Selbst

Selbst, soi-même, si mesmo, Self, sí mismo

A ligação reflexiva, que é denominada no “si”, para “si”, junto a “si”, por “si”, tem sua essência na apropriação.

Na medida em que agora o homem se encontra mesmo no abandono do ser ainda no aberto da inessência do ente, está incessantemente dada a possibilidade de ele ser por “si”, de ele retornar a “si”. Mas o “si” e o si mesmo determinado a partir daí como o apenas si mesmo permanece vazio e só se preenche a partir do ente presente à vista e previamente dado e do que é empreendido precisamente pelo homem. O para-si não tem nenhum caráter de decisão e é sem saber em torno do aprisionamento no acontecimento do ser-aí. (GA65:§197; GA65MAC:312)


(SELBST E CORRELATOS->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=selbst)

Soi-même (ETEM)
mesmo (MHeidegger – Sobre a essência do fundamento, p. 122)
si-mesmo (STMSCC)

NT: Self, the (das Selbst), 72, 114, 117, 124, 128-130, 146, 181, 190, 193, 200, 220, 252-253, 267-268, 271, 273-274, 277, 280, 284, 288, 293, 295-298, 300, 303, 317-323, 332, 339, 348, 354, 373, 375, 383, 390-391, 410, 419, 433-434; as the “who” of Da-sein, 114, 267; of everyday Da-sein, 129, 193, 252, 273; as authentic or unauthentic, 129-130, 181, 253, 268, 271, 273, 280, 288, 295, 339; Da-sein’s ownmost, 129, 253, 268, 271, 273, 280, 288, 295, 339; as a constitutive moment of being-in-the-world; as subject or substance, 129-130, 317, 320 n. 19, 323, 332; and the “I,” 129-130, 317-323, 348; as thrown, 277, 284, 339, 383; as lost in the they, 271, 274, 383; and the other, 124, 128; as being-ahead-of-itself, 193; and care, 193, 304, 316-323 (§ 64); and the call of conscience, 273-274, 277, 280, 288, 296; and resoluteness, 298, 300, 310, 391; and rapture, 348; Da-sein’s understanding of Hegel on, 72; must lay the basis for itself, 284; must forget itself, 354; Hegel on, 433-434; Kant on, 318-321, 320 n. 19, 323; (Yorck) on, 399, 401. See also Being-one’s-self; Potentiality-of-being(-one’s-self); the They-self (BTJS)


NT: Self- (Selbst), some important compounds: self-consciousness (Selbstbewusstein), 401 (Yorck), 435 (Hegel); self-forgetful (selbstvergessen), 277, 322, 342, 354, 424; self-interpretation (Selbstauslegung), 51, 116, 184, 196-197, 200, 312, 318; “self-knowledge” (Selbsterkenntnis), 146; self-point (Selbstpunkt), 146, 179; self-thing (Selbstding), 323; selfsubsistence, autonomy (Selbständigkeit), 291-292, 303, 332; self-constancy (Selbst-ständigkeit), 322-323, 332, 373. See also “It is concerned in its being about. ..”; Understanding-itself (BTJS)


NT: O termo “Selbst” e seus derivados, “Selbst-sein”, “Selbstheit”, “das Selbst”, “Selbigkeit” não designam nem a consciência, nem o inconsciente e nem a personalidade, qualquer sentido ou acepção psicológica e antropológica. Todas essas expressões remetem o pensamento para pensar o processo ontológico existencial de constituição e concretude da presença (Dasein) em sua realização própria e exclusiva. Uma vez que toda concretização da presença se cumpre e exerce em dois planos: num, voltada para o movimento histórico da verdade e do sentido do ser e, no outro, recomendada ao destino social da co-presença (Mitdasein), por isso é que Ser e Tempo usa dois radicais para exprimi-la – “Selbst” e “Eigen”. Ambos referem-se ao mesmo processo ontológico de comunhão e individuação, universalidade e singularidade, autenticidade e propriedade, com suas respectivas tensões.
A tradução se valeu de um único étimo e seus derivados – próprio, propriedade, apropriar-se para exprimir toda a complexidade paradoxal desse processo, esperando que o contexto e a ousadia da leitura discriminem os dois planos em cada passagem. A única exceção aparece em “Selbigkeit”, traduzido por “coincidência”, a fim de ressaltar a identidade como não igualdade e sim como um incidir conjuntamente. (STMSCC 319)


NT: O termo alemão selbst exprime tanto próprio como si-mesmo. Considerando-se que na Segunda Parte o que está em questão é o poder-ser todo em sentido próprio da pre-sença, a tradução deixou predominar o termo si-mesmo para diferenciar, no horizonte da identidade, de próprio (eigen). (STMSCC 258)
VIDE Selbstheit


Selbst (das), Selbstheit (die): «sí» o «sí mismo», «mismidad». La primera persona del pronombre singular alemán es ich («yo»), que se corresponde con el ego en latín y pronto se sustantiviza en la forma de das Ich («el yo»). Das Ich es similar al das Selbst, el «sí mismo», el self inglés. Pero Heidegger se muestra, por lo general, reacio a utilizar la expresión das Ich, pues la asocia a las teorías filosóficas que aíslan el yo del mundo y del resto de los entes, al igual que un caracol en su caparazón. El yo que se convierte en objeto de observación y reflexión es un yo puro que no dice nada sobre mí mismo (mich selbst). Por el contrario, yo me experimento a mí mismo en lo que hago y con los otros en el marco de una relación de familiaridad con el mundo. El error principal de Descartes al formular su Cogito, ergo sum («Pienso, luego existo») es que se concentra en el cogito, en el pensamiento, y se olvida del sum, del ser (véase GA20, p. 210); además, el ego como res cogitans se convierte en un sujeto sin mundo esencialmente distinto a la res extensa. Incluso aunque uno diga y piense «yo», no se puede hablar propiamente de que uno sea sí mismo (sich selbst), pues, como recuerda Heidegger, por lo común vivimos impropiamente en el uno-mismo (das Man selbst). Para Heidegger, la mismidad (Selbstheit) o el sí mismo (das Selbst) dependen de cómo me comporto conmigo mismo, de cómo me relaciono con el mundo de las cosas y las personas. Cuando me relajo caigo en la publicidad, cuando me adelanto resueltamente soy yo mismo. En cualquier caso, el «sí mismo» no es ni substancia ni sujeto, sino que expresa el movimiento intencional de la existencia. Por una parte, el Dasein se dirige al mundo en sus diferentes modalidades de la ocupación (Besorgen) de los entes del mundo circundante (Umwelt) y de la solicitud (Fürsorge) con la que trata a los otros en el marco del mundo en común (Mitwelt); por otra, el Dasein también se relaciona consigo mismo. Este tipo de relación se tematiza en las lecciones de 1920-1921 y 1921-1922 en términos de la Bekümmerung («inquietud» o «preocupación») que el Dasein muestra por su mundo propio (Selbstwelt). Curiosamente, esta Selbstwelt y el respectivo modo de comportamiento de la Bekümmerung desaparecen de la analítica existenciaria. Véase la entrada Selbstwelt (die). (GA60, pp. 11, 13, 103, 187-188, 192, 204, 211, 212-214 (yo soy), 227-228, 228, 232, 237-241, 245-247, 253-255, 298 (ser del sí mismo), 331-332; GA63, pp. 29, 102; GA17, p. 176; GA19, pp. 314-320; GA20, pp. 54-58, 342, 348, 440-441, 442 (tiempo = nosotros mismos); GA21, pp. 236 (otros), 338-344, 344-347; GA24, pp. 194, 224-228, 242 (autocomprensión, mismidad), 249 (autocomprensión ≠ experiencia egológica reflexiva), 394-395 (comprenderse: comprensión impropia), 422, 425); GA2, pp. 12, 113-130 (conocerse), 188, 264, 263, 267-269 (poder ser sí mismo), 271-273, 277 (llamada conciencia), 295, 316-323 (cuidado), 391 (fidelidad al propio sí mismo), 410, 444-445.) (LHDF)


Das Ich é similar a das Selbst, “o si mesmo”. Esta expressão vem do pronome demonstrativo selbst, “eu mesmo”, como em “eu mesmo bato nele”, “ele mesmo o fez etc.”. Difere dos pronomes reflexivos, mich, “me”, sich, “te, se”, como em “eu me bato, ele se bate”. Mas em substantivos compostos, selbst possui, com frequência, uma força reflexiva: Selbstmord é “suicídio, se matar”, não um matar que alguém faz por si mesmo, sem ajuda. Sichkennen, o mínimo “conhecimento de si” que alguém possui a não ser que esteja, por exemplo, tão fora de si de raiva que não mais se conheça (SZ, 124), difere de Selbsterkenntnis, o “conhecimento de si explícito” (SZ, 146), mas isto depende mais da diferença entre kennen e Erkenntnis do que entre sich e selbst. Selbst era originalmente o genitivo de selb, que sobrevive em derselbe, “o mesmo”, e em frases fixas tais como “no mesmo dia, na mesma hora”. Selb também sobrevive em selbständig, “constante (ständig) por si (selb), independente, subsistente”, que permite que Heidegger fale da ” subsistência de si (die Ständigkeit des Sebst) tanto quanto de sua possível ‘dependência’ (’Unselbständigkeit’)” (SZ, 117), e cunhe Selbst-ständigkeit para a “subsistência de si, estabilidade” e Unselbst-ständigkeit para a deficiência correspondente (SZ, 322). Ao enfatizar os constituintes, confere às palavras novos significados. (DH)


Selbst, Selbstheit: traduzo-os por mesmo e mesmidade. Ambos os termos referem-se aqui à identidade pessoal. Em outros textos o filósofo fala de “das Selbe”, que significa o mesmo referido à identidade em geral (ver a conferência “O Princípio da Identidade”, Livraria Duas Cidades, São Paulo, 1971). Um mal-entendido não é possível no presente trabalho. Temos no vernáculo ipseidade que corresponde a Selbstheit; e ipseísmo como identidade própria. Decido-me, no entanto, pela uniformização baseado num fato etimológico. Mesmo e mesmidade originam-se do latim vulgar metipsimu, superlativo de metipse, resultante da combinação do demonstrativo ipse, mesmo, com a partícula met. De um lado, portanto, têm origem semelhante a de ipseidade e ipseísmo, levando, de outro lado, a vantagem de vir de um superlativo, devendo ser justamente considerada superlativa a identidade pessoal em face do princípio geral da identidade. (Ernildo Stein; MHeidegger:Nota)


1. ‘dem “Selbst” ’. While we shall ordinarily translate the intensive ‘selbst’ by the corresponding English intensives ‘itself’, ‘oneself’, ‘myself’, etc., according to the context, we shall translate the substantive ‘Selbst’ by the substantive ‘Self’ with a capital.
(BTMR)