Heidegger, fenomenologia, hermenêutica, existência

Dasein descerra sua estrutura fundamental, ser-em-o-mundo, como uma clareira do AÍ, EM QUE coisas e outros comparecem, COM QUE são compreendidos, DE QUE são constituidos.

Página inicial > Gesamtausgabe > GA24:375-376 – o ter-sido (Gewesenheit)

GA24:375-376 – o ter-sido (Gewesenheit)

quarta-feira 27 de abril de 2022

Courtine

En retenant et en oubliant un événement, le Dasein   se rapporte toujours d’une certaine manière à ce qu’il a déjà été lui-même. Le Dasein n’est, selon le mode facticiel qui est à chaque fois le sien, qu’à cette condition d’avoir toujours déjà été cet étant qu’il est. En nous rapportant à un étant qui est passé, nous le retenons d’une certaine manière ou nous l’oublions. Dans la rétention et dans l’oubli le Dasein est lui-même co-retenu. Il se retient lui-même dans ce qu’il a été déjà. Cela même que le Dasein a déjà été, son avoir-été (Gewesenheit  ) fait également partie de son avenir. Cet avoir-été ne signifie pas pourtant en premier lieu que le Dasein n’est plus en fait; au contraire, il est précisément, dans sa facticité, ce qu’il était. Ce que nous sommes pour l’avoir été n’est pas passé, au sens où nous pourrions nous défaire de notre passé comme on se débarrasse de ses vieux habits. Le Dasein ne peut pas se défaire de son passé, pas plus qu’il ne peut échapper à la mort. En tout état de cause et absolument, tout ce que nous avons été constitue une détermination essentielle de notre existence. J’ai beau chercher par tous les moyens et tous les expédients possibles à tenir à distance mon passé, l’oubli, le refoulement, la réserve sont autant de modes de mon avoir-été lui-même. Dès qu’il est, le Dasein a nécessairement toujours déjà été. Il ne peut avoir-été qu’aussi longtemps qu’il existe. C’est uniquement quand le Dasein n’est plus qu’il cesse d’être ayant-été. Il n’est ayant-été qu’aussi longtemps qu’il est. Ce qui implique que l’avoir-été fait partie de l’existence du Dasein. Autrement dit, et du point de vue du moment de l’avenir tel que nous venons de le caractériser : dès que le Dasein se rapporte, plus ou moins expressément, à son propre pouvoir-être déterminé, dès qu’il advient à soi-même à partir d’une possibilité de soi-même, il revient par là même aussi toujours à ce qu’il a été. L’avoir-été au sens existential fait partie de l’avenir au sens originel (existential). L’avoir-été, tout comme l’avenir et le présent, contribue à rendre d’emblée possible l’existence. (p. 319-320)

Casanova

Retendo ou esquecendo alguma coisa, o ser-aí sempre se relaciona de algum modo com aquilo que ele mesmo já era. Ele só é do modo como ele a cada vez faticamente é, de tal forma que ele já sempre a cada vez foi o ente que ele é. Na medida em que nos comportamos em relação a um ente como algo passado, nós de certa maneira o retemos ou o [386] esquecemos. Na retenção e no esquecimento, o ser-aí mesmo já é sempre corretido. Ele mantém-se concomitantemente com aquilo que ele já tinha sido. Aquilo que o ser-aí sempre a cada vez já tinha sido, seu sido, faz concomitantemente parte de seu futuro. Esse sido não diz primariamente que o ser-aí faticamente não é mais; ao contrário, ele é precisamente de maneira fática aquilo que ele foi. Aquilo que nós tínhamos sido não passou no sentido de que poderíamos nos despir de nosso passado, tal como de resto costumamos dizer, como nos despimos de uma roupa. Assim como o ser-aí não pode escapar de sua morte, ele também não pode se livrar de seu passado. Em todos os sentidos e em todo caso, tudo aquilo que fomos se mostra como uma determinação essencial de nossa existência. Por mais que possa manter o meu passado afastado de mim por um caminho qualquer com manipulações quaisquer, o esquecimento, a repressão, o recalque são modos nos quais eu sou meu próprio sido. O ser-aí já sempre foi, na medida em que é, necessariamente o ter sido. Ele só pode ter sido enquanto existe. No momento em que o ser-aí não é mais, ele também deixa de ter sido. Ele só foi, na medida em que é. Nisto reside o seguinte: o sido pertence à existência do ser-aí. Dito a partir do momento anteriormente caracterizado do futuro: na medida em que o ser-aí sempre se relaciona a cada vez com um poder-ser determinado de si mesmo de maneira mais ou menos expressa, isto é, advém a si a partir de uma possibilidade de si mesmo, ele sempre retorna com isso também ao que tinha sido. Ao futuro no sentido originário (existencial) pertence de maneira cooriginária o ter sido no sentido existencial. O ter sido, juntamente [387] com o futuro e com o presente, tornam a existência pela primeira vez possível. [p. 385-387]

Norro

Reteniendo u olvidando algo, el Dasein de algún modo se relaciona siempre con aquello que él mismo ya ha sido. Es sólo, como de hecho es siempre, de tal modo que el ente que es, ha sido ya siempre  . Tan pronto como nos referimos a un ente como pasado, lo retenemos en cierta manera o lo olvidamos. En la retención y en el olvido, el Dasein mismo es corretenido. Se retiene a sí mismo en lo que ya ha sido. Aquello que el Dasein ya ha sido en cada caso, su haber-sido [Gewensenheit] co-pertenece a su futuro. Este haber sido no quiere decir primariamente que el Dasein fáctico ya no sea; al contrario, es precisamente de hecho lo que fue. Lo que hemos sido no es pasado en el sentido de que podríamos desprendernos de nuestro pasado, como se suele decir con frecuencia, como nos desprendemos de un traje. El Dasein no puede desprenderse de su pasado como tampoco puede eludir la muerte. En todo caso y en cualquier sentido, todo lo que hemos sido constituye una determinación esencial de nuestra existencia. Aunque pueda también mantener mi pasado lejos de mi vida mediante algún expediente, el olvido, la represión, el disimulo son modos en los que yo mismo soy mi haber sido. El Dasein, en la medida en que es, necesariamente siempre ha sido. Sólo puede haber sido en cuanto que existe. Precisamente cuando el Dasein ya no es, tampoco ha sido. Ha sido sólo mientras es. Esto significa que el haber sido pertenece a la existencia del Dasein. Dicho de otra manera a partir del momento del futuro que hemos caracterizado antes: en cuanto que el Dasein se relaciona siempre más o menos expresamente con un determinado poder ser de sí mismo, esto es, llega hasta sí mismo a partir de una posibilidad de sí mismo, siempre vuelve también, de este modo, a aquello que ha sido. Al futuro, en el sentido originario (existenciario), le pertenece en un sentido existenciario, igual de originario, el haber sido. El haber sido, junto con el futuro y el presente, hacen posible la existencia.

Hofstadter

Retaining or forgetting something, the Dasein always comports itself somehow toward what it itself already has been. It is only—as it always factically is—in such a way that it has in each instance already been the being that it is. In comporting ourselves toward an entity as bygone, we retain it in a certain way or we forget it. In retaining and forgetting, the Dasein is itself concomitantly retained. It concomitantly retains its own self in what it already has been. That which the Dasein has already been in each instance, its [past as] having-been-ness [Gewesenheit] belongs concomitantly to its future. This having-been-ness, understood primarily, precisely does not   mean that the Dasein no longer in fact is; just the contrary, the Dasein is precisely in fact what it was. That which we are as having been has not gone by, passed away, in the sense in which we say that we could shuffle off our past like a garment. The Dasein can as little get rid of its [past as] bygoneness as escape its death. In every sense and in every case everything we have been is an essential determination of our existence. Even if in some way, by some manipulations, I may be able to keep my bygoneness far from myself, nevertheless, forgetting, repressing, suppressing are modes in which I myself am my own having-been-ness. The Dasein, in being, necessarily always has been. It can be as having been only as long as it exists. And it is precisely when the Dasein no longer is, that it also no longer has been. It has been only so long as it is. This entails that [pastness in the sense of] having-been-ness belongs to the Dasein’s existence. From the viewpoint of the moment of the future, as previously characterized, this means that since the Dasein always comports itself more or less explicitly toward a specific capacity-to-be of its own self, since the Dasein always comes-toward-itself from out of a possibility of itself, it therewith also always comes-back-to what it has been. Having-been-ness, the past in the existential sense, belongs with equal originality to the future in the original (existential) sense. In one with the future and the present, [the past as] having-been-ness first makes existence possible.

Original

Irgendetwas behaltend oder vergessend, verhält sich das Dasein immer irgendwie zu dem, was es selbst   schon gewesen ist. Es ist nur, wie es je faktisch   ist, in der Weise  , daß   es das Seiende  , das es ist, je schon gewesen ist. Sofem wir uns zu einem Seienden als Vergangenem verhalten  , behalten wir es in gewisser Weise oder vergessen   es. Im Behalten und Vergessen ist das Dasein selbst mitbehalten. Es behält sich selbst mit in dem, was es schon gewesen ist. Dasjenige, was das Dasein je schon gewesen ist, seine Gewesenheit, gehört mit zu seiner Zukunft  . Diese Gewesenheit besagt primär gerade nicht  , daß das Dasein faktisch nicht mehr ist; umgekehrt, es ist gerade faktisch, was es war. Das, was wir gewesen sind, ist nicht vergangen   in dem Sinne, daß wir unsere Vergangenheit, wie wir sonst zu sagen   pflegen, wie ein Kleid ablegen könnten. Das Dasein kann sich seiner Vergangenheit sowenig entschlagen, wie es seinem Tode entgeht. In jedem Sinne und in jedem Falle ist alles das, was wir gewesen sind, eine wesentliche Bestimmung   unserer Existenz  . Mag ich   auch meine Vergangenheit auf   irgendeinem Wege mit irgendwelchen Manipulationen mir vom Leibe halten, so sind das Vergessen, Verdrängen, Zurückhalten Modi  , in denen ich meine Gewesenheit selbst bin. Das Dasein ist, sofem es ist, notwendig immer gewesen. Es kann nur solange gewesen sein  , als es existiert. Gerade dann  , wenn das Dasein nicht mehr ist, ist es auch nicht mehr gewesen. [376] Es ist nur gewesen, solange es ist. Darin liegt: Gewesenheit gehört zur Existenz des Daseins. Von dem früher charakterisierten Moment der Zukunft her gesprochen: Sofern das Dasein je sich zu einem bestimmten Seinkönnen   seiner selbst mehr oder minder ausdrücklich   verhält, d. h. aus einer Möglichkeit   seiner selbst auf sich zukommt, kommt es damit auch immer auf das zurück, was es gewesen ist. Zur Zukunft im ursprünglichen (existenzialen) Sinne gehört gleichursprünglich die Gewesenheit im existenzialen Sinne. Gewesenheit macht   in eins mit der Zukunft und der Gegenwart   Existenz erst möglich.


Ver online : Die Grundprobleme der Phänomenologie [GA24]