hyle

ΰλη (ή)

[citação grego Met 4 23, 1023 a 11sq.] “The metal has the look of a statue [has the look, is a statue]. The body has the illness [it is sick].” The more precise determination of this having is to be a being in the sense that “in itself something is present, for which being-present the being in question itself has the readiness (destikon).” The metal is determined as metal on account of the destikon. The metal is determined in its being such that it can become a statue. The metal is determined as hyle. In this context, hyle does not mean an indeterminate “material,” but rather a positive character of a mode of being-there. Being in preparedness for … is a positive determination of a being. Having means nothing other than being the wherein of a being-present of something out of preparedness. [GA18:173; GA18MT:117]

(VGKH)

Noema (Noème)/Noese (Noèse)/Hylé: Nas Idées directrices, Husserl distingue, por um lado, os componentes reais da consciência (a hylé e a noese), que pertencem à esfera de imanência real e são vivências, e, por outro, o noema, que pertence apenas à esfera de imanência pura da consciência.

O que é a hylé?

Husserl retoma o termo grego hylé (que significa “madeira de corte”, “material de construção”) para designar aquele dos dois componentes reais da consciência que não é em si mesmo intencional. Se, por exemplo, ouço sons de tal modo que apenas sou afetado por eles, trata-se de um momento da receptividade, um momento do sentido. Mas se passo a dizer que ouço uma sinfonia, é porque me torno sensível ao que se manifesta nesses sons — a unidade melódica ou a composição sinfônica. Aqui, já não se trata de momentos da receptividade, mas sim de momentos do objeto. Da mesma forma, no tato, é preciso distinguir o momento hilético (o vivido realmente imanente) e o fato de poder apreender, por exemplo, o caráter liso como aspecto de um objeto.

Em suma:
– Hylé: matéria bruta da experiência (sensações não intencionais).
Noese: ato intencional que anima a hylé, conferindo-lhe sentido.
Noema: o objeto tal como é visado — o correlato intencional da consciência.

Essa tríade estrutura a análise husserliana da intencionalidade, mostrando como a consciência transcende o imanente para se referir ao mundo.

Heidegger – Fenomenologia e Hermenêutica

Responsáveis: João e Murilo Cardoso de Castro

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