Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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GA65:2 – deixar o ser-aí eclodir

sábado 10 de junho de 2017

Casanova

Ninguém compreende o que “eu” penso aqui: deixar o ser-aí eclodir a partir da verdade do seer (e isso significa a partir da essenciação da verdade), para fundar aí o ente na totalidade e enquanto tal; e, em meio à sua fundação, o homem.

Ninguém o compreende porque todos buscam explicar a “minha” tentativa de maneira apenas historiológica e se remetem ao que passou – o que eles acham que compreendem porque aparentemente já se encontra atrás deles.

E aquele que algum dia vier a compreendê-lo não precisará de “minha” tentativa; pois ele precisará ter aberto por si mesmo o caminho que conduz até aí. Ele precisa ser capaz de pensar o que foi tentado de tal modo que seja da opinião   de que isso adveio até ele de muito longe, sem deixar de ser, contudo, o que lhe há de mais próprio. Ele precisa ser entregue à responsabilidade do que assim veio até ele como alguém de quem se necessita e que, por isto, não tem nem a inclinação nem a oportunidade de “se” tomar em consideração. [GA65PT  :12]

Muñoz

Nadie entiende lo que “yo” voy pensando aquí: permitir que el Da-sein   surja desde la verdad del Ser (y esto significa, desde el despliegue de la verdad), para fundar con esto el ente en su totalidad y como tal, y sin embargo, en medio suyo, al hombre.

Nadie capta esto, porque todos tratan de explicar “mi” intento sólo a la manera de la ciencia histórica e invocan lo pretérito, que creen poder comprender, porque ellos aparentemente ya lo han dejado atrás.

Y aquel que alguna vez lo llegue a captar, no necesitará de “mi” intento; pues él mismo tendrá que haberse hecho camino hacia allá. Alguien tiene que poder pensar lo intentado, de tal manera que considere que ello le viene de muy lejos y que es, ante todo, lo suyo más propio, a lo cual se halla él entregado [übereignet] como alguien que es requerido y no tiene, por lo tanto, ni ganas ni la ocasión para considerarse a “sí” mismo. [GA65ES1:34]

Fédier

Personne ne comprend ce que «je» pense ici: à partir de la vérité de l’estre (c’est-à-dire à partir du déferlement de la pleine essence de la vérité) faire surgir être-le-là, pour y opérer la fondation de l’étant en entier et comme tel, mais aussi, au milieu   de lui, de l’être humain.

Personne ne comprend cela, parce que tous se contentent de vouloir expliquer de manière historisante « ma » tentative, et se réfèrent au passé, qu’ils croient comprendre parce qu’il leur semble se trouver derrière eux.

Et celui qui un jour va comprendre cela, celui-là n’aura pas besoin de « ma » tentative ; car il lui faudra avoir défriché lui-même sa voie jusque là. C’est ainsi qu’un homme doit pouvoir penser ce qui est tenté : il doit croire que cela vient de très loin sur lui tout en étant ce qui lui est le plus propre, à quoi il est assigné à titre de celui qu’il faut pour cela, et qui pour cette raison n’a ni envie ni loisir de « se » croire quelqu’un. [GA65FR:22-23]

Emad & Maly

No one understands what "I" think here: to let Da-sein   emerge from within the truth of be-ing (and that means from within the essential swaying of truth), in order to ground beings in the whole and as such and to ground man in the midst of them.

No one grasps this, because everyone tries to explain "my" attempt merely historically [historisch  ] and appeals to the past, which he thinks he grasps because it seems already to lie behind him.

And he who will someday grasp it does not   need "my" attempt. For he must have laid out his own path thereunto. He must be able to think what has been attempted in such a way that he thinks that it comes unto him from far away while still being what is ownmost to him, to which he has been owned-over as the one who is needed and thus does not have the inclination or opportunity to mean "himself." [GA65EN1:6-7]

Original

Niemand   versteht, was »ich  « hier denke: aus der Wahrheit   des Seyns (und d. h. aus der Wesung   der Wahrheit) das Da  -sein entspringen   lassen  , um darin das Seiende   im Ganzen und als solches  , inmitten seiner aber den Menschen zu gründen  .

Niemand begreift dieses, weil alle nur historisch »meinen« Versuch   zu erklären   trachten und sich auf   Vergangenes berufen, das sie zu begreifen   meinen, weil es scheinbar schon hinter ihnen liegt.

Und der, der es einstmals begreifen wird, braucht »meinen« Versuch nicht  ; denn er muß selbst   den Weg   dahin sich gebahnt haben  . So muß einer das Versuchte denken   können, daß   er meint, es komme von weit her auf ihn zu und sei doch sein Eigenstes, dem er übereignet ist als einer, der gebraucht wird und deshalb nicht Lust   und Gelegenheit   hat, »sich« zu meinen. [GA65:8]


Ver online : Beiträge zur Philosophie [GA65]