Bild

Bild (s): imagem, forma
bilden: dar forma
Einbildungskraft (e): imaginação, capacidade imaginativa (A)
Gebilde (s): formação, criação, o formado (A)
Vorbild (s): modelo (GA5BD)

Nota da Tradutora: Aqui se recorre ao triplo sentido da palavra alemã “Bild”, que significa tanto o quadro, como a imagem e a forma da formação. (STMSCC:325)


O que é isso – uma imagem do mundo (Weltbild)? Manifestamente uma imagem (que se faz) do mundo (ein BILD von der Welt). Mas o que quer aqui dizer mundo? O que quer ai dizer imagem? O mundo está aqui como designação do ente na totalidade. O nome não está limitado ao cosmos, à natureza. Ao mundo pertence também a história. Mas mesmo a natureza e a história, e ambas no seu entrelaçamento recíproco, sobrepondo-se uma à outra, não esgotam o mundo. Nesta designação está co-implicado o fundamento do mundo, independentemente de como é pensada a sua referência ao mundo (5). (tr. Borges-Duarte et alii; GA5: O tempo da imagem no mundo)

A skepsis anda e encontra-se à luz do raio, na qualidade do qual já nos roça a absolutidade do absoluto, que, em si e para si, está em nós. O ter-visto da skepsis é aquele vidi (vi e vejo agora) que tem em vista a realidade do real. Contudo, se a realidade é o aparecer do saber que aparece, então o aparecer só alcança a apresentação de um modo tal que esta acompanha o aparecer e se move como tal acompanhante. Neste movimento, o aparecer do que aparece vai ao encontro da apresentação. Neste vir (ao encontro), na medida em que se considera o real, o que aparece ele mesmo retira-se. Este ir e vir (ao encontro), em si unitário, é o movimento em que a consciência mesma é enquanto tal. Esta é na unidade entre o saber natural e o saber real, na qualidade da qual se coloca, segundo cada um dos saberes, de si mesma para ela mesma e aparece em tal estar-colocado. Assim, a consciência é em cada caso uma figura. A skepsis precipita-se sobre a consciência mesma, a qual se desenvolve no cepticismo, que, no aparecer do que aparece, leva a emergir uma figura da consciência na outra. A consciência é consciência no modo do cepticismo que se consuma a si mesmo. Este é a história da própria consciência, a qual não é nem apenas a consciência natural em si, nem apenas o saber real para si, mas sim, antes de tudo isso, a unidade originária de ambos em si e para si. Este movimento do vir do aparecer e do ir do que aparece, é o acontecer histórico (Geschehen) que, de figura em figura, leva a consciência ao que se vê, quer dizer, à imagem-forma (BILD) da sua essência. Com a imagem, a história da consciência traz a emergir a consciência mesma no seu aparecer. Esta história é “a história da formação (Bildung) da consciência mesma para a ciência”. Hegel não fala da formação da consciência natural para a filosófica, pois ele pensa apenas no aparecer da consciência que aparece em vista do seu pleno vir-a-aflorar, na qualidade do qual a consciência é já a ciência mesma. (tr. Borges-Duarte et alii; GA5: O conceito de experiência em Hegel)