Biologie

Biologie, biologia, biología, biology, biologismo, ciências da vida

A analítica existencial não deve se pôr à reboque da biologia, mas deve precedê-la: “a vida é um modo de ser específico, mas este não é essencialmente acessível senão no Dasein” (SZ 50). (Jean Greisch)


La locución ónticamente trivial de «tener un mundo circundante» es un problema desde el punto de vista ontológico. Para resolverlo es necesario determinar de antemano de una manera ontológicamente suficiente el ser del Dasein. Si en la biología – sobre todo, nuevamente, después de K.E. von Baer – se hace uso de esta estructura de ser, no por ello debe juzgarse como «biologismo» el uso filosófico de la misma. Porque tampoco la biología puede jamás, en cuanto ciencia positiva, encontrar ni determinar esta estructura – tiene que presuponerla y hacer constante uso de ella1. Pero la estructura misma no puede ser explicitada filosóficamente, incluso como un apriori del objeto temático de la biología, si ella no ha sido previamente comprendida como estructura del Dasein. Sólo orientándose por la estructura ontológica así comprendida, se puede delimitar a priori, por vía de privación, la estructura ontológica de la «vida». El estar-en-el-mundo en cuanto ocupación tiene tanto óntica como ontológicamente la primacía. En la analítica del Dasein esta estructura encuentra su interpretación fundamentante. (SZ:58; STRivera:79)


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Biologia

NT: Biology (Biologie), 10, 28, 45, 49-50, 58, 237, 241, 246-249, 269, 275 (BTJS)


Nietzsche falou muito de biologia. Heidegger faz, porém, todo possível para inocentá-lo do “biologismo”, a visão de que nossos conceitos e crenças básicos dependem da nossa natureza biológica. A vida no sentido nietzschiano tem a ver com “biografia” mais do que com “biologia”, vindo ambas do grego bios, “vida” (GA6, 517; Cf. GA21, 34, onde bios, como “existência humana”, é distinguida de zoe, como “vida biológica”). Heidegger tem duas principais objeções ao biologismo. Em primeiro lugar, a biologia enquanto uma ciência não pode fundamentar a metafísica, já que se baseia na metafísica. O fato de que selecionamos entes que vivem como uma área para estudo e o modo como os estudamos dependem da nossa metafísica (GA6, 524ss). Em segundo lugar, nossa liberdade implica que não somos determinados pela biologia. Nietzsche sugere que nosso conhecimento e categorias enraízam-se na nossa biologia, que até mesmo o princípio de não-contradição é uma necessidade biológica: o homem precisa evitar a contradição para dominar o caos que o envolve; assim como a água-viva desenvolve e estende seus órgãos preênseis, também o animal “homem” usa a razão e seu órgão preênsil, o princípio de não-contradição, para encontrar seu lugar no meio-ambiente e sobreviver (GA6, 593). Mas essa visão não procede. O homem não é biologicamente especializado, como o lagarto que ouve um farfalhar na grama mas não ouve um tiro próximo (GA6, 244). Homens podem contradizer-se e de fato contradizem-se, tanto aberta quanto implicitamente: “não há compulsão”, mas “uma peculiar liberdade, que é talvez o solo não apenas da possibilidade da autocontradição, mas até mesmo o solo da necessidade de se evitar o princípio de não-contradição” (GA6, 596, 614). O conhecimento não pode ser explicado pela sua utilidade na ” luta pela sobrevivência”, visto que algo só pode nos ser útil se já formos de um tal tipo que faz uso disso e/ou se pudermos discernir o uso apenas retrospectivamente do ponto de vista do conhecimento por ele supostamente explicado: “Mas um uso e a utilidade nunca podem ser o solo para a essência de uma atitude básica (Verhaltens), já que todo uso e toda atribuição de um propósito útil já estão postos a partir da perspectiva, sendo, portanto, sempre e unicamente a consequência de uma constituição essencial” (GA6, 610).

Heidegger recusa sistematicamente as tentativas de explicar a conduta humana e as suas variações biologicamente, acreditando, com Kant, que a nossa finitude humana é anterior ao nosso equipamento biológico (GA25, 86s Cf. GA3, 229), e, com Adam Smith, que a significação das diferenças intrinsecamente leves e insignificantes entre os homens dependem daquilo que fazemos delas (cf. RN, 14s). Para a reivindicação de que “A poesia é uma função biologicamente necessária dos povos”, ele replicou:

“Assim como a digestão” (GA39, 27). Ele também é avesso à ideia de que a filosofia deveria ser “relevante para a vida”, lebesnah (GA31, 35). (DH)



  1. NotaH a: ¿Está siquiera justificado hablar ahí de «mundo»? ¡Más bien entorno (Unigebung)! Al «darse» de este entorno («Cebe») corresponde el «tener» (Habe). El Dasein jamás «tiene» mundo.