episteme

ἐπιστήμη: «ciencia», «conocimiento científico». [GA19, pp. 28, 31-40 (la ἐπιστήμη como πρᾱξις [praxis] independiente del ἀληθεύειν [aletheuein]), 55, 91-109, 346, 388-389, 408, 523.] [LHDF]


Heidegger discute várias palavras gregas relacionadas a conhecimento. Techne, “habilidade, talento, arte”, não é, ele insiste,” um ‘fazer’ e produzir, mas o Wissen que sustenta e guia todo brotar humano em meio aos entes” (GA6T1:97 Cf. GA5:47s). O correlato (e parente) grego de wissen é eidenai, originalmente “ter visto”, portanto ” saber”, e a fonte de eidos, ” forma”, e ide a, que Heidegger considera em geral como o que é visto, um “aspecto” (GA21:56. Cf. SZ:171). Mas, assim como wissen, eidenai é frequentemente utilizado para saber que, o que etc. Conhecer uma pessoa é às vezes eidenai, às vezes gignoskein, que, com seu substantivo gnosis, tem muitas vezes uma qualidade de conhecimento por familiaridade. Episthastai, “saber etc.”, é, para Heidegger, ” ser perito [vorstehen, lit. ‘estar diante de’] em algo, entender de algo” — ele o associa (controvertidamente) a histanai, histasthai, ” localizar, pôr”, “ficar”. O substantivo derivado episteme, “conhecimento”, significa “aproximar-se de algo, entender daquilo, dominá-lo, penetrar seu conteúdo substancial” (GA29-30:49). Aristóteles lhe deu o significado de “ciência”, mas em um sentido distinto da “pesquisa [Forschung]” científica moderna e do “experimento” (Cf. GA19:31ss, 91ss).

Nenhum grande filósofo foi, na visão de Heidegger, um epistemólogo. O cartesianismo é uma ontologia, não uma epistemologia: “Esta história de Descartes, que veio e duvidou e assim tornou-se um subjetivista e assim fundou a epistemologia, nos dá o retrato mais usual; mas este retrato é no máximo um romance ruim” (GA41:77); “Descartes não duvida porque é um cético; ele tem de duvidar porque coloca a matemática como fundamento absoluto e procura uma fundação correspondente para todo Wissen” (GA41:80). [DH]