Página inicial > Gesamtausgabe > GA9:110-111 – afinação (Gestimmtsein)

Wegmarken [GA9]

GA9:110-111 – afinação (Gestimmtsein)

sábado 25 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro

Mas por mais fragmentado que possa parecer o cotidiano, ele sempre retém, mesmo que vagamente, o ente em uma unidade de “totalidade”. Mesmo então e justamente então, quando não estamos propriamente ocupados com as coisas e conosco mesmos, sobrevém-nos este “na totalidade”, por exemplo, no tédio propriamente dito.

Stein & Giachini

Assim como é inconteste que nós nunca podemos apreender a totalidade do ente em si e absolutamente, é certo, porém, que nos encontramos postados em meio ao ente de algum modo desvelado em sua totalidade. Por fim, há uma diferença essencial entre a apreensão da totalidade do ente em si e o encontrar-se em meio ao ente em sua totalidade. A primeira é fundamentalmente impossível. O segundo, no entanto, acontece constantemente em nosso ser-aí. Parece, sem dúvida, que em nossa rotina cotidiana estamos presos sempre apenas a este ou àquele ente, como se estivéssemos perdidos neste ou naquele domínio do ente. Mas por mais fragmentado que possa parecer o cotidiano, ele sempre retém, mesmo que vagamente, o ente em uma unidade de “totalidade”. Mesmo então e justamente então, quando não estamos propriamente ocupados com as coisas e conosco mesmos, sobrevém-nos este “na totalidade”, por exemplo, no tédio propriamente dito. Este tédio ainda está muito longe de nossa experiência, quando nos entedia exclusivamente este livro ou aquele espetáculo  , aquela ocupação ou este ócio. Ele desabrocha se “a gente está entediado”. O tédio profundo, que como névoa silenciosa desliza para cá e para lá, nos abismos do ser-aí, nivela todas as coisas, os homens e a gente mesmo com elas, em uma estranha indiferença. Esse tédio manifesta o ente na totalidade.

Uma outra possibilidade de tal manifestação se revela na alegria pela presença do ser-aí – não da pura pessoa – amado.

Semelhante afinação faz com que a gente se encontre disposto de tal ou tal maneira – perpassados por esta afinação – em meio ao ente na totalidade. A disposição própria à tonalidade afetiva não revela apenas, sempre à sua maneira, o ente em sua totalidade. Ao contrário, este revelar é simultaneamente – longe de ser um simples episódio – o acontecimento fundamental de nosso ser-aí.

O que assim chamamos “sentimentos” não é nem um fenômeno secundário fugidio de nosso comportamento pensante e volitivo, nem um simples impulso causador de tal fenômeno, nem um estado atual com o qual temos de nos haver de uma maneira ou de outra. [121] Contudo, precisamente quando as tonalidades afetivas nos levam, deste modo, para diante do ente na totalidade, elas nos ocultam o nada que buscamos. Muito menos seremos agora da opinião   de que a negação do ente na totalidade, manifesta na tonalidade afetiva, nos ponha diante do nada. Tal somente poderia acontecer, com a adequada originariedade, em uma tonalidade afetiva que revele o nada de acordo com o seu próprio sentido revelador.

Cortés & Leyte

Tan cierto es que nunca captamos el conjunto de lo ente en sí de manera absoluta como que nosotros nos encontramos situados en medio de eso ente que de algún modo se encuentra desvelado en su totalidad. En definitiva, existe una diferencia esencial entre captar la totalidad de lo ente en sí y encontrarse en medio de lo ente en su totalidad. Aquello es fundamentalmente imposible; esto ocurre de modo permanente en nuestro Dasein  . Es cierto que en nuestros quehaceres cotidianos nos parece como si sólo estuviéramos ligados a este o aquel ente, como si anduviésemos perdidos en este o aquel ámbito de lo ente. Pero por dislocada que nos pueda parecer la realidad cotidiana, en cualquier caso sigue manteniendo a lo ente, aunque sólo sea en la sombra, en una unidad del «todo». Incluso y precisamente cuando no estamos ocupados propiamente con las cosas o con nosotros mismos, nos sobrecoge ese «todo», por ejemplo, cuando nos invade el auténtico aburrimiento. Éste todavía se encuentra lejano cuando lo único que nos aburre es este libro, este espectáculo, esta ocupación o esta ociosidad, pero irrumpe cuando «uno está aburrido». El tedio profundo, que va de aquí para allá en los abismos del Dasein como una niebla callada, reúne a todas las cosas y a los hombres y, junto con ellos, a uno mismo en una común y extraña indiferencia. Este tedio revela lo ente en su totalidad.

Otra posibilidad de una revelación de este tipo se esconde en la alegría que nos procura la presencia del Dasein —y no de la mera persona  — de un ser querido.

Este estar en un determinado estado de ánimo [1], por el que uno «está» así o de la otra manera, es lo que hace que al invadirnos dicho ánimo plenamente nos encontremos en medio de lo ente en su totalidad. El hecho de encontrarnos en un estado de ánimo no sólo desvela a su modo lo ente en su totalidad, [98] sino que —lejos de ser algo accidental— tal desvelar es al mismo tiempo el acontecimiento fundamental de nuestro ser-aquí.

Lo que llamamos «sentimientos» no es ni un fenómeno que acompañe fugazmente a nuestro pensar y querer, ni un mero impulso que lo provoque, ni tampoco un estado que simplemente esté ahí presente y con el que tengamos que arreglárnoslas de algún modo.

Pero precisamente cuando los estados de ánimo nos conducen de este modo ante lo ente en su totalidad, nos ocultan la nada que estamos buscando. Ahora aún estaremos menos de acuerdo con la opinión de que la negación de ese ente en su totalidad, que se nos revela en nuestro estado de ánimo, nos sitúa ante la nada. Eso sólo podría ocurrir de manera suficientemente originaria en un estado de ánimo que revelase la nada según el sentido más propio de su desvelamiento.

Original

So sicher wir nie das Ganze   des Seienden   an sich   absolut erfassen  , so gewiß finden wir uns doch inmitten des irgendwie im Ganzen enthüllten Seienden gestellt. Am Ende   besteht ein wesenhafter Unterschied   zwischen   dem Erfassen des Ganzen des Seienden an sich und dem Sichbefinden inmitten des Seienden im Ganzen. Jenes ist grundsätzlich unmöglich. Dieses geschieht ständig in unserem Dasein. Freilich sieht es so aus, als hafteten wir gerade im alltäglichen Dahintreiben je nur an diesem oder jenem Seienden, als seien wir an diesen oder jenen Bezirk des Seienden verloren. So aufgesplittert der Alltag erscheinen   mag, er behält immer noch das Seiende, wenngleich schattenhaft, in einer Einheit   des »Ganzen«. Selbst   dann   und eben dann, wenn wir mit den Dingen und uns selbst nicht   eigens beschäftigt sindj überkommt uns dieses »im Ganzen«, z.B. in der eigentlichen Langeweile  . Sie ist noch fern, wenn uns lediglich dieses Buch oder jenes Schauspiel, jene Beschäftigung oder dieser Müßiggang langweilt. Sie bricht auf  , wenn »es einem langweilig ist«. Die tiefe   Langeweile, in den Abgründen des Daseins wie ein schweigender Nebel hin- und herziehend, rückt alle Dinge, Menschen und einen selbst mit ihnen in eine merkwürdige Gleichgültigkeit   zusammen  . Diese Langeweile offenbart das Seiende im Ganzen.

Eine andere   Möglichkeit   solcher Offenbarung   birgt die Freude   an der Gegenwart   des Daseins – nicht der bloßen Person – eines geliebten Menschen.So sicher wir nie das Ganze des Seienden an sich absolut erfassen, so gewiß finden wir uns doch inmitten des irgendwie im Ganzen enthüllten Seienden gestellt. Am Ende besteht ein wesenhafter Unterschied zwischen dem Erfassen des Ganzen des Seienden an sich und dem Sichbefinden inmitten des Seienden im Ganzen. Jenes ist grundsätzlich unmöglich. Dieses geschieht ständig in unserem Dasein. Freilich sieht es so aus, als hafteten wir gerade im alltäglichen Dahintreiben je nur an diesem oder jenem Seienden, als seien wir an diesen oder jenen Bezirk des Seienden verloren. So aufgesplittert der Alltag erscheinen mag, er behält immer noch das Seiende, wenngleich schattenhaft, in einer Einheit des »Ganzen«. Selbst dann und eben dann, wenn wir mit den Dingen und uns selbst nicht eigens beschäftigt sindj überkommt uns dieses »im Ganzen«, z.B. in der eigentlichen Langeweile. Sie ist noch fern, wenn uns lediglich dieses Buch oder jenes Schauspiel, jene Beschäftigung oder dieser Müßiggang langweilt. Sie bricht auf, wenn »es einem langweilig ist«. Die tiefe Langeweile, in den Abgründen des Daseins wie ein schweigender Nebel hin- und herziehend, rückt alle Dinge, Menschen und einen selbst mit ihnen in eine merkwürdige Gleichgültigkeit zusammen. Diese Langeweile offenbart das Seiende im Ganzen.

Eine andere Möglichkeit solcher Offenbarung   birgt die Freude an der Gegenwart des Daseins – nicht der bloßen Person – eines geliebten Menschen.

Solches Gestimmtsein  , darin einem so und so »ist«, läßt uns – von ihm durchstimmt – inmitten des Seienden im Ganzen befinden. Die Befindlichkeit   der Stimmung enthüllt   nicht nur je nach ihrer Weise   das Seiende im Ganzen, sondern dieses Enthüllen ist zugleich – weit entfernt von einem bloßen Vorkommnis   – das Grundgeschehen unseres Da-seins.

Was wir so » Gefühle   « nennen, ist weder eine flüchtige Begleiterscheinung unseres denkenden und willentlichen Verhaltens, noch ein bloßer verursachender Antrieb zu solchem, noch ein nur vorhandener Zustand, mit dem wir uns so oder so abfinden.

[111] Doch, gerade wenn die Stimmungen uns dergestalt vor das Seiende im Ganzen führen  , verbergen sie uns das Nichts, das wir suchen  . Wir werden   jetzt   noch weniger der Meinung sein  , die Verneinung des stimmungsmäßig offenbaren Seienden im Ganzen stelle   uns vor das Nichts. Dergleichen könnte entsprechend ursprünglich   nur in einer Stimmung geschehen  , die ihrem eigensten Enthüllungssinne nach das Nichts offenbart.


Ver online : Wegmarken [GA9]


[1N. de los T: traducimos «Gestimmtsein».