becomes the all-dominating (god as causa sui). That is an essential distancing from φύσις and at the same time the crossing toward the emergence of machination as what is ownmost to beingness in modem thinking. The mechanistic and biological ways of thinking are always merely consequences of the hidden interpretation of beings in terms of machination.

Machination as the essential swaying of beingness yields a faint hint of the truth of be-ing itself. We know too little of it, even though it [GA65  :127-128] [89] dominates the history of being in Western philosophy up to now, from Plato to Nietzsche.

It seems to be a law of machination, whose ground is not yet established, that the more powerfully it unfolds — for example in the Middle Ages and in modernity — the more stubbornly and more machinatingly it hides itself as such, hiding behind ordo and the analogia ends in the Middle Ages and behind objectness and objectivity in modernity, as basic forms of actuality and thus of beingness.

And a second law is coupled with this first one, namely, that the more decidedly machination hides itself in this way, the more it insists on the pre-dominance of that which seems to be totally against what is ownmost to machination and nevertheless belongs to its ownmost: lived-experience (cf. everything referring to lived-experience in "Echo  ").

Then a third law joins these two: The more unconditionally lived-experience becomes the measure for correctness and truth (and thus for "actuality" and constancy), the less is the prospect of gaining, from this vantage point, a knowledge of machination as such.

The less the prospect for this unveiling is, the more unquestioned beings [are] and the more decidedly the aversion to any question-wor-thiness of be-ing [is].

Machination itself withdraws; and since it is the essential swaying of be-ing, be-ing itself withdraws.

But how would it be if all of what seems to be detrimental and failing would yield a totally other insight into the essential sway of be-ing and if be-ing itself would be disclosed as refusal and would nevertheless resonate?

If machination and lived-experience are named together, then this points to an essential belongingness of both to each other — a belongingness that is concealed but is also essentially non-simultaneous within the "time" of the history of be-ing. Machination is the early and still long hidden showing of what is precisely not ownmost to the beingness of beings. But even when in certain shapings it emerges into the openness of interpretation of beings — as in modernity — it is not recognized as such nor grasped at all. On the contrary, the spreading and rigidifying of what is not its ownmost is accomplished by actually retreating behind that which seems to be its utmost opposite, even as it remains totally and solely its own making. And this is lived-experience.

The belonging together of machination and lived-experience can be grasped only by returning to their broadest non-simultaneity and by dissolution of the illusion   of their utmost oppositionality. When think-ing-mindfulness (as questioning the truth of be-ing and only as this) attains the knowing awareness of this mutual belongingness, then the basic thrust of the history of the first beginning (history of Western [90] [GA65:128-130] metaphysics) is grasped along with that, in terms of the knowing awareness of the other beginning. Machination and lived-experience are formally [formelhaft] the more originary version of the formula for the guiding-question of Western thinking: beingness (being) and thinking (as re-presenting com-prehending). (p. 88-90)

Original

61. Machenschaft   [5]

In der gewöhnlichen Bedeutung   der Name für eine »üble« Art menschlichen Vorgehens und der Anzettelung eines solchen.

Im Zusammenhang   der Seinsfrage   soll damit nicht   ein menschliches Verhalten  , sondern eine Art der Wesung des Seins benannt werden  . Auch der Beiklang des Abschätzigen ist femzuhalten, wenngleich die Machenschaft das Unwesen des Seins begünstigt. Aber selbst   dieses Unwesen ist, weil wesentlich dem Wesen, nie in eine Abwertung zu setzen. Vielmehr soll der Name sogleich hinweisen auf   das Machen   (poiesis, techne), was wir zwar als menschliches Verhalten kennen. Allein, dieses ist eben selbst nur möglich auf Grund   einer Auslegung des Seienden  , in der die Machbarkeit des Seienden zum Vorschein   kommt, so zwar, daß   die Seiendheit gerade sich bestimmt in der Beständigkeit und Anwesenheit. Daß sich etwas von selbst macht und demzufolge für ein entsprechendes Vorgehen auch machbar ist, das Sich-von-selbst-machen ist die von der techne und ihrem Hinblickskreis aus vollzogene Auslegung der physis dergestalt, daß nun schon das Übergewicht in das Machbare und Sich-machende zur Geltung   kommt (vgl. das Verhältnis   von idea und techne), was kurz die Machenschaft genannt sei. Allein, in der Zeit   des ersten Anfangs, da es zur Entmachtung der physis kommt, tritt noch nicht die Machenschaft in ihrem vollen Wesen an den Tag. Sie bleibt verhüllt in der beständigen Anwesenheit, deren Bestimmung   in der entelecheia   die höchste Zuspitzung erreicht innerhalb   des anfänglichen griechischen Denkens. Der mittelalterliche actus-Begriff   verdeckt bereits das anfänglich   griechische Wesen der Auslegung der Seiendheit. Damit hängt es zusammen, daß nun das Machenschafdiche sich deutlicher vordrängt und durch das Hereinspielen des jüdisch-christlichen Schöpfungsgedankens und der entsprechenden Gottesvorstellung das ens zum ens creatum wird. Auch wenn man ein grobes Ausdeuten der [127] Schöpfungsidee sich versagt, so bleibt doch wesentlich das Verursachtsein des Seienden. Der Ursache  -Wirkungs-Zusammenhang wird zum allbeherrschenden (Gott   als causa sui). Das ist eine wesentliche Entfernung   von der cpiiaig und zugleich der Übergang   zum Hervorkommen der Machenschaft als Wesen der Seiendheit im neuzeitlichen Denken  . Die mechanistische und die biologistische Denkweise sind immer nur Folgen der verborgenen machenschaftlichen Auslegung des Seienden.

Die Machenschaft als Wesung der Seiendheit gibt einen ersten Wink   in die Wahrheit   des Seyns selbst. Wenig genug wissen   wir von ihr, trotzdem sie die Seinsgeschichte der bisherigen abendländischen Philosophie   von Platon bis Nietzsche durchherrscht.

Es scheint ein Gesetz   der Machenschaft zu sein, dessen Grund noch nicht ergründet ist, daß sie, je maßgebender sie sich entfaltet — so im Mittelalter und in der Neuzeit   —, umso hartnäckiger und machenschaftlicher sich als solche verbirgt, im Mittelalter hinter dem ordo und der analogia entis, in der Neuzeit hinter der Gegenständlichkeit und Objektivität als den Grundformen der Wirklichkeit   und damit der Seiendheit.

Und in dieses erste Gesetz der Machenschaft ist ein zweites geknüpft: je entschiedener dergestalt die Machenschaft sich verbirgt, umso mehr drängt sie auf die Vorherrschaft dessen, was ihrem Wesen ganz entgegen zu sein scheint und doch ihres Wesens ist, auf das Erlebnis   (vgl. in »Der Anklang  « alles zum Erlebnis).

So fügt sich ein drittes Gesetz ein: Je unbedingter das Erleben als Maßgabe der Richtigkeit   und Wahrheit (und damit »Wirklichkeit« und Beständigkeit), umso aussichtsloser wird es, daß von hier aus eine Erkenntnis   der Machenschaft als solcher sich vollzieht.

Je aussichtsloser diese Entschleierung, umso fragloser das Seiende, umso entschiedener der Widerwille gegen jede Fragwürdigkeit   des Seyns.

[128] Die Machenschaft selbst und, da sie die Wesung des Seyns ist, das Seyn selbst entzieht sich.

Wie aber, wenn aus all diesem scheinbar nur Abträglichen und Versagenden ein ganz anderer Einblick in das Wesen des Seyns entspränge und das Seyn selbst sich als die Verweigerung   enthüllte oder doch in den Anklang brächte?

Wenn Machenschaft und Erlebnis zusammengenannt werden, deutet dies auf eine wesentliche Zugehörigkeit beider zueinander, verhüllt aber zugleich eine gleichwesentliche Ungleichzeitigkeit innerhalb der »Zeit« der Geschichte   des Seyns. Die Machenschaft ist das frühe, aber noch langehin verborgene Unwesen der Seiendheit des Seienden. Aber auch dann  , wenn sie in bestimmten Gestalten, wie in der Neuzeit, heraus kommt in die Öffentlichkeit   der Auslegung des Seienden, wird sie nicht als solche erkannt oder gar begriffen. Im Gegenteil, die Ausbreitung und Verfestigung ihres Unwesens vollzieht sich darin, daß sie sich eigens zurückzieht hinter jenes, was ihr äußerstes Gegenstück zu sein scheint und doch ganz und nur ihr Gemächte bleibt. Und dies ist das Erlebnis.

Die Zusammengehörigkeit beider wird nur begriffen aus dem Rückgang in ihre weiteste Ungleichzeitigkeit und aus der Auflösung des Scheins ihrer äußersten Gegensätzlichkeit. Wenn die denkerische Besinnung (als Fragen nach der Wahrheit des Seyns und nur als dieses) zum Wissen von dieser Zusammengehörigkeit gelangt, dann ist zugleich der Grundzug der Geschichte des ersten Anfangs (die Geschichte der abendländischen Metaphysik  ) bereits aus dem Wissen des anderen   Anfangs her begriffen. Machenschaft und Erlebnis ist formelhaft die ursprünglichere Fassung der Formel für die Leitfrage des abendländischen Denkens: Seiendheit (Sein) und Denken (als vor-stellendes Be-greifen). (p. 126-128)


Ver online : CONTRIBUTIONS TO PHILOSOPHY


[1Cf. A ressonância, 70 e 71. O gigantesco.

[2Em alemão, o termo Machenschaft é derivado diretamente do verbo nachen (fazer) e significa o mesmo que fazeção. O que Heidegger faz acima, nesse sentido, é apenas explicitar o componente etimológico do termo. (N. T.)

[3Cfr. La resonancia, 70. y 71. Lo titánico

[4Cf. Echo, 70 and 71: The Gigantic.

[5vgl. Der Anklang, 70. und 71. Das Riesenhafte