Werk [EssaisConf] obra [EssaisConf] […] “Operar”, “wirken”, pertence à raiz indo-européia uerg de onde provém a palavra “obra”, “Werk”, e o grego ergon. Mas nunca será demais repetir: o traço fundamental de “operar”, “wirken”, e de “obra”, “Werk”, não reside no efficere e no effectus mas em algo vir a des-encobrir-se e manter-se desencoberto. Mesmo quando os gregos, a saber, Aristóteles, falam daquilo que os latinos chamaram de causa efficiens, eles nunca pensam em causa e efeito. Para eles, o que se per-faz num ergon é o que se leva à plenitude da vigência; ergon é a vigência, no sentido próprio e supremo da palavra. [GA7 43]
Mesmo quando os gregos, a saber, Aristóteles, falam daquilo que os latinos chamaram de causa efficiens, eles nunca pensam em causa e efeito. Para eles, o que se per-faz num ergon é o que se leva à plenitude da vigência; ergon é a vigência, no sentido próprio e supremo da palavra. Somente, por isso, Aristóteles chama a vigência do que está em pleno vigor de sua propriedade, de energeia ou também de entelecheia, ou seja, o que se mantém na plenitude (de sua vigência). Em sua força significativa, um abismo separa estes dois termos, cunhados por Aristóteles para dizer a vigência em sentido próprio e pleno do vigente, do significado posterior e moderno de “energia” e “enteléquia”, entendidas, como condição e capacidade inatas para agir. [GA7]