lassen

lassen, dar, lasst sich, se da, entlassen, dé-laisser

La ocupación que está a la espera, retiene y presenta «se da» tiempo1 de esta o de la otra manera y, ocupándose de él, lo fija para sí misma, incluso sin llevar a cabo y antes de llevar a cabo alguna determinación del tiempo específicamente calculante. Y entonces, en cada uno de los modos de la ocupación que «se da tiempo», el tiempo queda datado a partir de aquello que es objeto de ocupación dentro del mundo circundante y que está abierto en la comprensión afectivamente dispuesta, a partir de aquello que se hace «a lo largo del día». En la medida en que el Dasein, estando a la espera, se absorbe en lo que lo ocupa y, desatendiéndose a sí mismo se olvida de sí, también el tiempo que él se «da» queda encubierto por esta forma del «dar». Justamente en el «simple vivir» de la ocupación cotidiana, el Dasein no se comprende jamás como si corriera a lo largo de una serie continua de puros «ahoras». En virtud de este encubrimiento, el tiempo que el Dasein se da, tiene, por así decirlo, agujeros. Frecuentemente no logramos reconstituir un «día» entero cuando volvemos nuestra mirada sobre el tiempo «usado». Esta falta de integridad del tiempo horadado no es, sin embargo, un despedazamiento, sino un modo de la temporeidad ya siempre abierta y extáticamente extendida. La manera como «transcurre» el tiempo que nos «damos», y el modo como la ocupación lo fija para sí misma con mayor o menor explicitud, sólo pueden aclararse fenoménicamente en forma adecuada si, por una parte, nos mantenemos lejos de la «representación» teorética de un flujo continuo de ahoras y si, por otra, comprendemos que las posibles formas como el Dasein se da y deja tiempo han de ser determinadas primariamente a partir de la manera como el Dasein, de acuerdo con el modo concreto de su existencia, «tiene» su tiempo. (SZ:409-410; STRivera:422-423)


Sein-lassen, deixar-ser, letting-be, dejar-ser, »sein« lassen, Wachseinlassen, deixar-acordar

Dejar «ser»: en alemán, «sein» lassen. El lassen, en esta expresión, puede significar en alemán «dejar» o «hacer». En este caso no tiene nada que ver con hacer; sino que tiene tan sólo el sentido de dejar, por eso Heidegger añade en su texto «.no significa hacer o producir el ser de algo.», frase que no tendría ningún sentido en el contexto español de «dejar ser», porque «dejar ser» no significa nunca «hacer ser», pero lo tiene – como se ha dicho – en alemán. (Rivera; STRivera:Notas)


Falamos ordinariamente de “deixar” quando, por exemplo, nos abstemos de uma tarefa que nos havíamos proposto. “Deixamos algo ser” significa: não tocamos mais nisto e com isto não mais nos preocupamos. “Deixar” tem aqui, então, o sentido negativo de desviar a atenção de algo, de renunciar a…; exprime uma indiferença ou mesmo uma omissão.

A palavra aqui necessária para expressar o deixar-ser do ente não visa, entretanto, nem uma omissão nem uma indiferença, mas o contrário delas. Deixar-ser significa entregar-se ao ente (1ª edição de 1943: para o que se presenta deixar o seu presentar-se e não fazer nada para tanto nem trazer algo que se interponha a isto.). Isto, todavia, não deve ser compreendido apenas como simples ocupação, proteção, cuidado ou planejamento de cada ente que se encontra ou que se procurou. Deixar-ser o ente – a saber, como o ente que ele é – significa entregar-se ao aberto e à sua abertura, na qual todo ente entra e permanece, e que cada ente traz, por assim dizer, consigo. Esse aberto foi concebido pelo pensamento ocidental, desde o seu início, como τα άλτγθεα, o desvelado. Se traduzimos a palavra αλήθεια por “desvelamento”, em lugar de “verdade”, essa tradução não é somente mais “literal”, mas ela compreende a indicação de repensar mais originariamente a noção corrente de verdade como conformidade do enunciado, no sentido, ainda incompreendido, do caráter de ser desvelado e (201) do desvelamento do ente. O entregar-se ao caráter de ser desvelado não quer dizer perder-se nele, mas se desdobra em um recuo diante do ente, a fim de que este se manifeste naquilo que é e como é, de tal modo que a adequação representativa dele receba a medida. Como um tal deixar-ser, ele se expõe ao ente enquanto tal e transpõe todo o comportamento para o aberto. O deixar-se, isto é, a liberdade, é, em si mesmo exposição ao ente, isto é, ek-sistente. A essência da liberdade, entrevista à luz da essência da verdade, aparece como ex-posição ao ente enquanto ele tem o caráter de desvelado. (GA9:188; GA9GS:200-201)


(lassen e derivados->http://hyperlexikon.hyperlogos.info/modules/lexikon/search.php?option=1&term=lassen)

(lassen)
Verlässlichkeit (e): fiabilidade
Seinsverlassenheit (e): abandono do ser (GA5BD)
deixar, permitir (GA7)
laisser (ETEM)
let (BTJS)

NT: Letting (Lassen): be (sein lassen), 84-85, 84fn, 298 (the others), 345, 354; be seen (sehen lassen), 32-35, 44, 63, 141 (see), 154-155, 158, 213, 218-219; be relevant (Bewendenlassen), 84-87, 110-111, 353-356; be encountered (Begegnenlassen), 85-86, 104, 111, 137, 264, 326, 328, 346, 354-356, 366, 408; itself be concerned (sich-angehen-lassen), 141 (in fearing itself); it act in itself (In-sich-handeln-lassen), 295 (said of “ownmost self”); itself be summoned (Sich-aufrufen-lassen), 299; come toward itself (Auf-sich-Zukommen-lassen), 330, 341; “allowing itself” time (Sich-Zeit-lassen), 409, 415; presence, (wesen lassen), 85fn; letting it matter to oneself (sich-angehen-lassen), 141, 170. See also Openness; Possibility Resoluteness; Resolution (BTJS)


Lassen é “deixar, permitir, parar etc.” Ele forma diversos compostos: auslassen, “excluir, dar vazão, soltar, deixar ir etc.”, (sich) einlassen (auf/mit), “deixar entrar, admitir; envolver-se em/com algo/alguém”, verlassen, “abandonar” etc. Lassen também é usado como modo auxiliar, em contextos tais como “mandar fazer algo”, “deixar alguém saber”, “ele não pode ser persuadido, a janela não pode ser aberta”, “vamos indo” etc. (cf. N2, 360s/N4, 219s). O infinitivo regido por lassen é quase sempre ativo, não importando se seu sentido é ativo ou passivo. Por conseguinte, quando Heidegger fala de “deixar algo ser visto como algo”, ele escreve: etwas ais etwas sehen lassen, literalmente “deixar ver algo como algo” (SZ, 33). A explicação desta expressão é que ex. “alguém” ou “nós” está subentendido: “deixar (nos) ver algo como algo”. Contrastando com isto, quando ele fala de deixar os entes virem ao nosso encontro (SZ, 73: begegnen lassen), de deixar os entes serem (SZ, 84: sein lassen), ou deixá-los irem de seu próprio modo ou “estarem envolvidos” (SZ, 85: bewenden lassen), o infinitivo regido por lassen é ativo tanto no conteúdo quanto na forma. (DH)



  1. NT: «se da tiempo». En el texto alemán se usa la expresión «lasst sich»…Zeit, literalmente: «se deja» tiempo. En castellano, lo mismo que en francés, se usa más la expresión «darse tiempo». «Darse tiempo» significa: tomarse tiempo, es decir, extenderse en el tiempo usando de las cosas, las cuales aparecerán entonces como estando «dentro» del tiempo.