behalten, be-halten, conserver, retain, reter, retener
Somente com base no ter se esquecido originário (ursprünglichen Vergessenheit), que pertence ao ser-aí fático (faktischen Dasein), subsiste a possibilidade (Möglichkeit) de reter (behalten) algo, em relação ao que não se pode jamais dizer que ele tinha sido o que se encontrava sob nossa expectativa. A essa retenção ligada às coisas corresponde, por sua vez, um não reter, isto é, um esquecer (Vergessen) no sentido derivado. A partir daí fica claro que a lembrança (Erinnerung) só é possível com base e a partir da base do esquecimento (Vergessenheit) originário, pertencente ao ser-aí, e não o contrário. (GA24MAC:422)
Esqueci o nome de uma pessoa conhecida. O nome não me vem mais à mente. Ele não me ocorre. Ele me escapou. Escapar (Entfallen) é uma privação. De onde ele me escapou? Do reter (Behalten), da memória (Gedächtnis). Esse esquecimento (Vergessen) é, pois, a privação do reter. O reter, por sua vez, é uma forma própria da relação com, com o que eu me comporto. Não é um modo de lembrar (Andenkens), pois eu não preciso pensar constantemente em um nome que eu retenho. Aqui a memória como reter (Hier Gedächtnis als Behalten). (GA89:213; GA89AAP:176)
VIDE: (behalten->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=behalten)
Behalten – SZ § 68 a
reter (GA7)
Várias palavras expressam nosso relacionamento com o passado: 1. Behalten, (das) Behalten, “reter, retenção” . Husserl argumentou que ouvir uma melodia envolve “reter” as notas que já ouvimos — o que não é relembrar, mas sim a sua pré-condição. Heidegger usa behalten de modo similar (GA21, 413).