Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

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GA29-30:8 – Endlichkeit (Finitude)

terça-feira 2 de maio de 2017

Casanova

Finitude não é nenhuma propriedade que se encontra apenas atrelada a nós. Ela é o modo fundamental de nosso ser. Se quisermos vir a ser o que somos, não podemos abandonar essa finitude ou nos iludirmos quanto a ela. Muito ao contrário, precisamos protegê-la. Esta guarda é o processo mais interior de nosso ser-finito; ou seja, nossa mais intrínseca finitização. Finitude só é no interior da verdadeira finitização. Nesta finitização, contudo, consuma-se por fim uma singularização do homem em seu ser-aí [Dasein  ]. Singularização não diz, aqui, que o homem se calcifica em seu eu diminuto e ressequido, neste eu que se espraia junto a isto ou aquilo, que ele toma como sendo o mundo. Essa singularização descreve muito mais aquele ficar só, no qual todo e qualquer homem se vê pela primeira vez nas proximidades do que há de essencial em todas as coisas, nas proximidades do mundo. O que é esta solidão, na qual o homem sempre e a cada vez vem a ser como um único? (p. 7)

McNeill

Finitude is not   some property that is merely attached to us, but is our fundamental way of being. If we wish to become what we are, we cannot abandon this finitude or deceive ourselves about it, but must safeguard it. Such preservation is the innermost process of our being finite, i.e., it is our innermost becoming finite. Finitude only is in truly becoming finite. In becoming finite, however, there ultimately occurs an individuation of man with respect to his Dasein. Individuation — this does not mean that man clings to his frail little ego   that puffs itself up against something or other which it takes to be the world. This individuation is rather that solitariness in which each human being first of all enters into a nearness to what is essential in all things, a nearness to world. What is this solitude, where each human being will be as though unique? (p. 6)

Original

Endlichkeit   ist keine Eigenschaft  , die uns nur anhängt, sondern die Grundart unseres Seins. Wenn wir werden   wollen  , was wir sind, können wir diese Endlichkeit nicht   verlassen oder uns darüber täuschen, sondern wir müssen sie behüten. Dieses Bewahren   ist der innerste Prozeß unseres Endlichseins, d. h. unsere innerste Verendlichung. Endlichkeit ist nur in der wahren   Verendlichung. In dieser aber vollzieht sich letztlich eine Vereinzelung   des Menschen auf   sein   Dasein. Vereinzelung — das meint nicht dieses, daß   der Mensch   sich auf sein schmächtiges und kleines Ich   versteift, das sich aufspreizt an diesem oder jenem, was es für die Welt   hält. Diese Vereinzelung ist vielmehr jene Vereinsamung, in der jeder Mensch allererst in die Nähe   zum Wesentlichen aller Dinge gelangt, zur Welt. Was ist diese Einsamkeit  , wo der Mensch je wie ein Einziger sein wird? (p. 8)


Ver online : Die Grundbegriffe der Metaphysik. Welt – Endlichkeit – Einsamkeit [GA29-30]