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A Caminho da Linguagem

GA12:200-201 – Parâmetros do Mundo da Técnica

A Essência da Linguagem

sexta-feira 18 de junho de 2021, por Cardoso de Castro

HEIDEGGER, Martin. A Caminho da Linguagem. Tr. Marcia Sá Cavalcante   Schuback. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 168

Marcia Schuback

Embora na sua expansão como parâmetro espaço e tempo jamais admitam o encontro face a face de seus elementos, é precisamente quando espaço e tempo predominam como parâmetros para toda representação, produção e recomendação, ou seja, como parâmetros do mundo da técnica moderna, que eles alcançam de forma extraordinária o prevalecer da proximidade, ou seja, a proximitude dos campos do mundo. Quando tudo se dispõe em intervalos calculados e justamente em virtude da calculação ilimitada de tudo, a falta de distância se espraia e isso sob a forma de uma recusa da proximidade de uma vizinhança dos campos do mundo. Na falta de distância, tudo se torna indiferente em consequência da vontade de asseguramento e apoderamento uniforme e calculador da totalidade da terra. A luta pela dominação da terra entrou em sua fase decisiva. A exploração total da terra mediante o asseguramento de sua dominação só se instaura quando se conquista fora da terra a posição extrema para o seu controle. A luta por essa posição consiste no cálculo constante onde todas as referências entre todas as coisas se converte na ausência calculável de distância. Isso constitui a desertificação do en-contro face a face dos quatro campos de mundo, a recusa de proximidade. Nessa luta pela dominação da terra, espaço e tempo alcançam seu predomínio máximo enquanto parâmetros. Todavia, o seu poder irrefreado só é possível porque espaço e tempo já e ainda são outra coisa do que os bem conhecidos parâmetros. O caráter de parâmetro oblitera a essência do espaço e do tempo. O parâmetro encobre sobretudo a relação de sua essência com a essência vigorosa da proximidade. Mesmo sendo relações tão simples, elas se mantêm inacessíveis para o pensamento calculador. Onde elas se mostram, os hábitos representacionais impedem a sua visão. [GA12MS  :168]

Yves Zimmermann

Si bien el espacio y el tiempo, dentro de su extensión como parámetros, no permiten el en-frente-mutuo de uno y otro de sus elementos, la dominación de espacio y tiempo como parámetros para toda representación, producción y acumulación - los parámetros del mundo técnico moderno - atenta de un modo harto inquietante al gobierno de la proximidad, esto es, a la Nahnis, de las regiones del mundo. Allí donde todo está fijado en distancias calculadas, es allí precisamente donde se extiende lo in-distante por la ilimitada calculabilidad de cualquier cosa y se extiende en forma de negación de la proximidad vecinal de las regiones del mundo. En la ausencia de distancia todo viene a ser equi-valente como consecuencia de la sola voluntad de asegurarse la disponibilidad total de la tierra por el cálculo uniformizador. Por ello, la lucha por el dominio de la tierra ha llegado a su fase decisiva. La provocación total a la tierra para asegurarse su dominio tan sólo puede conseguirse ocupando una última posición fuera de la tierra desde la cual ejercer el control sobre ella. La lucha por esta posición, sin embargo, supone la radical conversión de todas las relaciones entre toda cosa a la calculable ausencia de distancia. Esto es la devastación del en-frente-mutuo de una y otra de las cuatro regiones del mundo; la negación de la proximidad. Pero en esta lucha por el dominio de la tierra, el espacio y el tiempo alcanzan el dominio supremo como parámetros. Con todo - su poder solamente puede desatarse porque espacio y tiempo aún son, ya son, además, otra cosa que los parámetros familiares desde hace tiempo. Su carácter parametral desfigura la esencia de tiempo y espacio. Oculta, sobre todo, la relación de su esencia con la esencia de la proximidad. Por más simples que sean estas relaciones, siempre permanecerán inaccesibles a toda razón calculadora. Allí donde se muestran se resiste el representar corriente a esta visión. [GA12YZ:189]

Peter Hertz

Although space and time within their reach as parameten admit of no encounter of their elements, yet the dominance of space and time as parameten for all conceptualization, production, and accumulation — the parameters of the modern technical world — encroaches in an unearthly manner upon the dominion ol nearneu, that is, upon the nighness of the regions of the world. Where everything is fixed at calculated distances, precisely there, the absence of distance spreads due to the unbounded calculability of everything, and spreads in the form of the refusal of neighborly nearness of the world’s regions. In the absence of distance, everything becomes equal and indifferent in consequence of the one will intent upon the uniformly calculated availability of the whole earth. This is why the battle for the dominion of the earth has now entered its decisive phase. The all-out challenge to secure dominion over the earth can be met only by occupying an ultimate position beyond the earth from which to establish control over the earth. The battle for this position, however, is the thoroughgoing calculative convenion of all connections among all things into the calculable absence of distance. This is making a desert of the encounter of the world’s fourfold — it is the refusal of nearness. In the battle for dominion over the earth, now, space and time reach their supreme dominion as parameters. However — their power becomes unleashed only because space and time are still, are already, something other than the long-familiar parameters. Their parametrical character obstructs the nature of time and space. Above all it conceals the relation of that nature to the nature of nearness. Simple as these relations are, they remain wholly inaccessible to calculative thinking. Where they are held   up to us nonetheless, our current notions resist the insight. [GA12PH:105]

Original

Obgleich nun Raum   und Zeit   innerhalb   ihrer Erstreckung   als Parameter kein Gegen-einander-über ihrer Elemente zulassen, greift doch gerade die Herrschaft von Raum und Zeit als Parametern für alles Vorstellen  , Herstellen   und Bestellen, d. h. als Parametern der modernen technischen Welt  , auf   eine unheimliche Weise   in das Walten   der Nähe  , d. h. in die Nahnis der Weltgegenden ein. Wo alles in berechnete Abstände gestellt wird, macht   sich durch die losgelassene Berechenbarkeit von Jeglichem gerade das Abstandlose breit, und zwar in der Gestalt der Verweigerung   der nachbarlichen Nähe der Weltgegenden. Im Abstandlosen wird alles gleich  -gültig   zufolge des einen Willens zur einförmig rechnenden Bestandsicherung des Ganzen der Erde  . Darum ist jetzt der Kampf   um die Erdherrschaft in seine entscheidende Phase getreten. Die vollständige Herausforderung   der Erde in die Sicherimg der Herrschaft über sie läßt sich nur noch dadurch einrichten, daß   eine letzte Position der totalen Kontrolle der Erde außerhalb derselben in Besitz genommen wird. Der Kampf um diese Position ist jedoch die durchgängige Umrechnung aller Bezüge zwischen   allem in das berechenbare Abstandlose. Das ist die Ver-Wüstung des Gegen-einander-über der vier Weltgegenden, die Verweigerung der Nähe. In diesem Kampf um die Erdherrschaft gelangen nun aber Raum und Zeit zu ihrer äußersten Herrschaft als Parameter. Allein — deren Gewalt   kann sich nur deshalb entfesseln, weil Raum und Zeit noch Anderes, schon Anderes sind als die längst bekannten Parameter. Der Parametercharakter verstellt   das Wesen   von Zeit und Raum. Er verbirgt vor allem das Verhältnis   ihres Wesens zum Wesen der Nähe. So einfach diese Verhältnisse sind, so unzugänglich bleiben sie allem rechnenden Denken  . Wo sie jedoch gezeigt werden  , sperrt sich das geläufige Vorstellen gegen diesen Einblick. [GA12:200-201]


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