Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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GA41:34-35 – verdade

domingo 6 de fevereiro de 2022

Carlos Morujão

[…] Verdade: que quer isto dizer? É verdadeiro aquilo que tem validade. Vale aquilo que concorda com os fatos. Qualquer coisa concorda quando se dirige aos fatos, quer dizer, quando «toma a medida» (anmisst) tendo por base o que as coisas são. A verdade é, portanto, conformidade com as coisas. Certamente, não são apenas as verdades particulares que se devem conformar com as coisas particulares, mas a própria essência da verdade. Quando a verdade é conformidade, dirigir-se para…, isto, sem dúvida, deve, em primeiro lugar, valer para a determinação essencial da verdade: ela deve conformar-se com a essência das coisas (a coisalidade). A partir da essência da verdade como conformidade, torna-se necessário que a estrutura da verdade seja um reflexo da estrutura da coisa.

Quando encontramos, deste modo, na estrutura essencial da verdade, a mesma estrutura que na estrutura essencial das coisas, prova-se, então, a partir da própria essência da verdade, a verdade da determinação corrente da estrutura essencial da coisa.

Verdade é conformidade com as coisas, correspondência com as coisas. Mas de que modo é aquilo que se conforma? Que é a correspondência? O que é isso, que dizemos ser verdadeiro ou falso? Com a mesma «naturalidade» com que se compreende a verdade como correspondência com as coisas, resulta também a verificação daquilo que é verdadeiro ou falso. O verdadeiro que encontramos, afirmamos, divulgamos e defendemos, concebemo-lo por meio de palavras. Mas uma palavra isolada — porta, giz, grande, mais, e — não é nem verdadeira, nem falsa. Verdadeira ou falsa é sempre a ligação entre palavras; a porta está fechada; o giz é branco. A uma tal ligação em palavras chamamos um simples enunciado. Ele é verdadeiro ou falso. O enunciado é, portanto, o lugar e o sítio da verdade. Por isso, dizemos também simplesmente: este e aquele enunciado são uma verdade. Verdades e não-verdades são enunciados. [GA41CM:42-43]

Jean Reboul

[…] Vérité – qu’est-ce à dire ? Est vrai, ce qui est valable. Est valable cela qui concorde avec les faits. Cela concorde quand cela se règle sur les faits, c’est-à-dire quand cela prend mesure sur la manière dont les choses elles-mêmes sont. Vérité est donc conformité aux choses. Il faut manifestement que se mesurent et se conforment aux choses singulières non seulement les vérités singulières, mais encore l’essence de la vérité elle-même. Si la vérité est rectitude, se régler sur…, alors il faut manifestement que cette rectitude vaille d’abord pour la détermination essentielle de la vérité : celle-ci doit se conformer à l’essence de la chose (à la choséité). De l’essence de la vérité comme conformité découle la nécessité que dans la structure (Bau) de la vérité se reflète la structure des choses.

Si donc nous rencontrons dans la structure essentielle de la vérité le même agencement que dans la structure essentielle des choses, alors la vérité de la détermination courante de la structure essentielle de la chose sera démontrée à partir de l’essence de la vérité elle-même.

La vérité est conformité aux choses, concordance avec les choses. Mais de quelle sorte est donc ce qui se conforme ? Qu’est donc ce qui concorde ? Qu’est ceci dont nous disons qu’il est vrai ou faux ? Le vrai que nous trouvons, posons, propageons, défendons, nous le captons dans des mots. Mais un mot isolé – porte, craie, grand, mais, et – n’est ni vrai ni faux. Seul un enchaînement de mots peut être vrai ou faux : la porte est fermée, la craie est blanche. Un tel enchaînement de mots, on l’appelle un simple énoncé. L’énoncé est soit vrai soit faux. L’énoncé est donc le lieu et le site de la vérité. C’est pourquoi nous disons aussi simplement : tel ou tel énoncé est une vérité. Vérités et non-vérités – ce sont des énoncés.

Original

[…] Wahrheit   - was heißt dies? Wahr ist, was gilt. Dasjenige gilt, was mit den Tatsachen übereinstimmt. Es stimmt überein, wenn es sich nach den Tatsachen richtet, d. h. wenn es sich dem anmißt, wie die Dinge selbst   sind. Wahrheit ist demnach Anmessung   an die Dinge. Offenbar   müssen nicht   nur einzelne Wahrheiten sich den einzelnen Dingen anmessen, sondern das Wesen   der Wahrheit selbst. Wenn Wahrheit Richtigkeit  , Sich-richten nach … ist, dann   muß dies offenbar von der Wesensbestimmung   der Wahrheit erst recht gelten  : Sie muß sich dem Wesen des Dinges (der Dingheit  ) anmessen. Aus dem Wesen der Wahrheit als Anmessung ist es notwendig, daß   sich im Bau der Wahrheit der Bau der Dinge widerspiegelt.

Wenn wir so im Wesensbau der Wahrheit dasselbe Gefüge an treffen wie im Wesensbau der Dinge, dann ist aus dem Wesen der Wahrheit selbst die Wahrheit der geläufigen Bestimmung des Wesensbaues des Dinges erwiesen.

Wahrheit ist Anmessung an die Dinge, Übereinstimmung   mit den Dingen. Aber welcher Art ist nun jenes, was sich anmißt? Was ist das   Übereinstimmende? Was ist dies, wovon wir sagen  , es sei wahr oder falsch? So »natürlich«, wie es ist, die [35] Wahrheit als Übereinstimmung mit den Dingen zu verstehen  , so natürlich ergibt sich auch die Feststellung dessen, was wahr oder i’alsch ist. Das Wahre, das wir finden, aufstellen, verbreiten und verteidigen, fassen wir in Worte. Aber ein einzelnes Wort   - Tür, Kreide, groß, aber, und - ist nicht wahr, auch nicht falsch. Wahr oder falsch ist immer nur eine Wortverbindung: Die Tür ist geschlossen; die Kreide ist weiß. Eine solche Wortverbindung nennen wir eine einfache Aussage  . Sie ist entweder wahr oder falsch. Die Aussage ist also der Ort   und der Sitz der Wahrheit. Deshalb sagen wir auch einfach: Diese und jene Aussage ist eine Wahrheit. Wahrheiten und Unwahrheiten - das sind Aussagen.