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kinesis
domingo 28 de outubro de 2018
kinesis , kínesis, κίνησις
Aristóteles conhecia quatro tipos diferentes de movimento:
1) γενεσις, φθορά : originar, brotar e expirar, desaparecer;
2) αυξησις, φθισις: multiplicação, crescimento e decadência;
3) αλλοιωσις: mudança, por exemplo, o amarelar de uma folha verde;
4) φορά : carregar, transportar de um lugar a outro.
Galilei só tomou o movimento como φορά, descartando todos os outros tipos de movimento aristotélico; movimento somente como mudança de lugar no tempo.
Para o pensamento grego, o fundamento de todo movimento é a μεταβολή = transformação de algo em algo diferente. Esta é a definição “mais formal ” de movimento. (GA89 :200; tr. Arnhold & Almeida Prado)
De acordo com a ἐπαγωγή, o ente que provém da φύσις é na mobilidade. Mas é a própria φύσις que é a ἀρχή – o ponto de partida e o dispor da mobilidade. A partir disto facilmente deduzimos: o caráter de ser ponto de partida e de dispor próprio da φύσις só alcança sua determinidade satisfatória, quando se realizou uma visão essencial naquilo para que e sobre o que a φύσις é ponto de partida e disposição: a κίνησις.
No começo do livro III da Física, em seus primeiros três capítulos, Aristóteles fornece a interpretação decisiva da essência da κίνησις, colocando-nos diante dos olhos, com plena claridade, este contexto: […] (200 b 12-15).
Ora, visto que a φύσις é um dispor de partida da mobilidade, e isto significa, portanto, da transformação que rebenta, mas que nosso proceder segue atrás da φύσις (μέθοδος , o seguir que vai atrás e não o nosso “método” sucessivo, no sentido da modo de ser do μέθοδος), de modo algum pode permanecer velado o que é a κίνησις (na essência); seria necessário, pois, que, onde essa (a κίνησις) continuasse não familiarizada, também a φύσις permanecesse na não-familiaridade.” / Cf. acima B 1, 193 a 6, onde se falava da cegueira do ser e da essência, a expressão γνώριμον. /
[GA9GS:284]
VIDE: kinesis
κίνησις: «movimiento». [GA58 , p. 159 (movimiento de la vida); AKJ, pp. 16 (vida = movimiento), 18; GA61 , pp. 100, 102, 116-117, 130, 157, 160; NB , pp. 20 (movilidad fundamental de la vida fáctica), 21 (movimiento / cuidado), 33, 43 (radicalización ontológica de la idea de ser-movido), 44, 46-48, 51; GA63 , pp. 65, 109; GA17 , p. 284 (Dasein , huida); GA19 , pp. 113, 115-118, 142 (Platón: problema fundamental = λόγος [logos] – ψυχή [psyche] – κίνησις), 170-181 (movimiento), 172 (significado ontológico), 173 (movimiento de la ζωή [zoe]), 175-177 (eternidad del movimiento), 178-179 (aclaración ontológica del movimiento eterno; primer motor divino inmóvil = pura ἐνέργεια [energeia]), 175, 186 (poder ser), 191, 192 (tiempo), 220 (Aristóteles como el primero que problematiza el movimiento); GA21 , pp. 146 (Dasein = un moverse comprensivo), 337; GA24 , pp. 332 (tiempo = κίνησις), 333 (definición aristotélica), 343-349 (tiempo), 355-356 (tiempo).] [LHDF]