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Theologie

domingo 28 de outubro de 2018

Theologie, Théologie, Teologia, Teología, Theology

La notion d’« herméneutique » m’était familière depuis mes études de théologie. À cette époque, j’étais tenu en haleine surtout par la question du rapport entre la lettre des Écritures Saintes et la pensée spéculative de la théologie. C’était, si vous voulez, le même rapport – à savoir le rapport entre parole et être, mais voilé et inaccessible pour moi, de sorte que, à travers bien des détours et des fourvoiements, je cherchais en vain un fil conducteur [GA12  , 91 ; Acheminement vers la parole, p. 95]. [LDMH  ]


VIDE: Theologie

pt  . Teologia
es. Teología
fr. Théologie
in. Theology


Heidegger era um homem religioso, mas não um filósofo religioso. A filosofia é diferente da teologia. Como "ciência positiva", a teologia estuda uma série de entes já revelados e acessíveis em nossas lidas pré-científicas com os mesmos e iluminados por uma compreensão preexistente de ser. O que a teologia (lit. o "estudo [logos  ] de deus [theos  ]") estuda não é Deus, mas a fé cristã e os entes por ela descobertos. Trata de fé não simplesmente como crença ou conhecimento, mas no sentido luterano de um renascimento que afeta toda uma vida, de um "existir compreendido por meio da fé [gläubig verstehendes Existieren] na história revelada, i.e., ocorrido com o crucificado" (GA9  , 54/10). Poderíamos chamar de teologia a "consciência de si do cristianismo em seu aparecimento mundano e histórico", não fosse pelo fato de, como uma ciência, a teologia pertencer a todos, e não especificamente aos cristãos (GA9, 51s/9). Os entes descobertos pela fé, inclusive a própria fé, são o tema da teologia, a ciência da fé. A teologia é uma disciplina histórica. Não confere ou confirma a fé. A fé, Glaube  , vem espontaneamente. A fé é em si mesma não conceitual, embora a teologia a interprete conceitualmente. A filosofia é necessária porque os conceitos básicos de uma ciência não podem ser inteiramente explicados isoladamente de nossa compreensão global de ser. A fé envolve o renascimento, de modo que a existência irreligiosa, pré-cristã de Dasein   está "existenciariamente-onticamente" superada. Mas o que é desta forma superado pela fé, nela ainda se vê envolvido "existencialmente-ontologicamente". Por exemplo, o conceito teológico de pecado envolve o conceito não teológico de culpa, uma "determinação originária ontológica da existência de Dasein" (GA9, 64, 19). Por explicar conceitos tais como a culpa, "a filosofia é o antídoto ontológico do ôntico que indica formalmente, e sobretudo o conteúdo pré-cristão dos conceitos teológicos básicos" (GA9, 65/20. Cf. GA60  , 62ss). Ela fornece a "indicação formal   [formale Anzeige]" da "região ontológica" em que se firma o conceito de pecado. Ela ajuda a teologia a conceituar o pecado, e marca as fronteiras que ela não pode ultrapassar. Teologia e filosofia permanecem, porém, distintas. "Não há tal coisa como uma filosofia cristã, pois isto seria como um ‘ferro de madeira’. Tampouco há teologia neokantiana, da filosofia do valor ou fenomenológica, pelo mesmo motivo que não pode haver uma matemática fenomenológica" (GA9, 66/21. Cf. GA6  ; IM, 6/6). "Quanto mais inequivocamente a teologia se mantiver afastada da aplicação de alguma filosofia e de seu sistema, tanto mais filosófica será em seu direito inato científico" (GA9, 58/14). [DH  ]
NT: Theology (Theologie), 10, 28, 34, 48-49, 139, 190 n. 4, 229, 248, 249 n. 8, 269, 272 n. 8, 290, 306 n 2. See also God [BT]